Filosofia perene: diferenças entre revisões

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toda esta biografia diz respeito a escola perenialista e não à filosofia perene.
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=== Estruturalização sincrônica de Toshihiku Izutsu ===
No Oriente, o filósofo [[Toshihiko Izutsu]] elaborou um esquema metódico de análise [[Meta-história|meta-histórica]] de diversas tradições religiosas e filosóficas comparadas, que ele chamou de "''estruturalização sincrônica''". Ele foi pioneiro em articular especialmente as diversas filosofias[[filosofia]]s das tradições chinesas e budistas do Leste Asiático, visando a questão da filosofia perene.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=kmCpDwAAQBAJ&pg=PA550|título=The Oxford Handbook of Japanese Philosophy|ultimo=Krummel|primeiro=John W. M.|editora=Oxford University Press|ano=2019|editor-sobrenome=Davis|editor-nome=Bret W.|local=|página=|páginas=|lingua=en|capitulo=Comparative Religion in Japan. Izutsu Toshihiko}}</ref><blockquote>Pois em nenhum momento da história da humanidade a necessidade de entendimento mútuo entre as nações do mundo foi mais sentida do que em nossos dias ... E diálogos meta-históricos, conduzidos metodicamente, serão, acredito, eventualmente cristalizados em uma ''philosophia perennis'' no sentido mais amplo do termo. Pois o impulso filosófico da Mente humana é, independentemente de eras, lugares e nações, última e fundamentalmente um.<ref>Izutsu, Toshihiko. (1984). ''Sufism and Taoism: A comparative study of key philosophical concepts''. Citado em Lipton, Gregory A. (2 de abril de 2018). ''[https://books.google.com.br/books?id=HqZTDwAAQBAJ&pg=PA29 Rethinking Ibn 'Arabi]'' (em inglês). [S.l.]: Oxford University Press</ref></blockquote>
 
=== Psicologia Perene de Ken Wilber ===
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=== Egito Antigo e Grécia Antiga ===
O filósofo lituano [[Algis Uždavinys]], inspirado por [[Pierre Hadot]], propõe que a filosofia grega se originou da [[Religião no Antigo Egito|se originou]] da [[filosofia e religião]] do [[Antigo Egito|Egito antigo]]; diversos estudiosos já evidenciaram as relações entre a mitologia grega e inspirações de origem semítica, por exemplo no contato com os [[Fenícia|fenícios]].<ref>{{Citar periódico|ultimo=López-Ruiz|primeiro=Carolina|data=Janeiro de 2014|titulo=Greek and Canaanite Mythologies: Zeus, Baal, and their Rivals|url=http://dx.doi.org/10.1111/rec3.12095|jornal=Religion Compass|volume=8|numero=1|paginas=1–10|doi=10.1111/rec3.12095|issn=1749-8171|acessodata=}}</ref> Uždavinys afirma que há uma linhagem de pensamento entre os egípcios e os mitos gregos, elaborada na filosofia dos pré-socráticos, até os pitagóricos e Platão, e critica a alcunha "[[neoplatonismo]]", porque há uma relação de continuidade entre o pensamento de Platão e os filósofos posteriores.<ref>Uždavinys, Algis. Philosophy as a Rite of Rebirth: From Ancient Egypt to Neoplatonism. The Prometheus Trust. 2008. ISBN 978 1 898910 35 0. https://themathesontrust.org/publications-files/MTexcerpt-PhilosophyRebirth.pdf</ref><ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/733449021|título=The Golden Chain.|ultimo=Algis Uzdavinys.|data=2010|editora=World Wisdom|isbn=1282964216|oclc=733449021}}</ref> As [[doutrinas não escritas de Platão]], segundo as propostas das pesquisas da Escola de Tübingen e Milanesa, evidenciam isso.<ref>Dmitri Nikulin, ed., ''The Other Plato: The Tübingen Interpretation of Plato's Inner-Academic Teachings'' (Albany: SUNY, 2012)</ref><ref>Hans Joachim Krämer and John R. Catan, ''Plato and the Foundations of Metaphysics: A Work on the Theory of the Principles and Unwritten Doctrines of Plato with a Collection of the Fundamental Documents'' (SUNY Press, 1990)</ref>
 
=== Período helenístico ===
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[[Ficheiro:Roman sarcophagus of a reader identified to Plotinus and disciples.jpg|miniaturadaimagem|[[Plotino]] com seus discípulos]]
=== Roma Antiga ===
[[Filo de Alexandria]] (c.25 aC - 50 dC) tentou conciliar o racionalismo grego com a [[Torá]], que ajudou a preparar o caminho para o cristianismo com o neoplatonismo, e a adoção do [[Antigo Testamento]] com o cristianismo, em oposição ao gnóstico Marcion. Filo traduziu o judaísmo em termos de elementos [[estoicismo|estóicos]], [[platonismo|platônicos]] e [[neopitagorismo|neopitagóricos]], e sustentava que Deus é "supra racional" e só pode ser alcançado por meio do "êxtase". Ele também afirmou que os oráculos de Deus fornecem o material do conhecimento moral e [[religião|religioso]]. <ref>Cahil, Thomas (2006). ''Mysteries of the Middle Ages''. New York: Anchor Books. pp. 13–18. ISBN <bdi>978-0-385-49556-1</bdi>.</ref>
 
=== Neoplatonismo ===