Eleições na ditadura militar brasileira: diferenças entre revisões

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Em 1985, o primeiro presidente civil após o Golpe de 64 foi eleito, [[Tancredo Neves]]. Embora escolhido indiretamente, a eleição marcou o fim da ditadura militar e o início da redemocratização. Após 29 anos com eleições presidenciais indiretas, ocorreu em 1989 a primeira eleição direta.<ref>{{Citar web |url=https://www.camara.leg.br/noticias/143271-decada-de-80-as-diretas-ja/ |titulo=Década de 80: as Diretas-Já |acessodata=2021-10-14 |website=Portal da Câmara dos Deputados}}</ref>
 
== Argumento negacionista ==
{{AP|Negacionismo da ditadura militar brasileira}}
Alguns negacionistas da ditadura afirmam que não é correto definir o período de 1964 a 1985 como ditadura pelo fato de haver eleições diretas para alguns cargos. Entretanto, pesquisadores afirmam que o regime tinha apenas um verniz democrático, pois as eleições aconteciam segundo as regras impostas pelos militares. Marcos Antonio da Silva, historiador da USP, comentou que a ditadura tinha a preocupação de parecer um ambiente democrático, embora não sendo, já que os partidos existentes foram extintos, foram criados partidos por ordem da ditadura em um bipartidarismo e o Executivo tinha o poder absoluto. Concluiu dizendo: "Havia eleições, havia, mas eram eleições indignas de confiança". Luiz Antonio Dias, professor de história da PUC-SP, escreveu: "os militares sempre se preocuparam em passar um verniz na ditadura para tentar dar legitimidade", mas as eleições não tornavam o regime democrático: "Quando a ditadura sofria uma derrota, os militares fechavam o Congresso e mudavam as regras".<ref>{{Citar web |url=https://educacao.uol.com.br/noticias/2014/03/27/golpe-ou-revolucao.htm |titulo=Ditadura com eleições é peculiaridade da história brasileira |acessodata=2021-10-14 |website=UOL Educação}}</ref>
 
{{Referências}}