Abolicionismo no Brasil: diferenças entre revisões

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Um plano de indenização para os libertos foi mencionado pela [[Isabel do Brasil|princesa Isabel]] em uma carta enviada ao [[Visconde de Santa Vitória]] em 11 de agosto de 1889.<ref>{{citar livro|título=Políticas Públicas e Ações Afirmativas|ultimo=Fonseca|primeiro=Dagoberto José|editora=Selo Negro|ano=2009|local=São Paulo|página=|páginas=46-47}}</ref> O plano envolvia a utilização de fundos doados pelo então Visconde, que seriam advindos de seu banco. A data de início para os procedimentos supostamente seria na posse da nova legislatura em 20 de novembro de 1889 e a princesa pretendia executá-lo com o auxílio de abolicionistas influentes no governo e na mídia como [[Joaquim Nabuco]] e [[José do Patrocínio]]. A carta original encontra-se atualmente no acervo do Museu Imperial de Petrópolis e faz parte dos documentos cedidos ao museu pelo Memorial Visconde de Mauá.<ref>{{citar livro|título=O “Terceiro Reinado”: Isabel de Bragança, A Imperatriz que Não Foi|ultimo=Mesquita|primeiro=Maria Luiza de Carvalho|editora=Universidade Severino Sombra|ano=2009|local=Vassouras|página=|páginas=123-124}}</ref> Uma cópia da carta também encontra-se no acervo da Câmara Municipal da Araraquara desde 05 de setembro de 2019 por determinação do Parecer nº 392/2019 da Comissão de Justiça, Legislação e Redação da casa legislativa.
 
Com a [[Proclamação da República do Brasil|Proclamação da República]] em 15 de novembro, 5 dias antes do início da nova legislatura, a possibilidade de execução do plano se exauriu. A posterior queima dos livros de matrícula e de recolhimento de tributos dos ex-escravos determinada por despacho do então Ministro da Fazenda [[Ruy Barbosa|Rui Barbosa]] em 14 de dezembro de 1890 também impediu qualquer ressarcimento aos libertos.<ref>{{citar livro|título=Preto no Branco: Raça e Nacionalidade no Pensamento Brasileiro|ultimo=Skidmore|primeiro=Thomas Elliot|editora=Paz e Terra|ano=1976|local=Rio de Janeiro|página=|páginas=220-221}}</ref> Registros como esses também são utilizados atualmente por países com histórico escravagista para que as pessoas consigam identificar seus antepassados.<ref>{{Citar web |url=https://www.dutchnews.nl/news/2020/08/online-slave-registers-from-curacao-allow-descendants-to-find-ancestors/ |titulo=Online slave registers from Curaçao allow descendants to find ancestors |data=2020-08-17 |acessodata=2020-08-17 |website=DutchNews.nl |lingua=en-GB}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://www.nationaalarchief.nl/onderzoeken/zoekhulpen/suriname-slavenregisters |titulo=Suriname: Slavenregisters |acessodata=2020-08-17 |website=Nationaal Archief |lingua=nl}}</ref> Apesar de ter sido de suma importância por ter impedido a obtenção de indenizações pelos ex-proprietários de escravos, esseEsse acontecimento é tido atualmente por alguns pesquisadores como fator crucial gerador do “apagamento da memória negra” e constante entre os elementos centrais dos padrões de desrespeito com os grupos negros no Brasil.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Duarte|primeiro=Evandro Piza|ultimo2=De Carvalho Neto|primeiro2=Menelick|ultimo3=Scotti|primeiro3=Guilherme|data=2015-12-03|titulo=Ruy Barbosa e a Queima dos Arquivos: As Lutas pela Memória da Escravidão e os Discursos dos Juristas|url=http://dx.doi.org/10.5102/unijus.v26i2.3553|jornal=Universitas Jus|volume=26|numero=2|doi=10.5102/unijus.v26i2.3553|issn=1982-8268}}</ref><ref>{{Citar web |ultimo= |primeiro= |url=http://www2.stf.jus.br/portalStfInternacional/cms/verConteudo.php?sigla=portalStfJurisprudencia_pt_br&idConteudo=185077&modo=cms |titulo=Habeas Corpus nº 82.424 Diário da Justiça |data=19/03/2004 |acessodata=2020-08-17 |website=www2.stf.jus.br |publicado=}}</ref>
 
== Ver também ==