Daniel Dantas (empresário): diferenças entre revisões
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=== Origem ===
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Daniel é membro de uma das mais tradicionais famílias da [[Bahia]], cujo patriarca foi o Barão de Jeremoabo, [[Cícero Dantas Martins]], que é [[Cícero Dantas|nome de município]] na Bahia. Cícero Dantas, filho do [[comendador]] João Dantas dos Reis, foi um poderoso [[latifundiário]] na região de
Daniel é filho da escritora e [[socialite]] Nicia Maria Valente e de Luís Raimundo ("Mundico") Tourinho Dantas,<ref>''Sociedade Bahiana'', Margarida Luz</ref> um empresário do setor têxtil. Desde cedo quis ter seus próprios negócios, e abriu, aos 17 anos, uma fábrica de sacolas de papel, em sociedade com dois amigos. O empreendimento foi muito bem sucedido e, após dois anos, ele o vendeu com lucro, abrindo então, com os mesmos sócios, um negócio de distribuição de cerveja.
=== Formação ===
Formou-se em [[engenharia]] pela [[Universidade Federal da Bahia]]. Realizou estudos de pós-graduação em [[economia]] na [[Fundação Getúlio
Fez pós-doutorado no [[Instituto Tecnológico de Massachusetts]], indicado por [[Franco Modigliani]], prêmio Nobel de Economia de 1985, o qual Dantas ciceroneou durante um congresso de economia da [[Fundação Getúlio Vargas]].<ref name="Epoca" />
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=== Negócios ===
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Em 1986, Dantas associou-se aos irmãos Kati e Luis Antônio, filhos de Antônio Carlos Almeida Braga, o "Braguinha", controlador da seguradora Atlântica Boavista, que havia sido incorporada pelo [[Banco Bradesco]]. Nessa ocasião, adquiriu a fama de "mago das finanças". Sua saída do Bradesco ocorreu junto com Braguinha, considerado o seu "mestre no mundo das finanças".
No [[Banco Icatu]], Dantas notabilizou-se por realizar investimentos que davam resultados extraordinários. Como, por exemplo, investir em mercadorias como café, laranja e cacau pouco antes da edição do Plano Collor, em março de 1990. Este plano viria a confiscar todos os ativos financeiros bancários. Dessa forma, Dantas pôde exportar as mercadorias que adquirira, obtendo assim recursos para atravessar a crise de liquidez que afetava os demais empresários e banqueiros.
Esse seu sucesso gerou boatos que alegavam que o Banco Icatu só não fora afetado pelo confisco porque Dantas teria recebido informações privilegiadas sobre o [[Plano Collor]] e que, antes do congelamento, ele havia sacado uma grande importância em dinheiro vivo do banco. Entretanto [[Gustavo Loyola]], então diretor do [[Banco Central]], declarou que não houve movimentação anormal de recursos no Banco Icatu às vésperas da decretação do Plano Collor.
Tornou-se amigo de [[Luis Eduardo Magalhães]] e, a partir dai, consolidou estreita relação com Antônio Carlos Magalhães, tornando-se seu afilhado político e principal conselheiro financeiro. Foi encarregado por ACM de negociar uma solução para o [[Banco Econômico]] com [[Pedro Malan]] e Gustavo Loyola, então presidente do Banco Central. A partir de sua ligação com ACM, criou laços com o [[PFL]].
Dantas antecipara que a onda de [[privatização no Brasil|privatizações]] acabaria por chegar ao Brasil e seria uma das políticas a serem adotadas pelo governo do então recém-eleito presidente [[Fernando Henrique Cardoso]]: '' “Temos uma mentalidade colonizada, e sempre acabamos imitando o que se faz lá fora” (…)"''. Com base nessa previsão, Dantas determinou ao Banco Icatu que investisse em ações de [[empresa estatal|empresas estatais]] em vias de serem privatizadas, especialmente [[Telecomunicações Brasileiras S.A.|Telebrás]], o que viria a trazer lucros extraordinários àquele banco.
Daniel Dantas deixou o Banco Icatu em 1993 e em 1994 se uniu a Dorio Ferman criando o Opportunity, uma das primeiras empresas de gestão independentes do Brasil, com um patrimônio
=== Banco Opportunity ===
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