Intentona Comunista: diferenças entre revisões

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{{Info/Objeto/Wikidata|legenda=Monumento aos mortos na Intentona <br />Comunista, no Rio de Janeiro.<ref name="Exército Brasileiro">{{citar web|url=https://www.eb.mil.br/web/noticias/noticiario-do-exercito/-/asset_publisher/znUQcGfQ6N3x/content/id/8983888|título=Fundição do Arsenal restaura monumento histórico|autor=|data=28 de junho de 2018|publicado=[[Exército Brasileiro]]|acessodata=22 de maio de 2022|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref>}}
{{Info/Objeto/Wikidata|imagem=Intentona Comunista de 1935 - 3º Regimento de Infantaria em chamas.jpg|legenda=O 3º Regimento de Infantaria no Rio de Janeiro em chamas após insurreição comunista}}
 
'''Intentona Comunista''' , também conhecida como '''Revolta Comunista de 35'''<ref name="cpdoc1" /><ref name="dhnet1" />, '''Levante Comunista<ref name="grabois" />''' ou '''Revolta Vermelha de 35''',<ref name="dhnet2">{{Citar livro|autor=Hélio Silva |título=O Ciclo de Vargas - Volume VIII |subtítulo=1935 - A Revolta Vermelha |editora=Civilização Brasileira|ano=1969|páginas=476}}</ref> foi uma tentativa de [[Golpe de Estado|golpe]] contra o governo de [[Getúlio Vargas]] realizado entre 23 e 27 de novembro de 1935 por militares, em nome da [[Aliança Nacional Libertadora]] (A.N.L.), com apoio do [[Partido Comunista - Seção Brasileira da Internacional Comunista|Partido Comunista do Brasil]] e da [[Internacional Comunista]]. O levante ocorreu em [[Natal (Rio Grande do Norte)|Natal]], [[Recife]] e no [[Rio de Janeiro]].
 
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== Contexto histórico ==
 
{{Sem fontes|Esta seção|data=novembro de 2021}}{{Principal|Comunismo no Brasil}}
{{Principal|Ameaça comunista no Brasil|Comunismo no Brasil}}
 
[[File:Intentona Comunista de 1935 - Membro do Comitê Comunista de Natal - Lauro Cortez Lago (1), João Baptista Galvão (2), José Macedo (3), da esquerda para direita.jpg|thumb|left|Membros do Comitê Comunista de Natal em 2 de Dezembro de 1935: <br />Lauro Cortez Lago (1) <br />João Baptista Galvão (2) <br />José Macedo (3).]]
 
A Intentona Comunista de 1935, conspiração de natureza político-militar, inscreve-se, pelas suas reivindicações políticas imediatas (de protesto político-institucional contra um governo autoritário), dentro do quadro dos movimentos [[Tenentismo|tenentistas]] realizados no Brasil desde a década de 1920. No entanto, articularam-se estas reivindicações, sob influência [[comunismo|comunista]], à ideia de uma revolução "nacional-popular" contra as [[oligarquia]]s, o [[imperialismo]] e o [[autoritarismo]], possuindo, nas suas reivindicações menos imediatas, aspectos como a abolição da dívida externa, a reforma agrária e o estabelecimento de um governo de base popular — em outras palavras, uma revolução "nacional-libertadora", que, embora estabelecida por um movimento armado, não se propunha a ultrapassar o quadro da ordem social burguesa (como afirmado, à época, por um dos líderes do movimento, o capitão [[Agildo Barata]]).
[[File:Intentona Comunista de 1935 - Membro do Comitê Comunista de Natal - Lauro Cortez Lago (1), João Baptista Galvão (2), José Macedo (3), da esquerda para direita.jpg|thumb|left|Membros do Comitê Comunista de Natal.]]
 
Esta confluência de influências corporificou-se na pessoa de seu principal líder, [[Luís Carlos Prestes]], capitão do [[Exército Brasileiro]] e líder tenentista convertido ao comunismo, que dirigiu o levante — à revelia da liderança formal do [[Partido Comunista Brasileiro]], e em articulação direta com a direção da [[Internacional Comunista]], que mantinha junto a Prestes um grupo de militantes comunistas internacionais, composto pela companheira de Prestes, a alemã [[Olga Benário]], além do argentino [[Rodolfo Ghioldi]], o alemão [[Arthur Ernest Ewert]], Ranieri Gonzales e alguns outros militantes ligados ao Comitê Executivo da Internacional Comunista (CEIC).
[[File:Intentona Comunista de 1935 - Fachada do Quartel do Regimento Policial de Natal cravados de balas pelos soldados do 21º B.C e pelos civis comunistas.jpg|thumb|Fachada do Quartel do Regimento Policial de Natal cravada de balas pelos soldados do 21º B.C e pelos civis comunistas, no contexto do levante de 1935.]]
 
