Dinheiro: diferenças entre revisões
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O '''dinheiro''' é na sua aparência mais imediata o meio usado na troca de [[Bem (economia)|bens]], podendo fazê-lo na forma de [[Moeda|moedas]] (pedaços de metal amoedados e cunhados, isto é, marcados por desenhos, letras e números), notas ([[Cédula|cédulas]] de papel, igualmente desenhadas e escritas), ou, como atualmente, sinais elétricos carregados de informação, chamados bits. Vê-se assim como dinheiro e [[moeda]] se confundem; sendo que as moedas - quando mais físicas são, metal ou papel - mais obscurecem que esclarecem o que este é realmente. Isso porque o que o dinheiro é essencialmente é um [[Signo linguístico|signo]]. E um signo representativo de valores, que é a [[informação]] que este signo carrega. Estes valores representados no dinheiro são os das coisas ([[bens e serviços]]) que se desprendem dos homens nos impessoais mercados, mas também e principalmente os valores dos compromissos, dívidas e [[Crédito|créditos]], que os homens estabelecem entre si desde sempre, ou desde muito antes dos [[mercados]].
As economias modernas, [[Capitalismo|capitalistas]], são essencialmente monetárias
Sendo o dinheiro um [[Signo linguístico|signo]] de [[valor]] que serve para exprimir os [[Preço|preços]] das coisas, ele próprio não necessita ser uma coisa. Ou seja, não é dinheiro apenas o que é uma [[mercadoria]] produto do [[trabalho]] e sujeita a [[escassez]] como as outras, ainda que isso tenha acontecido em alguns momentos da história (ver adiante). Não é regra que o dinheiro seja aquela mercadoria que no confronto com as demais torna-se a mais aceita por razões de praticidade. Os economistas que pensam o dinheiro como mercadoria derivam suas teorias de um idílico estado primitivo de [[escambo]]. Para estes economistas ser mercadoria garante ao dinheiro ter estabilidade - essencial em algo que serve de medida. Os economistas que pensam o dinheiro como signo também dão importância para a estabilidade de seu valor, mas esse valor é de saída estipulado pelos governantes que o administram, e eles o fazem controlando as taxas básicas de juros que funcionam como preço do dinheiro, ou quão mais caro ou barato é consegui-lo. Esses economistas são filiados mais ou menos diretamente à escola da moeda como oriundo do Estado de
Os [[Governo|governos]] emitem dinheiro, na forma de suas moedas (de papel ou eletrônicas), toda vez que fazem um gasto e creditam algum valor nas contas comerciais de algum cidadão ou empresa. Contra esse crédito é realizado um débito na conta do governo no seu [[Banco central|Banco Central]]. O financiamento dos gastos do governo nunca é um problema - em território nacional -, como acreditam os que desconhecem que o dinheiro é uma criatura do Estado. Isso não significa que não seja absolutamente relevante que a sociedade controle como, quando e onde gastam seus governos, o que podem e devem fazer por meio das discussões orçamentárias (onde se define, por exemplo, se mais ou menos recursos devem ir para educação ou propaganda). Contudo, o controle quantitativo do total dos gastos dos governos, com vistas a garantir finanças públicas ditas "equilibradas", parte em geral da má compreensão de que os governos gastam a partir do que arrecadam de seus cidadãos e empresas na forma de impostos[2].
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== História ==
[[Imagem:Coin making at Jorvik Viking Centre.jpg|thumb|direita|250px|Reconstituição de antigo [[processo]] para [[cunhagem]] de [[moeda]]s.]]
A história do dinheiro está absolutamente ligada à história das primeiras comunidades humanas e à sua necessidade de construir, como chama [[Yuval Harari|Yuval Harari,]] "fábulas compartilhadas". . Em seu livro [[Sapiens: Uma Breve História da Humanidade|Sapiens]], [[Yuval Harari|Harari]] defende o mesmo que outros tantos historiadores e antropólogos ([[David Graeber|Graeber]] , por exemplo): que o dinheiro é antes de qualquer coisa uma ideia, uma instituição social que toma diferentes formas em diferentes momentos da história humana. Se sabemos que o mercado e o Estado são também instituições que convivem entre si ainda que disputem ao longo dos séculos e milênios a primazia sobre a outra, sabemos que o dinheiro não precisa ser procurado na história como uma criatura exclusiva do mercado - o que faz muitos economistas a apelarem para a fábula do [[escambo]] como sendo sua origem. Nesta indivíduos soltos do tempo e no espaço só se relacionariam entre si pelos produtos do seu trabalho, e a comparação de todos as coisas que trocassem entre si faria com que uma delas assumisse naturalmente o papel de dinheiro. Nessa fábula
=== Origem e evolução do dinheiro ===
==== O engodo do Escambo ====
[[Imagem:Escambo pintura.jpg|thumb|esquerda|180px]]
==== Moeda-mercadoria ====
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