Menino do Acre: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Referência editada com ProveIt
Linha 25:
== Outras ocorrências ==
=== Publicação de livro ===
No dia 18 de junho, a família de Bruno fechou um acordo com uma editora para publicar os livros de Bruno, o primeiro sendo ''[[TAC: Teoria da Absorção do Conhecimento]]'', em formatos ''e-book'' e físico,<ref name="G1: Acordo" /> com previsão de lançamento para "entre os dias 5 e 7 do próximo mês".<ref name="G1: Primeiro" /> Grandes editoras tiveram interesse em comprar o conteúdo cifrado, mas o pai Athos disse que percebeu que "o negócio deles era simplesmente dinheiro". Pré-vendas estavam previstas para abrir em 7 de julho através da Infinity Editora.<ref>{{Citar web |ultimo=Dias |primeiro=Tiago |url=https://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2017/06/22/misterio-do-acre-na-espera-da-volta-do-filho-pai-lanca-livro-cifrado.htm |titulo=Mistério do Acre: Na espera da volta do filho, pai lança livro cifrado |data=22/06/2017 |acessodata=2021-03-29 |website=Entretenimento UOL}}</ref> A introdução do primeiro livro de Bruno foi divulgada no dia 5 de julho. A ''coaching'' literária [[Renata Carvalho]] disse que 15 mil leitores baixaram a introdução naquele dia.<ref name="G1: Intro" /> ''TAC'' foi lançado no dia 20 de julho.<ref name="G1: Evento" /> Na semana do dia 24 a 30 do mesmo mês, foi o vigésimo livro mais vendido na categoria não-ficção.<ref name="G1: Vendas" /> Apesar disso, o livro recebeu críticas negativas.<ref name="Críticas" />
 
=== Repercussão na Internet ===
O caso viralizou nas redes sociais depois da publicação de um vídeo do quarto de Bruno, gravado sem autorização da família.<ref name="G1: 14 livros" /> Na Internet, Bruno passou a ser chamado de "Menino do Acre", se tornou um [[Meme (Internet)|meme da Internet]] e fez parte do Trending Topics brasileiro no [[Twitter]].<ref name="Internet" /> O desaparecimento inspirou jogos eletrônicos para celular, como ''Menino do Acre'', ''Encontre o Menino do Acre'' e ''Alquimistas do Acre''.<ref name="G1: Jogos" /> Investigações também passaram a ocorrer na Internet. Uma dupla de goianos, Igor Rincon, diretor de tecnologia, e Renoir dos Reis, sócio de Igor, usaram fotos do quarto de Bruno, divulgadas na Internet, para decifrar códigos que não estavam na chave deixada por Bruno. Igor, que atua na área de soluções para criptografia, se interessou pelo assunto, e entendeu o código em 30 minutos. A dupla criou um site colaborativo, com um teclado virtual online para digitar os símbolos das imagens, convertendo em letras. Segundo os mesmos, 70 mil pessoas visitaram o site em um dia.<ref name="G1: Goianos" /> No dia 4 de março, foi criado o grupo no [[Facebook]] "Bruno Borges - Estudos", para tentar decodificar as mensagens. Dez dias depois, o grupo contava com 10,4 mil participantes.<ref name="G1: Grupo" />
 
== Retorno ==
Linha 42:
 
== Acusações de golpe de ''marketing'' ==
Acusações de que o desaparecimento de Bruno era apenas uma jogada de ''marketing'' para promover seu livro existem desde o encontro dos contratos no dia 31 de maio.<ref name="G1: Prisão" /> Devido a isso, a Polícia Civil do Acre disse no dia seguinte que, além de não tratar mais o caso como crime,<ref name="G1: Responsa" /> que tinha "fortes indícios" de que o desaparecimento era uma ação de ''marketing'' para impulsionar a divulgação de seus livros. A mãe Denise respondeu: "Não se trata de uma jogada de ''marketing''. Eu já sabia da existência dos contratos. Aqueles meninos ajudaram o Bruno. Qual o problema ele fazer um contrato para ajudar amigos que o ajudaram?"<ref>{{Citar web |url=https://veja.abril.com.br/brasil/policia-ve-acao-de-marketing-em-sumico-de-jovem-no-acre/ |titulo=Polícia vê ação de marketing em sumiço de jovem no Acre |data=1 de junho de 2017 |acessodata=2021-03-28 |website=[[Veja (revista)|Veja]]}}</ref> Com a volta de Bruno no dia 11 de agosto, a assessoria da Segurança Pública no Acre encerrou o caso como uma "versão de golpe de ''marketing'' planejado". Na Internet, algumas pessoas defenderam que a polícia deveria enquadrar Bruno por mobilizar a Polícia sem necessidade, e outras deram força à mãe Denise.<ref>{{Citar web |url=https://acjornal.com/2017/08/11/policia-encerra-caso-bruno-borges-com-versao-de-golpe-de-marketing/ |titulo=Polícia encerra caso Bruno Borges com versão de "golpe de marketing" |data=2017-08-11 |acessodata=2021-03-28 |website=AcJornal}}</ref> Bruno negou as acusações e disse que seu maior objetivo com o projeto foi "estimular as pessoas a adquirirem conhecimento", e que se isolou para "encontrar a verdade" dentro de si.<ref name="Fantástico: Reaparece" /> Em seu ''website'' oficial, Bruno diz:<ref>{{Citar web |url=http://www.brunoescritor.com/ |titulo=Início |acessodata=2021-03-29 |website=Bruno Borges}}</ref>
 