Num primeiro momento, Prestes parecia considerar que o programa nacionalista da [[ANL]] seria capaz de permitir-lhe impor-se como um movimento de massa legal, capaz de atrair apoio tanto entre a classe operária e o campesinato como também entre a burguesia "progressista" de tendências anti-imperialista e antifascista — para depois, quando o governo [[Getúlio Vargas]] declarou a aliança ilegal — com o apoio da burguesia e da classe média, que temiam a infiltração comunista no movimento — optar, com o apoio do CEIC, por uma ação revolucionária concebida em termos de uma mera ação militar.
 
== Eclosão ==
 
Prestes estabelecera que a rebelião deveria começar na madrugada do dia 27 de novembro de 1935. Contudo, por motivos locais, ela teve de começar mais cedo no Rio Grande do Norte e em Pernambuco.<ref name ="Delta">{{Citar livro |título=Enciclopédia Delta de História do Brasil|volume=volume 8 |editora=Editora Delta S/A |ano=1969|local=Rio de Janeiro |páginas=1905-1908}}</ref> O levante eclodiu em pontos esparsos do território nacional, a saber:<ref name="cpdoc1">{{citar web|url=http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/FatosImagens/RevoltaComunista|titulo=A revolta comunista de 1935 - CPDOC - FGV|acessodata=21/04/2015}}</ref>
 
* em [[Natal (Rio Grande do Norte)|Natal]] e arredores, no dia 23 de novembro;
* no [[Recife]], em 24 de novembro; e
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=== Em Natal ===
 
[[File:Intentona Comunista de 1935 - Fachada do Quartel do Regimento Policial de Natal cravados de balas pelos soldados do 21º B.C e pelos civis comunistas.jpg|thumb|Fachada do Quartel do Regimento Policial de Natal cravada de balas pelos soldados do 21º B.C e pelos civis comunistas, no contexto do levante de 1935.]]
 
A insurreição comunista começou no [[Rio Grande do Norte]]. Ela derrubou o governador [[Rafael Fernandes Gurjão]], que teve de se asilar no [[Chile]]. O estado ficou por três dias com o comitê popular revolucionário no poder. Pode-se dizer que foi esse o primeiro governo comunista que conseguiu se instalar no país, e o primeiro na América do Sul.<ref name=":0" /> A revolta teve fim quando constatou-se que 1) nenhuma guarnição importante havia aderido à insurreição, 2) que em Pernambuco o movimento havia sido sufocado e 3) que o 20º batalhão de caçadores de [[Alagoas]] e a polícia [[Paraíba|paraibana]] se preparavam para invadir o Rio Grande do Norte. Os rebelados, então, fugiram de Natal, para serem capturados mais tarde pela polícia. O total de mortos não chegou a 20.<ref name="Delta" />
 
=== Em Pernambuco ===
 
Dos três levantes, o de Pernambuco foi o mais violento. No dia 24, registraram-se movimentações em algumas cidades do estado. Civis armados fizeram ataques contra delegacias de polícia de [[Olinda]] e no [[Recife]]. Parte da guarnição do 29º batalhão de caçadores se revoltava, junto com uma tentativa de levante na 7ª. Parte dos comunistas foram para [[Jaboatão dos Guararapes|Jaboatão]], onde libertaram os presos de uma cadeia. No Largo da Paz, em Recife, rebeldes instalaram metralhadoras no topo da torre da igreja, a fim de atirar contra os legalistas. Tinham por objetivo conquistar o centro da capital.<ref name="Delta" />
 
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=== No Rio de Janeiro ===
No Rio de Janeiro, o movimento foi deflagrado, simultaneamente, no 3º Regimento de Infantaria, na Praia Vermelha; no 2º Regimento de Infantaria e no Batalhão de Comunicações, na Vila Militar; e na Escola de Aviação, no Campo dos Afonsos. Os amotinados, companheiros de véspera, teriam, de acordo com a versão legalista, ferido e matado indiscriminada e covardemente seus companheiros que dormiam -versão esta que até hoje gera margem a dúvidas, já que os quartéis do Rio estavam em prontidão após os levantamentos revolucionários no Norte do País, e em tais circunstâncias seria extremamente difícil encontrar oponentes inermes a serem massacrados de tal forma. Seja como for, a luta foi atroz e sem quartel, com os insurretos tentando expandir a rebelião a todo custo, esbarrando na mais férrea resistência das forças legalistas, e, finalmente, perdendo a luta.
 
