Carlos Luz: diferenças entre revisões

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== Início de vida, presidência da Câmara Municipal e deputado federal ==
Carlos Coimbra da Luz nasceu em [[Três Corações]], [[Minas Gerais]], no dia 4 de agosto de 1894. Foi filho do juiz de direito e depois desembargador [[Alberto Gomes Ribeiro da Luz]], e de Augusta Coimbra da Luz. Seus estudos básicos foram concluídos no Ginásio de Lavras em 1910, na cidade de [[Lavras]]. Em 1911, foi para [[Belo Horizonte]] cursar na [[Faculdade Livre de Direito de Minas Gerais]], e se formandoformou em 1915; eneste sendoperíodo, nomeadofoi poucosecretário depoisdo delegado[[Conselho Superior de [[políciaInstrução Pública]] da cidade de [[Leopoldina (Minas Gerais)|Leopoldina]], bem como e, [[professor]]em de geografia1915, corografiado e cosmografia da Escola Normal da cidade. Passou a dedicar-se à advocacia e ao jornalismo emConselho 1920Estadual.<ref name=cpdoc/>
 
Pouco após se formar, foi nomeado delegado de [[polícia]] da cidade, bem como [[professor]] de geografia, corografia e cosmografia da Escola Normal da cidade. Em 1918, deixou a primeira função para tornar-se inspetor escolar e promotor da comarca local, atividades que novamente abandonou em 1920, para dedicar-se à [[advocacia]] e ao [[jornalismo]]. Nesta época, casou-se com Maria José Dantas Luz, com quem teve dois filhos, morrendo poucos anos depois.<ref name=cpdoc/>
Em 1923, Carlos Luz foi eleito [[vereador]] em Leopoldina. Logo após, assumiu a presidência da [[Câmara municipal (Brasil)|Câmara Municipal]] e, depois, a prefeitura da cidade,<ref name=cpdoc /> até 1932, mas foi afastado por um curto período devido à [[Revolução de 1930]].<ref name=bio/> Em setembro do mesmo ano, foi nomeado secretário da Agricultura, Viação e Obras Públicas de Minas Gerais. No dia 15 de dezembro assumiu o cargo de secretário do Interior. Em outubro de 1934, elegeu-se [[deputado federal]] de Minas Gerais, pelo [[Partido Progressista de Minas Gerais|Partido Progressista]] (PP). Deixou seu cargo no governo do estado em janeiro de 1935, iniciando seu mandato em maio.<ref name=cpdoc />
 
Foi o redator e diretor da Gazeta de Leopoldina em 1920.<ref name=bio /> Em 1923, Carlos Luz foi eleito [[vereador]] em Leopoldina. Logo após, assumiu a presidência da [[Câmara municipal (Brasil)|Câmara Municipal]] e, depois, a prefeitura da cidade, com mandado de três anos. Em 1924, deixou a Escola Normal. Luz foi reeleito prefeito em 1927<ref name=cpdoc /> e ficou no cargo até 1932, mas foi afastado por um curto período devido à [[Revolução de 1930]].<ref name=bio/> Durante esse período, casou-se com [[Graciema da Luz|Graciema Junqueira da Luz]], pertencente a uma "poderosa família" do interior mineiro: o deputado federal José Monteiro Ribeiro Junqueira, tio de Graciema, era o homem mais importante da cidade, proprietário de várias companhias e dono dos jornal Gazeta de Leopoldina e do Ginásio Leopoldinense. Com Graciema, Luz teve outros dois filhos.<ref name=cpdoc />
 
Em 9 de setembro de 1932, foi nomeado secretário da Agricultura, Viação e Obras Públicas de Minas Gerais, governado por [[Olegário Maciel]]. Após sua morte em setembro de 1933, Luz foi mantido no cargo pelo interventor interino, [[Gustavo Capanema]]. Em 15 de dezembro, [[Benedito Valadares]] assumiu a interventoria, nomeando Carlos Luz para o cargo de secretário do Interior. Luz substituiu Valadares esporadicamente ao longo de 1934, sempre por um dia, em despachos rotineiros da interventoria. Em 14 de outubro de 1934, elegeu-se [[deputado federal]] de Minas Gerais, pelo [[Partido Progressista de Minas Gerais|Partido Progressista]] (PP). Deixou seu cargo no governo do estado em 31 de janeiro do ano seguinte, iniciando seu mandato em 3 de maio.<ref name=cpdoc />
 
== Presidência da Caixa Econômica Federal e Ministro da Justiça ==
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Devido ao curto período em que Carlos Luz foi presidente, fez poucos atos. No dia 9, foi noticiado que ele entregaria credenciais ao novo embaixador da [[Argentina]], [[Felipe Espil]], às 16 horas do dia seguinte.{{sfn|Correio da Manhã|1955a|p=4}} Outro ato que fez foi autorizar, em caráter excepcional, a cobrança de [[ágio]] de sete [[Cruzeiro (moeda)|cruzeiros]] por [[dólar]], para a compra de três lanchas destinadas à Guardamoria da Alfândega do Rio de Janeiro.{{sfn|Correio da Manhã|1955b|p=4}} Ele também autorizou o [[Banco do Brasil]] a adiantar a importância de 50 mil dólares ao Commodity Credit Corporation, do [[Departamento de Agricultura dos Estados Unidos]], para atender despesas de transporte de [[leite em pó]] para a [[Campanha da Merenda Escolar]].{{sfn|Correio da Manhã|1955b|p=6}}
 
=== ''Impeachment'' e morte ===
{{AP|Impeachment de Carlos Luz|Movimento de 11 de Novembro}}
A notícia da demissão de Lott provocou intensa atividade nos círculos políticos e militares ligados a Juscelino. Num primeiro momento, Lott não julgou conveniente tomar alguma medida para não alarmar a população, mas voltou atrás.<ref name=cpdoc /> Após uma reunião entre militares, passaram a ocupar pontos-chave da capital para forçar o governo a respeitar a disciplina militar, no dia 10. Na madrugada do dia 11, tropas interditaram o acesso ao [[Palácio do Catete]], ocuparam os quartéis de polícia e a sede da companhia telefônica, bem como passaram a controlar as operações de telégrafo. Isto culminou no [[Movimento de 11 de Novembro]], chefiado por Lott, que tinha como objetivo barrar a conspiração tramada pelo governo de impedir a posse de Juscelino e Goulart.<ref name=onze>{{Citar web |ultimo=Lamarão |primeiro=Sérgio |url=https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/artigos/JkRumoPresidencia/11Novembro |titulo=O Governo de Juscelino Kubitschek: Movimento de 11 de novembro |publicado=[[Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil]]}}</ref> Na manhã do dia 11, o Almirantado decidiu acatar a decisão que o [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional]] viesse a tomar quanto ao problema presidencial, sendo revelada a existência de divisão no interior da [[Marinha do Brasil|Marinha]].<ref name=cpdoc />