João I de Portugal: diferenças entre revisões

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D. João era filho ilegítimo do rei [[Pedro I de Portugal|D. Pedro I]] e de [[Teresa Lourenço|D. Teresa Lourenço]], uma dama galega<ref>Ms. 352 do [[Arquivo Nacional da Torre do Tombo]] da ''[[Crónica de el-rei D. Pedro I]]'', de [[Fernão Lopes]]</ref> ou de uma filha de Vasco Lourenço da Praça, um [[mercador]] de [[Lisboa]].<ref>José Sarmento de Matos, A Invenção de Lisboa - Livro II: As Vésperas, Temas e Debates, Abril de 2019, ISBN: 9789727595877</ref> Em 1364, foi consagrado mestre da [[Ordem de Avis]], sendo nomeado por seu pai.{{harvref|Mattoso|1993|p=496}}
 
Durante o reinado do rei [[Fernando I de Portugal|Fernando I]], seu meio-irmão, em 1382 devido a intrigas da então rainha [[Leonor Teles]], João foi preso em [[Évora]] e com ordem de execução. Pediu ajuda ao [[Edmundo de Langley|conde de Cambridge]], ( tio de [[Filipa de Lencastre|D. Filipa de Lencastre]] ) e foi solto. Este episódio iria tornar João cauteloso.{{harvref|Mattoso|1993|p=496}}
 
João foi eleito rei nas [[Cortes de Coimbra de 1385|cortes]] da cidade de [[Coimbra]], em abril de 1385, depois de um período de [[interregno]], entre 1383-85, sendo conhecido por [[crise de 1383—1385 em Portugal|crise de 1383-1385]]. Após a morte do rei [[Fernando I de Portugal|D. Fernando I]], meio-irmão de João, o país mergulhou em confusão e guerra civil. João foi escolhido para liderar uma revolta contra a regente [[Leonor Teles]], rainha viúva. Tratou-se, então de uma [[revolução]], pois o poder da regência passou para João que foi aclamado em [[Lisboa]], ''Regedor e Defensor do Reino''.{{harvref|Mattoso|1993|p=495}} Tratou, então de defender o país contra as investidas castelhanas, rodeando-se de amigos que o apoiaram, como [[Nuno Álvares Pereira]] que revelou ser um génio militar.
 
Com o apoio do condestável do reino, Nuno Álvares Pereira e aliados ingleses travou a [[Batalha de Aljubarrota]] contra o [[reino de Castela]], que invadira o país. A vitória foi decisiva: Castela retirou-se, acabando bastantes anos mais tarde por o reconhecer oficialmente como rei.
 
[[Imagem:Prisão do Mestre de Avis - História de Portugal, popular e ilustrada.png|thumb|upright=1.0|left|Prisão de João, mestre de Avis]]
Casou, em 2 de fevereiro de 1387, com [[Filipa de Lencastre|D. Filipa de Lencastre]],<ref>{{Citar web|titulo=Uma viagem aos bastidores do casamento de D. Filipa de Lencastre e D. João I|url=https://www.livroshorizonte.pt/produto/uma-viagem-aos-bastidores-do-casamento-de-d-filipa-de-lencastre-e-d-joao-i/|acessodata=2020-06-26|data=2017|publicado=Livros Horizonte|ultimo=Pinto|primeiro=Vitor}}</ref> filha de [[João de Gante]],<ref name="enc"/> fortalecendo por laços familiares a [[aliança Luso-Britânica]], esta aliança perdura até hoje. Filipa era uma rainha culta, neta do rei [[Eduardo III de Inglaterra]]. Deste casamento nasceram oito filhos, sendo que os dois primeiros morreram novos. Os restantes ficaram conhecidos como ''[[Ínclita geração]]''.
 
A primeira metade do reinado foi marcado pela guerra contra [[reino de Castela|Castela]]. Depois de feita a paz, para prestígio internacional,{{harvref|name=refS|Saraiva|1993|p=131-132}} iniciou-se a expansão territorial para [[África]] e [[Atlântico]], começando em 1415, a [[conquista de Ceuta]], praça estratégica para a navegação no [[norte de África]], o que iniciaria a [[descobrimentos portugueses|expansão portuguesa]]. Aí foram armados cavaleiros os seus filhos [[Duarte I de Portugal|D. Duarte]], [[Pedro de Portugal, 1.º Duque de Coimbra|D. Pedro]] e [[Henrique, Duque de Viseu|D. Henrique]], irmãos da chamada [[ínclita geração]].