[[Imagem:Julgamento noIntentona TribunalComunista de Segurança1935 Nacional- dos líderesRegimento dade IntentonaInfantaria deem 1935chamas.tifjpg|thumb|250px|esquerdadireita|Julgamento3º Regimento de Infantaria no TribunalRio de SegurançaJaneiro Nacionalem doschamas líderesapós dainsurreição Intentona de 1935comunista.]]
 
No Rio de Janeiro, o movimento foi deflagrado, simultaneamente, no 3º Regimento de Infantaria, na Praia Vermelha; no 2º Regimento de Infantaria e no Batalhão de Comunicações, na Vila Militar; e na Escola de Aviação, no Campo dos Afonsos. Os amotinados, companheiros de véspera, teriam, de acordo com a versão legalista, ferido e matado indiscriminada e covardemente seus companheiros que dormiam -versão esta que até hoje gera margem a dúvidas, já que os quartéis do Rio estavam em prontidão após os levantamentos revolucionários no Norte do País, e em tais circunstâncias seria extremamente difícil encontrar oponentes inermes a serem massacrados de tal forma. Seja como for, a luta foi atroz e sem quartel, com os insurretos tentando expandir a rebelião a todo custo, esbarrando na mais férrea resistência das forças legalistas, e, finalmente, perdendo a luta.
 
Por trás da estratégia equivocada do levante estava, de um lado, a superestimação que Prestes fazia de seu prestígio no interior do Exército Brasileiro, de outro, a crença da IC de que, numa sociedade "semicolonial", bastaria proclamar o movimento para produzir uma sublevação espontânea que englobaria de militares a operários e "cangaceiros ''partisans'' [guerrilheiros](sic)". O [[agente duplo]] do [[MI6]] ([[serviço de inteligência]] britânico), Johann Heinrich Amadeus de Graaf, conhecido como Johnny de Graaf, estava infiltrado na rebelião de Prestes.<ref>{{citar livro|autor=R. S. Rose & Gordon D. Scott|título=Johnny: a vida do espião que delatou a rebelião comunista de 1935|editora=[[Editora Record]]|ano=2009|páginas=600|isbn= 9788501082534}}</ref> Graaf revelou os planos dos rebeldes ao serviço de inteligência britânico que repassou estas informações para a inteligência brasileira.<ref>{{citar web|URL=http://www.acervo.revistabula.com/posts/livros/o-espiao-alemao-que-detonou-a-revolucao-de-prestes|título=Revista Bula: O espião alemão que detonou a revolução de Prestes|autor=Euler de França Belém|data=|publicado=16 de novembro de 2010|acessodata=19 de março de 2017}}</ref> Prestes também teria sabotado o próprio levante despropositadamente, uma vez que enviara ao comandante do Grupo de Obuses de São Cristóvão [[Newton Estillac Leal]] um convite para participar do golpe e, tais fatos fizeram com que o Governo tomasse conhecimento da rebelião mesmo antes dela acontecer.<ref>{{Citar livro|autor=William Waack |título=Camaradas |subtítulo=Nos arquivos de Moscou: a história secreta da revolução brasileira de 1935 |editora=Companhia das Letras |ano=1993 |páginas=225 |isbn=978-85-7164-342-0 }}</ref>
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== Resultados ==
 
[[File:At Rio de Janeiro 2019 574526.jpg|thumb|Vista lateral do Monumento aos mortos na Intentona Comunista, localizado nodo Rio de Janeiro.]]
 