{{quote2|A mídia sensacionalista, que cada vez mais vem perdendo sua credibilidade por reportar histórias através da criação de algo ofensivo em busca de uma grande audiência, passou uma ideia de que o autor elaborou todo um plano para ficar rico e famoso com livros de filosofia, e, mediante estas falsas acusações, o autor mostrou judicialmente que os ganhos com seu projeto foram mínimos, não compensando sequer o custo de seu desenvolvimento.}}
Linha 154:
*{{Citar web |ultimo=Rodrigues |primeiro=Marcelo |url=https://www.tecmundo.com.br/memes/115693-internet-nao-perdoa-menino-acre-vira-chuva-memes-veja-melhores.htm |titulo=A internet não perdoa: menino do Acre vira chuva de memes; veja os melhores |data=08/04/2017 |acessodata=2021-03-28 |website=[[Tecmundo]]}}
*{{Citar web |url=https://www.tudocelular.com/android/noticias/n91259/menino-do-acre-memes.html |titulo=Menino do Acre: brasileiros não perdem oportunidade e criam memes e jogos com misterioso caso |data=2017-04-10 |acessodata=2021-03-28 |website=[[TudoCelular]]}}</ref>
 
<ref name="Críticas">Diversas publicações avaliaram ''TAC'' negativamente:
*{{Citar web |ultimo=Casarin |primeiro=Rodrigo |url=https://paginacinco.blogosfera.uol.com.br/2017/08/16/presuncoso-tolo-e-mal-escrito-livro-do-menino-do-acre-e-um-horror/ |titulo=Presunçoso, tolo e mal escrito, livro do “menino do Acre” é um horror |data=2017-08-16 |acessodata=2021-03-29 |website=Página Cinco |via=UOL |citacao="''TAC – Teoria da Absorção do Conhecimento'' é uma mistura de falta de noção e obviedades mal acabadas apresentadas em um texto terrível. ''TAC – Teoria da Absorção do Conhecimento'' é péssimo, um volume completamente dispensável, uma prova de que às vezes é melhor não ler nada. É triste que isso tenha ido parar até em listas dos mais vendidos. Em dez anos trabalhando com livros e literatura, jamais havia resenhado algo tão ruim."}}
*{{Citar web |url=https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2018/01/1948417-obviedade-e-erros-marcam-obra-filosofica-do-menino-do-acre.shtml |titulo=Obviedade e erros marcam obra 'filosófica' do 'menino do Acre' |data=2018-01-06 |acessodata=2021-03-29 |website=[[Folha de S.Paulo]] |citacao="Basta ler meia página para se dar conta de que Borges, 25, fala idioma que se parece vagamente com o português."}}
*{{Citar web |ultimo=Orsi |primeiro=Carlos |autorlink=Carlos Orsi |url=https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/o-que-ha-por-tras-do-livro-escrito-pelo-menino-do-acre-ad2iepixcl6avj04f27eiqrm3/ |titulo=O que há por trás do livro escrito pelo Menino do Acre? |data=23/08/2017 |acessodata=2021-03-29 |website=[[Gazeta do Povo]] |citacao=[Bruno] tropeça na sintaxe e na pontuação, além de usar palavras estranhamente fora de contexto, como se as escolhesse apenas pela sonoridade e pelo número de sílabas.}}
*{{Citar web |ultimo=Tenfen |primeiro=Maicon |autorlink=Maicon Tenfen |url=https://veja.abril.com.br/blog/o-leitor/menino-do-acre-prestou-um-desservico-ao-conhecimento/ |titulo=Menino do Acre prestou um desserviço ao conhecimento |data=2017-08-16 |acessodata=2021-03-29 |website=O Leitor |via=[[Veja]] |citacao=''TAC – Teoria da Absorção do Conhecimento'', primeiro dos 14 livros que deixou escritos em código, foi publicado e chegou à lista dos mais vendidos, apesar de ser uma xaropada repleta de redundâncias e falhas gramaticais, isso pra não falar na megalomania das questões propostas — qual o sentido da vida? — e nos cansativos clichês de autoajuda.}}</ref>
}}