Negacionismo da ditadura militar brasileira: diferenças entre revisões

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Referências em Ver também??? Querem criar uma seção "Pessoas e organizações que negam a ditadura militar brasileira" que criem (mas acho difícil que seja imparcial, seria uma lista impossível de ser completada), ou citem no meio do texto. Isso daqui não faz sentido algum, não é uma seção de Ver também.
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O '''negacionismo da ditadura militar brasileira''' é um tipo de [[Negacionismo|negacionismo histórico]] brasileiro.<ref name=":0">{{Citar periódico |titulo=O negacionismo renovado e o ofício do Historiador |lingua=pt |pagina= |publicado= |ultimo2=Gandra |primeiro2=Edgar Avila |ultimo=Jesus |primeiro=Carlos Gustavo Nóbrega de |doi=10.15448/1980-864X.2020.3.38411 |url=https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/iberoamericana/article/view/38411 |acessodata= |numero=3 |paginas=e38411–e38411 |issn=1980-864X |data=2020-12-16 |jornal=Estudos Ibero-Americanos |citacao=O discurso de tais militares se aproximava ao dos negacionistas do Holocausto, pois ambos negavam fatos limites, ou seja, acontecimentos que estão comprovados empiricamente, como por exemplo, a tortura, o golpe e a própria ditadura. No entanto, o que ambos os grupos buscavam era negar a memória dos seus oponentes, para legitimar suas próprias memórias, construídas segundo interesses políticos e ideológicos, provocando novo embate pelo passado. Se escoravam em máximas simplistas e generalistas, como a de que as rememorações dos judeus ou dos torturados pela ditadura civil-militar não estavam imunes às emoções dos ressentimentos ocasionados pelos traumas ocorridos, o que é mais do que evidente pois, a memória forma-se de tais “feridas abertas, interrogações atuais e palpitantes sobre certos períodos que ‘não passam’”...}}</ref><ref name="motta">{{Citar web |ultimo=Motta |primeiro=Márcia Maria Menendes |autorlink=Márcia Motta |url=https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2020/04/veto-a-historia.shtml |titulo=Veto à história |data=2020-04-29 |acessodata=2021-01-05 |website=Folha de S.Paulo |publicado= |lingua=pt-BR |citacao=Com efeito, a despeito de tudo que já foi escrito, no Brasil e no exterior, sobre a Ditadura Militar, por exemplo, o presidente insiste em comemorar o 31 de março com o slogan “a revolução democrática de 1964”. Ninguém que tenha estudado história e possa formar opinião sólida neste terreno defenderia a ditadura negando seu caráter autoritário. A defesa da censura prévia, da tortura e de torturadores não é nem opinião, nem exercício de liberdade de expressão, é um crime e assim deveria ser tratado.}}</ref><ref name="dw">{{Citar web|url=https://www.dw.com/pt-br/o-negacionismo-hist%C3%B3rico-como-arma-pol%C3%ADtica/a-48060402 |titulo=O negacionismo histórico como arma política|data=03-04-2019 |acessodata=2021-01-05 |website=Deutsche Welle}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=La dictadura cívico-militar brasileña en los discursos de Jair Bolsonaro: usos del pasado y negacionismo |url=https://revistas.unlp.edu.ar/RRII-IRI/article/view/7479 |jornal=Relaciones Internacionales |data=2019-12-09 |issn=2314-2766 |paginas=37–51 |numero=57 |doi=10.24215/23142766e070 |lingua=es |primeiro=Caroline Silveira |ultimo=Bauer |publicado= |pagina= |citacao=El negacionismo, al realizar apología a la dictadura, refuerza marcadores de exclusión en la sociedad brasileña. Una frase que se repite mucho en Brasil es “qué bueno que era vivir en la dictadura” y trae entrelíneas la visión de una sociedad que valoriza la autoridad, la jerarquía y prácticas de control y represión en que los papeles sociales de mujeres, negros, gays y pobres son preestablecidos e inmutables. De cierta manera, Bolsonaro ha convencido a su electorado de que las minorías les han robado el espacio identitario, uno indivisible e inmutable, de lo que se considera “brasileño”. |acessodata=}}</ref>
 
Busca interditar e suprimir as memórias e a história dos crimes cometidos pela [[ditadura militar brasileira]] (1964–1985).<ref name="teofilo">{{citar livro|url=https://www.worldcat.org/title/pensar-as-direitas-na-america-latina/oclc/1099940951 |título=Pensar as direitas na América Latina |último =Silva |primeiro =João Teófilo |data=2019 |editora= |ano= |editor-link=Rodrigo Patto Sá Motta |página= |páginas=99–118 |capítulo=As forças armadas brasileiras e as heranças da ditadura militar de 1964: tentativas de interdição do passado |isbn=978-85-7939-602-1 |citacao=As FFAA [Forças Armadas], notadamente o Exército, haja vista seu protagonismo durante a ditadura, consideram como "revanchismo" quaisquer tentativas, sejam elas feitas pelo Estado ou não, de trazer para o espaço público esse debate. A ideia de revanche, que remete à ideia de reconciliação construída a partir da Lei de Anistia, evidencia não apenas que as FFAA permaneceram reproduzindo uma memória específica sobre os significados do golpe e da ditadura, mas também buscaram censurar esse debate, pois fez o silêncio como correlato desa reconciliação. Não se tratava apenas de seguir adiante, mas também de esquecer, interditar e fazer desse passado um "passado morto". |local=São Paulo, SP |editores=Ernesto Lázaro Bohoslavsky, Rodrigo Patto Sá Motta, Stéphane Boisard (eds.) |publicado=Alameda}}</ref> Sua divulgação teve crescimento a partir das [[Jornadas de Junho|jornadas de junho de 2013]] quando, durante manifestações, apareceram faixas pedindo a "intervenção militar" e ganhou força a partir dos anos subsequentes com a eleição de [[Donald Trump]] nos [[Estados Unidos]], em que o tema passou a fazer parte da retórica política com fins eleitorais.<ref name=wilson/>