O historiador Rodrigo Trespach salientou a falta de apoio popular do movimento e a forte presença dos militares (e não, como se poderia esperar de um movimento comunista, dos operários):
 
{{Quote|''Os comunistas não conseguiram apoio popular, reunindo menos de 2 500 pessoas nas três cidades [em que ocorreram os levantes]. Ainda que o número possa ser maior, já que outras 1 420 foram presas em outros estados por estrarem supostamente relacionadas ao levante, o movimento de novembro nem de longe mobilizou "as grandes massas proletárias" que formariam a revolução socialista no Brasil. O que de fato aconteceu foi mais uma quartelada na história brasileira. No Rio de Janeiro, dos 838 indiciados, 65% eram militares e apenas 9%, operários.''|{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books/about/A_Revolu%C3%A7%C3%A3o_de_1930.html?id=1cEoEAAAQBAJ|título=A Revolução de 1930: O conflito que mudou o Brasil|ultimo=Trespach|primeiro=Rodrigo|data=2021-05-13|editora=Harper Collins|local=Rio de Janeiro|página=183}}}}
 
Uma vez reprimido e derrotado, o movimento foi submetido a intensa desmoralização — a começar pelo nome pejorativo e desqualificante que recebeu ("Intentona", ou "intento louco") — por parte das cúpulas militares; como lembra o militar esquerdista [[Nelson Werneck Sodré]] nas suas memórias, a participação intensa de oficiais e suboficiais nas fileiras dos insurretos alertou o exército para a necessidade de cerrar fileiras ideológicas, e de expurgar "influências exógenas" no interior da oficialidade militar nas três décadas seguintes. Tal cisão ideológica viria a expressar-se nas disputas políticas no interior do [[Clube Militar]] da década de 1950, na [[Revolta dos sargentos|Revolta dos Sargentos]] da década de 1960, e daí até o [[Golpe de 1964]], após o qual quaisquer traços de esquerdismo organizado foram eliminados das fileiras militares.
 
[[Imagem:Julgamento no Tribunal de Segurança Nacional dos líderes da Intentona de 1935.tif|thumb|250px|esquerda|Julgamento no Tribunal de Segurança Nacional dos líderes da Intentona de 1935.]]
 
Diferentemente dos golpes tenentistas, que haviam criado divisões temporárias entre legalistas e insurretos, superáveis posteriormente por anistias e reorganizações de carreira, o movimento de 1935 criou uma clivagem político-ideológica até hoje não superada, em que os insurretos tiveram negada a sua própria condição de membros da corporação militar, com sua ação política sendo duradouramente criminalizada e estigmatizada como traição e ato hostil à hierarquia militar.<ref name="cpdoc2">{{citar web|url=http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/Jango/artigos/AConjunturaRadicalizacao/O_anticomunismo_nas_FFAA|titulo=O anticomunismo nas Forças Armadas - CPDOC - FGV|acessodata=21/04/2015}}</ref> A Intentona Comunista gerou, nos meios militares, um forte [[anticomunismo]] e foi um dos fatores que contribuíram para implantação do [[Estado Novo (Brasil)|Estado Novo]] em [[1937]].<ref>{{citar livro|autor=Maud Chirio|título=A política nos quartéis: Revoltas e protestos de oficiais na ditadura militar brasileira|editora=Zahar|ano=2012|páginas=|id=pág. 243 ISBN 9788537808306}}</ref>
 
Até o governo do presidente [[Fernando Henrique Cardoso]], anualmente, na data de 27 de novembro, eram realizadas comemorações públicas pelo [[Exército Brasileiro]], no [[Cemitério de São João Batista (Rio de Janeiro)|Cemitério de São João Batista]], no Rio de Janeiro, em homenagem aos militares legalistas mortos durante a intentona, que se caracterizavam pela intensidade das manifestações anticomunistas da cúpula militar a que davam oportunidade, daí terem sido interrompidas as solenidades quando do fim da [[Guerra Fria]] e da consolidação do regime constitucional restabelecido em 1985. O monumento aos mortos legalistas do movimento foi erguido na [[Praiapraça VermelhaGeneral Tibúrcio (Rio de Janeiro)|praça General Tibúrcio]], [[Urca#Praia_Vermelha|Praia Vermelha]], no bairro da Urca, Rio de Janeiro em 1940, sendo [[Conservação e restauro|restaurado]] em Junho de 2018.<ref>[[ name="Exército Brasileiro]] - [http:"//www.eb.mil.br/web/noticias/noticiario-do-exercito/-/asset_publisher/MjaG93KcunQI/content/restauracao-de-monumento-da-intentona-comunista-pela-secao-de-fundicao-do-arsenal-de-guerra-do-rio ''Fundição do Arsenal restaura monumento histórico .''] Acessado em 17/10/2018.</ref>
 
