Incêndio na creche Casinha da Emília: diferenças entre revisões

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{{Info/Evento único
| título = Incêndio na creche Casinha da Emília
| imagem = Incêndio Casinha da Emília.jpg
| tamanho_imagem = 250px
| legenda = Peritos no local de incêndio
| hora = 13h
| data = {{Data de início|2000|06|20}}
| local = Creche Casinha da Emília
| tipo = Incêndio
| causa = Peça de roupa que caiu sobre um aquecedor
| mortes = 12
| lesões_relatadas =
| condenações = 2
}}
O '''incêndio na creche Casinha da Emília''', em [[Uruguaiana]], [[Brasil]], ocorreu em 20 de junho de 2000, matando doze crianças.
 
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No final da tarde, a polícia começou a interrogar funcionárias, sem afastar a hipótese de negligência no salvamento. A prefeitura afastou os 18 funcionários até que todos os fatos fossem esclarecidos. O secretário de Saúde da cidade, José Luiz Saldanha, declarou que a prefeitura designou médicos e psicólogos para atender os parentes das crianças mortas. Alguns familiares foram hospitalizados em estado de choque.<ref name="folha" />
 
Raquell Peixoto, delegada responsável pelo caso, avaliou que "[h]ouve negligência ao deixar crianças entre 2 e 3 anos, sozinhas em uma sala com aquecedor ligado". Ela comentou que o local tinha diversas irregularidades: "Não tinha alvará, não tinha extintor de incêndio, não tinha aparelho telefônico que pudesse ligar e pedir ajuda de imediato". A Polícia Civil chegou a indiciar as duas estagiárias, a auxiliar de cozinha e a diretora por homicídio culposo. Uma das estagiárias não foi denunciada pelo Ministério Público porque era menor de idade, enquanto a outra foi absolvida pela Justiça. A diretora da creche e a auxiliar foram condenadas por homicídio culposo. Somado a isso, a auxiliar foi condenada por omissão, já que teria negado cuidar das crianças porque o pedido não havia sido feito pela diretora, mas ela sabia que eles estavam sozinhos. Ambas cumpriram pena de serviços comunitários.<ref name="g1-20" />
 
Os familiares pediram indenização. O advogado Pacífico Saldanha comentou que cada pai e mãe recebia uma pensão de seiscentos reais mensais, mas a indenização de 125 salários mínimos havia sido paga para apenas duas famílias. Após o evento, a escola continuou funcionando, fechada apenas durante a [[Pandemia de COVID-19 no Brasil|pandemia de COVID-19]]. A sala maternal 2, onde ocorreu o incêndio, se tornou uma sala multiuso. Segundo a prefeitura, aquecedores não são mais utilizados.<ref name="g1-20" />