Josip Broz Tito: diferenças entre revisões

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O ''[[Marechal]]'' '''Josip Broz Tito''' <small>[[Ordem do Infante D. Henrique|GColIH]]</small> ([[Kumrovec]], [[7 de maio]] de [[1892]] — [[Liubliana]], [[4 de maio]] de [[1980]]) foi um militar, revolucionário [[Comunismo|comunista]] e estadista [[Iugoslávia|iugoslavo]], líder dos guerrilheiros da resistência em seu país, denominados ''[[partisans]]'', durante a [[Segunda Guerra Mundial]], sendo o maior responsável pela resistência armada às forças do [[Potências do Eixo|Eixo]] e aos [[nazi-fascismo|nazi-fascistas]] [[Croácia|croatas]] e [[Sérvia|sérvios]], mesmo sem apoio político e material dos [[Aliados da Segunda Guerra Mundial|Aliados]]. Posteriormente, Tito se tornaria presidente (mais tarde [[Presidente vitalício|Presidente vitalíco]])<ref>https://www.worldstatesmen.org/Yugoslavia-Constitution1974.pdf</ref> da [[Iugoslávia]], cargo que exerceu de 1953 até 1980, ano de sua morte.
 
Filho de pai [[Croácia|croata]] e mãe [[Eslovênia|eslovena]], Tito nasceu no [[Áustria-Hungria|Império Austro-Húngaro]]. No serviço militar, se destacou, tornando-se o mais jovem sargento-major dentro do exército do país.<ref>Ridley 1994, p. 59.</ref> Após ter sido gravemente ferido e capturado pelos [[Rússia|russos]] durante a [[Primeira Guerra Mundial]], Josip foi enviado a um campo de trabalhos forçados nos [[Urais]]. Mais tarde, ele participaria da [[Revolução de Outubro]], que derrubou o [[czarismo]] na [[Rússia]], e posteriormente se juntaria à ''Guarda Vermelha'' na cidade de [[Omsk]]. Ao retornar para a terra natal, Tito se deparou com o recém-instaurado [[Reino da Iugoslávia]], onde ingressaria na ''[[Liga dos Comunistas da Iugoslávia|Liga dos Comunistas]]''. Em 1939, tornou-se chefe da Liga, cargo que exerceria até a morte, e lutou na [[Segunda Guerra Mundial]], chefiando o movimento guerrilheiro iugoslavo, os chamados ''[[partisans]]''. Após a guerra, Tito tornou-se primeiro-ministro e mais tarde o Presidente da [[República Socialista Federativa da Iugoslávia]]. A partir de 1943, passou a carregar a patente de ''Marechal'', tornando-se o comandante supremo do exército iugoslavo. Com grande reputação em ambos os blocos da [[Guerra Fria]], por sua posição neutra, Tito passou a ser constantemente elogiado e congratulado com 98 condecorações, tanto por reconhecimento como pelo interesse em obter o apoio iugoslavo. Aos 82 anos, após a eleição de uma nova Assembleia Federal, tomou o cargo de [[Presidente vitalício|presidente vitalíco]].<ref>{{citar web |ultimo=Browne |primeiro=Malcolm |url=https://www.nytimes.com/1974/05/17/archives/tito-is-named-president-for-life-under-new-government-setup-stress.html |titulo=Tito Is Named President for Life Under New Government Setup |data=17 de maio de 1974 |website=[[The New York Times]]}}</ref>
 
Figura importante e controversa da [[Guerra Fria]], Tito fora criticado e elogiado por ambos os lados do globo. Símbolo de união entre os povos da [[Iugoslávia]] por ter mantido a paz entre as diferentes etnias dos [[Balcãs]], palco de históricos conflitos [[Separatismo|separatistas]],<ref>Martha L. Cottam, Beth Dietz-Uhler, Elena Mastors, Thomas Preston, Introduction to political psychology, Psychology Press, 2009 p.243 ISBN 1-84872-881-6 "...Tito himself became a unifying symbol. He was charismatic and very popular among the citizens of Yugoslavia."</ref> Tito também é considerado um ditador [[autoritarismo|autoritário]], que sufocou os anseios de independência e liberdade dos diferentes povos de seu país, apesar de seu carisma característico, que lhe rendeu o apoio do povo iugoslavo, fazendo dele uma das figuras mais populares de seu tempo.<ref>Shapiro, Susan; Shapiro, Ronald (2004). The Curtain Rises: Oral Histories of the Fall of Communism in Eastern Europe. McFarland. ISBN 0-7864-1672-6. "...All Yugoslavs had educational opportunities, jobs, food, and housing regardless of nationality. Tito, seen by most as a benevolent dictator, brought peaceful co-existence to the Balkan region, a region historically synonymous with factionalism."</ref><ref>Melissa Katherine Bokovoy, Jill A. Irvine, Carol S. Lilly, State-society relations in Yugoslavia, 1945–1992; Palgrave Macmillan, 1997 p36 ISBN 0-312-12690-5 "...Of course, Tito was a popular figure, both in Yugoslavia and outside it."</ref> Pelo resto do mundo, Tito é respeitado e admirado pela sua luta contra os nazistas, e principalmente por ter sido um líder com a força, coragem e capacidade de manter seu país livre de influências estrangeiras durante a [[Guerra Fria]], fosse da [[União Soviética]] ou dos [[Estados Unidos]], além de ter defendido a união e soberania dos países do chamado ''[[terceiro mundo]]''.<ref>Peter Willetts, The non-aligned movement: the origins of a Third World alliance (1978) p. xiv</ref> Tito foi um [[cidadão do mundo]] e reconhecido aventureiro, vivendo em diversas nações europeias, como [[Croácia]], [[Eslovênia]], [[Sérvia]], [[República Checa]], [[Áustria]], [[Alemanha]], e [[Rússia]], onde foi preso, conseguiu escapar e ainda lutou para derrubar o [[tsar]]. Era um dos mais conhecidos adeptos do [[Estado laico]]. Seu funeral atraiu centenas de líderes mundiais, sendo o funeral com maior participação em toda a história até então, superado apenas pelo do papa [[João Paulo II]], vinte e cinco anos mais tarde.<ref name="autogenerated166">Vidmar, Josip; Rajko Bobot, Miodrag Vartabedijan, Branibor Debeljaković, Živojin Janković, Ksenija Dolinar (1981). Josip Broz Tito – Ilustrirani življenjepis. Jugoslovenska revija. p. 166.</ref><ref>Ridley, Jasper (1996). Tito: A Biography. Constable. p. 19. ISBN 0-09-475610-4.</ref> Após a sua morte, diferenças, ódio e ressentimentos entre diferentes grupos étnicos desencadearam o maior conflito bélico europeu após a [[Segunda Guerra Mundial]], desmembrando as repúblicas iugoslavas, e levando a guerras e impasses que perduram até hoje na região, como o caso de [[Kosovo]].<ref>*AUTY, Phyllis. ''Tito'' - Rio de Janeiro: Renes, 1974. (Biografia do estadista iugoslavo)</ref>