No início de 1936, tentando encontrar responsáveis pelo fracasso do levante, Prestes mandou matar a garota de 16 anos [[Elza Fernandes]], namorada do secretário-geral do PCB. Prestes suspeitava que ela fosse informante da polícia, o que mais tarde provou-se um engano. O jornalista [[William Waack]] alegou que Olga não se opôs à decisão.<ref name="epoca">{{citar notícia|url=http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG65925-6011-326,00.html|titulo=Entrevista com o autor de Camaradas|ultimo=Mendonça|primeiro=Martha|coautores=Martins, Elisa|data=13 de agosto de 2004|obra=[[Revista Época]]|acessodata=26 de dezembro de 2008}}</ref>
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== Relação dos mortos ==
 
Não se tem um balanço completo das vítimas, juntando-se legalistas e insurgentes em todos os eventos ocorridos. Entre os insurgentes é difícil encontrar uma lista completa com os nomes das vítimas, mas estima-se que pelo menos uma centena tenha falecido só no levante de Recife e outros vinte no levante da Praia Vermelha no Rio de Janeiro, sendo ainda necessário contabilizar as mortes ocorridas em Natal e demais quartéis do Rio de Janeiro.<ref name="blogfh">{{citar web|url=http://memoria.bn.br/docreader/WebIndex/WIPagina/089842_04/30958
|titulo=Correio da manhã - edição de 26/11/1936 - Hemeroteca da BN|acessodata=02/05/2015}}Procurar por título na última coluna à direita: "Cem mortos entre os revoltosos de Recife"</ref><ref>{{citar web|titulo=A Intentona Comunista: o que é fato e o que é boato|url=http://www.pitoresco.com/historia/republ207.htm|acessodata=02/05/2015}}</ref> Entre as tropas legalistas envolvidas nos combates ocorreram 22 baixas fatais.<ref name="editorajc">{{citar web|url=http://www.editorajc.com.br/2004/11/lembrai-vos-de-1935-a-intentona-comunista/|titulo=Lembrai-vos de 1935: a intentona comunista|acessodata=01/05/2015}}</ref> O [[Exército Brasileiro]] lista um total de 30 vítimas sem porém divulgar se eram legalistas ou insurgentes.<ref name ="eb">{{citar web|url=http://www.eb.mil.br/o-exercito?p_p_auth=WHT9z1Jd&p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&_101_struts_action=%2Fasset_publisher%2Fview_content&_101_returnToFullPageURL=http%3A%2F%2Fwww.eb.mil.br%2Fo-exercito%3Fp_auth%3DrvEKEZx1%26p_p_auth%3DsrqyiCRw%26p_p_id%3D3%26p_p_lifecycle%3D1%26p_p_state%3Dnormal%26p_p_state_rcv%3D1&_101_assetEntryId=1556520&_101_type=content&_101_urlTitle=intentona-comunista-de-1935&redirect=http%3A%2F%2Fwww.eb.mil.br%2Fo-exercito%3Fp_p_auth%3DsrqyiCRw%26p_p_id%3D3%26p_p_lifecycle%3D0%26p_p_state%3Dmaximized%26p_p_mode%3Dview%26_3_entryClassName%3D%26_3_modifiedto%3D%26_3_groupId%3D10138%26_3_modifiedselection%3D0%26_3_keywords%3Dagrella%26_3_documentsSearchContainerPrimaryKeys%3D15_PORTLET_10138_FIELD_1537387%252C15_PORTLET_10138_FIELD_1556513%252C15_PORTLET_10138_FIELD_822876%252C15_PORTLET_10138_FIELD_113528%252C15_PORTLET_10138_FIELD_818466%252C15_PORTLET_10138_FIELD_822864%252C15_PORTLET_10138_FIELD_810871%252C15_PORTLET_10138_FIELD_1554830%252C15_PORTLET_10138_FIELD_6294322%252C15_PORTLET_10138_FIELD_1554943%252C15_PORTLET_10138_FIELD_1555038%252C15_PORTLET_10138_FIELD_1538617%252C15_PORTLET_10138_FIELD_810750%252C15_PORTLET_10138_FIELD_1556188%252C15_PORTLET_10138_FIELD_1374021%252C15_PORTLET_10138_FIELD_1550027%252C20_PORTLET_5998664%252C20_PORTLET_6007787%252C20_PORTLET_6352446%26_3_cur%3D1%26_3_struts_action%3D%252Fsearch%252Fsearch%26_3_format%3D%26_3_assetTagNames%3D%26_3_modifiedfrom%3D%26_3_formDate%3D1430518062933%26_3_modified%3D&inheritRedirect=true|titulo=Intentona Comunista de 1935 - Publicador de conteúdo - EB|acessodata=01/05/2015}}</ref> A historiadora Marly Vianna faz algumas considerações sobre as vítimas entre os militares insurgentes.<ref name="grabois" /><ref>{{citar web|url=http://www.dhnet.org.br/memoria/1935/a_pdf/revista_novos_rumos_rebelioes_1935.pdf|título=As rebeliões de novembro de 1935 - Revista Novos Rumos n. 34|acessodata=02/05/2015}}</ref>
 
