Carlos Luz: diferenças entre revisões

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Juscelino e [[João Goulart]] foram eleitos com 35,6% e 44,3% dos votos como presidente e vice-presidente, respectivamente. Após a divulgação dos resultados, a [[União Democrática Nacional]] (UDN) realizou uma campanha liderada pelo deputado [[Aliomar Baleeiro]] contra a posse dos eleitos, alegando que eles não haviam obtido a maioria absoluta dos [[sufrágio]]s. [[Henrique Teixeira Lott]], [[Ministério da Guerra (Brasil)|ministro da Guerra]], reiterou sua posição favorável à posse dos eleitos, mas a crise não foi solucionada.<ref name=cpdoc />
 
{{quote box |quote=Não é possível prever o futuro. Parece-nos, entretanto, que as condições da vida nacional, as exigências de trabalho em todos os setores, estão a reclamar daquele clima de tranquilidade e de ordem, sem o qual é impossível manter-se num ritmo normal à vida nacional. Parece-nos que com essa substituição dar-se-á simplesmente o preenchimento, numa forma constitucional, de uma vaga ocorrida temporariamente, por motivo de saúde. |source=—[[Franco Montoro]], 10 de novembro de 1955.<ref name=cdm10/> |align=right |width=23em}}
No dia 5 de novembro, Carlos Luz visitou o Ministério da Guerra para se informar da situação do Exército. Três dias depois, soube-se que [[Café Filho]], que havia assumido a presidência após o suicídio de Getúlio Vargas, ficaria inativo por alguns dias por motivo de doença. Assim, como presidente da Câmara dos Deputados, Carlos Luz seria seu sucessor legal, sendo, na tarde do mesmo dia, empossado. No dia seguinte, reuniu o gabinete comunicando aos ministros de Café Filho sua intenção de mantê-los nos cargos. Henrique Lott colocou a pasta da Guerra à disposição de Luz;<ref name=cpdoc /> Lott pediu demissão porque Luz não havia punido o coronel Jurandir Mamede, que criticou abertamente Juscelino e Goulart e pronunciou-se contra a posse dos eleitos na cerimônia do enterro do general [[Canrobert Pereira da Costa]], em 1 de novembro.<ref name=onze /> Luz aceitou o pedido, nomeando o general Álvaro Fiúza de Castro como o novo titular do ministério.<ref name=cpdoc /> Ao ''[[Correio da Manhã (Brasil)|Correio da Manhã]]'', Luz explicou que casos como esse seriam resolvidos "com base nas informações dos órgãos competentes", sem entrar em maiores detalhes.<ref>{{citar periódico |url=https://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=089842_06&pesq=%22carlos%20luz%22&pasta=ano%20195&pagfis=54883 |título=O caso do coronel Mamede |jornal=[[Correio da Manhã (Brasil)|Correio da Manhã]] |data=9 de novembro de 1955 |acessodata=2021-02-17}}. A ligação aponta para a página 14 segundo o ''memoria.bn.br''. A continuação da notícia se encontra na página 7.</ref>
 
Luz aceitou o pedido, nomeando o general Álvaro Fiúza de Castro como o novo titular do ministério.<ref name=cpdoc /> Ao ''[[Correio da Manhã (Brasil)|Correio da Manhã]]'', Luz explicou que casos como esse seriam resolvidos "com base nas informações dos órgãos competentes", sem entrar em maiores detalhes.<ref>{{citar periódico |url=https://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=089842_06&pesq=%22carlos%20luz%22&pasta=ano%20195&pagfis=54883 |título=O caso do coronel Mamede |jornal=[[Correio da Manhã (Brasil)|Correio da Manhã]] |data=9 de novembro de 1955 |acessodata=2021-02-17}}. A ligação aponta para a página 14 segundo o ''memoria.bn.br''. A continuação da notícia se encontra na página 7.</ref> Um dos atos que fez como presidente foi autorizar, em caráter excepcional, a cobrança de [[ágio]] de sete [[Cruzeiro (moeda)|cruzeiros]] por [[dólar]], para a compra de três lanchas destinadas à Guardamoria da Alfândega do Rio de Janeiro.<ref name=cdm10>{{citar periódico |url=https://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=089842_06&pesq=%22carlos%20luz%22&pasta=ano%20195&pagfis=54899 |título=Lanchas para repressão contrabando na Guanabara; De São Paulo: |jornal=[[Correio da Manhã (Brasil)|Correio da Manhã]] |data=10 de novembro de 1955 |acessodata=2021-02-17}}</ref>
 
== ''Impeachment'' e morte ==