História militar do Brasil: diferenças entre revisões
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No [[Brasil Colônia|período colonial]] o rei [[Manuel I de Portugal|D. Manuel I]], mandou organizar expedições militares com a finalidade de proteger os domínios [[Portugal|portugueses]] na [[América]], então recém-descobertos. À medida que colonização avançou na [[Capitania de Pernambuco]] e na [[Capitania de São Vicente]], as autoridades militares nativas e bases da organização defensiva da colônia começaram a ser esboçadas para fazer frente às ambições dos [[França|franceses]], [[Inglaterra|ingleses]] e [[Holanda|holandeses]].
O primeiro confronto entre europeus [[Império Português|portugueses]] e [[Império Espanhol|espanhóis]] na [[América
Outras intervenções relevantes foram a expulsão dos franceses da [[baía da Guanabara]] ([[França Antártica]]), em [[1566]], e de [[São Luís (Maranhão)]] ([[França Equinocial]]), em [[1615]].
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Ao longo do [[século XVIII]] o [[Brasil Colonial]] vivenciou diversos conflitos internos que demandaram intervenções militares, como a [[Guerra dos Emboabas]] (1707–1709), a [[Guerra dos Mascates]] (1710–1711), a [[Revolta de Vila Rica]] ([[1720]]) e nas fronteiras, principalmente no extremo sul. Naquela época, eram frequentes os choques entre luso-brasileiros e hispano-platinos, além disso, a força terrestre enfrentou ameaças como a [[Guerra Guaranítica]].
Em 1767 Böhn veio ao Brasil, como Inspetor-Geral do Exército Colonial, com a missão de organizá-lo e treina-lo, segundo a doutrina do [[Guilherme, Conde de Eschaumburgo-Lipa|Conde de Lippe]]. Na reorganização promovida por Böhm, construíram-se quartéis, casas de armas, fortificações e hospitais. A guarnição do Rio de Janeiro passou a ser centro de preparação para as tropas que demandavam o sul.
Em 1762 Portugal entra na [[Guerra dos Sete Anos|guerra dos sete anos]] ao lado da Inglaterra contra a Espanha e França, em consequência disso, o governador de Buenos Aires, [[Pedro de Cevallos]] invade a Colônia do Sacramento e o Rio Grande ([[Guerra Hispano-Portuguesa de 1762-1763|Guerra hispano-portuguesa de 1762-1763]]). Ao final dessa guerra Sacramento é devolvida aos portugueses, mas o Rio Grande permanece ocupado pelos espanhóis. Entre 1776 e 1777 ocorre mais uma guerra entre portugueses e espanhóis no sul do Brasil ([[Guerra hispano-portuguesa (1776-1777)|Guerra hispano-portuguesa de 1776-1777]]). A guerra começou quando os colonos brasileiros iniciaram a retomada de Rio Grande expulsando os espanhóis. Em resposta o rei da Espanha [[Carlos III de Espanha|Carlos III]] enviou uma expedição militar ao sul do Brasil que conquistou Santa Catarina e Sacramento. A guerra terminou com a assinatura do [[Tratado de Santo Ildefonso (1777)|Tratado de Santo Ildefonso]] que garantiu a soberania espanhola sobre a Colônia do Sacramento e as [[Sete Povos das Missões|Missões Orientais]], mas a Espanha foi forçada a devolver Santa Catarina e o território de Rio Grande.
No século XIX, já no contexto das [[Guerras Napoleônicas]], Tropas coloniais luso-brasileiras ainda lutaram na [[Guerra de 1801]] contra os colonos espanhóis, na qual conseguiram conquistar a região oeste do Rio Grande do Sul.
=== Período Joanino (1808–1822) ===
Com a invasão de Portugal pelas tropas de [[Napoleão]] houve a [[transferência da corte portuguesa para o Brasil]] (1808–1821) e, em consequência disso houve a [[Invasão da Guiana Francesa|Guerra de 1809]], contra os franceses, na qual a [[Guiana Francesa]] foi anexada ao Brasil. Em [[1810]], foi criada a Academia Real Militar, no Rio de Janeiro. O curso, tinha a duração de sete anos. Foram organizados os hospitais militares e os arsenais de guerra. Foram construídas indústrias de armas e fábricas de pólvora. A estrutura militar se organizou e se modernizou. As tropas de primeira linha começaram a admitir brasileiros. Estes passaram a integrar os regimentos de [[cavalaria]] do Rio de Janeiro, [[Minas Gerais]], São Paulo e [[Rio Grande do Sul]], os corpos de artilharia de [[Santos]], [[Santa Catarina]] e capitanias do norte e os batalhões de caçadores do Rio Grande do Sul.
Tropas brasileiras ainda tornariam a lutar contra os colonos espanhóis da [[Província Cisplatina|Banda Oriental]] (atual Uruguai) na [[Primeira Campanha da Cisplatina|invasão de 1811]] e na [[Guerra contra Artigas|invasão de 1816]].
Em [[1815]], com a elevação da colônia à categoria de reino muitas tropas regulares de [[Portugal]] desembarcaram no Brasil. A primeira era a divisão do [[Visconde da Laguna]], [[Carlos Frederico Lecor]]. Esta época foi de importância extrema para a organização do sistema militar brasileiro. Começou a haver maior autonomia em relação a Portugal culminando com a criação do [[Ministério da Guerra (Brasil)|Ministério da Guerra]] e a centralização de todas as forças militares de terra. [[Mercenário]]s (como o [[Lorde Cochrane]]) foram contratados para combater a [[Revolução Pernambucana]] e acabaram compondo o primeiro oficialato fixo das forças armadas brasileiras.
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