Imigração japonesa no Brasil: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
→‎Segunda Guerra Mundial: adicionei nova informação e referências.
Linha 206:
A irreverência popular foi incentivada com marchinhas de Carnaval que ironizavam o [[Hirohito|imperador Hiroito]] e a "terra do micado".<ref name="suzuki" /> Um nipo-brasileiro sentia-se muito mais ofendido quando troçavam do [[Hirohito|imperador Hiroito]] do que um teuto-brasileiro quando troçavam de [[Hitler]] ou um ítalo-brasileiro quando troçavam de [[Mussolini]]. Na época, o imperador Hiroito não era somente [[Chefe de Estado]], mas também a figura central da religião oficial japonesa, o [[xintoísmo]], sendo venerado em altares domésticos como descendente dos deuses.
 
Notícias degradantes sobre os japoneses foram comuns na imprensa brasileira durante a [[Segunda Guerra Mundial]]. Na [[Granja do Canguiri]] ([[grande Curitiba]]) internos japoneses eram separados dos filhos, realizavam [[trabalho forçado|trabalho agrícola pesado]], sendo ridicularizados e humilhados.<ref name="Racismo à moda da casa">{{citar web|url=https://domtotal.com/noticias/detalhes.php?notId=755976|titulo=Racismo à moda da casa|data=4 de junho de 2014|acessodata=20 de maio de 2022|publicado=Dom Total|ultimo=Kawakami|primeiro=Alexandre}}</ref> Estudantes que contribuíam para o [[esforço de guerra]] eram "premiados" com visitas a Granja, onde os internos ficavam expostos como num [[zoológico humano]].<ref name="Racismo à moda da casa"/> Em [[1945]], [[David Nasser]] e [[Jean Manzon|Jean Marzon]], a dupla de jornalista-fotógrafo mais famosa do país, publicaram em "[[O Cruzeiro (revista)|O Cruzeiro]]", a revista de maior tiragem da época, uma matéria ilustrada na qual pretendiam ensinar aos brasileiros a distinguir um japonês de um chinês. David Nasser escreveu, entre outras coisas, que o japonês podia ser distinguido pelo "aspecto repulsivo, míope, insignificante". Segundo o escritor Roney Cytrynowicz, "a opressão contra os imigrantes japoneses, diferente do que ocorreu com italianos e alemães em São Paulo, deixa claro que o Estado Novo moveu contra eles -a pretexto de acusação de sabotagem- uma campanha racista em larga escala".<ref name="suzuki" />
 
<center>