=== Controvérsia a respeito das versões sobre as mortes durante a revolta ===
 
[[Imagem:Intentona Comunista de 1935 - Enterro das vítimas da Intentona de 1935 - Misael Mendonça.jpg|thumb|Enterro de Misael Mendonça]]
 
Segundo a professora Marly Vianna, doutora em história pela USP e professora da Universidade Federal de São Carlos além de autora do livro ''Revolucionários de 35'', apenas duas mortes ocorreram no episódio que envolve o levante do 3ºRI e estas seriam do major Misael Mendonça (legalista) e o segundo-tenente Tomás Meireles (revolucionário).<ref name="grabois">{{citar web|url=http://grabois.org.br/portal/cdm/noticia.php?id_sessao=72&id_noticia=4247|titulo=A ANL e o Levante de 1935 – Entrevista com Marly Vianna|acessodata=19/04/2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20151222163550/http://grabois.org.br/portal/cdm/noticia.php?id_sessao=72&id_noticia=4247|arquivodata=2015-12-22|urlmorta=yes}}</ref> Segundo ela, a versão de que os militares revolucionários teriam assassinado covardemente oficiais legalistas enquanto dormiam é mentirosa, tendo sido inclusive tema de um discurso do então senador [[Jarbas Passarinho]] no [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional]] para, em nome de famílias de oficiais mortos, declarar que não estavam dormindo, pois esta versão seria prejudicial para sua imagem e memória. Segundo a mesma ainda, essa versão falsa teria sido plantada pela polícia de [[Filinto Müller]]. O historiador [[Hélio Silva (jornalista)|Hélio Silva]] diz o mesmo em seu livro ''O Ciclo de Vargas: 1935 - A Revolta Vermelha''.<ref name="dhnet2" /><ref name="dhnet1">{{citar web|url=http://www.dhnet.org.br/memoria/1935/livros/insurreicao/13.htm|título=A Revolta Comunista de 1935 em Natal|acessodata=21/04/2015}}</ref> Segundo o [[historiador]] Glauco Carneiro, esta ação fez centenas de vítimas.<ref>{{citar livro|autor=Glauco Carneiro|título=História das revoluções brasileiras, Volume 1|editora=Edições O Cruzeiro, pág. 424|ano=1965|páginas=|id=}}</ref>
 
== Ver também ==
 
* [[Aliança Nacional Libertadora]]
* [[Lutas e revoluções no Brasil]]
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== Bibliografia ==
 
{{Refbegin|2}}
* ''Estratégias da Ilusão'', de Paulo Sérgio Pinheiro, São Paulo, Cia. das Letras,1992 - estudo acadêmico sobre a Intentona e a cultura política comunista da época [https://books.google.com.br/books?id=CDAsAAAAYAAJ&q=estrat%C3%A9gia+da+ilus%C3%A3o+de+paulo+pinheiro+em+google+books&dq=estrat%C3%A9gia+da+ilus%C3%A3o+de+paulo+pinheiro+em+google+books&hl=pt-BR&sa=X&ei=hAREVeyzNozPsAXHh4GICg&ved=0CCYQ6AEwAA em Google Books].
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== Ligações externas ==
 
* [http://conjur.estadao.com.br/static/text/36180,1 Militar que participou da Intentona é reincorporado]
* [http://oglobo.globo.com/pais/mat/2010/01/09/os-104-anos-de-um-sobrevivente-da-intentona-915497190.asp Os 104 anos de um sobrevivente da Intentona]
 
{{Rebeliões do Brasil República}}
{{Revoluções}}
{{Getúlio Vargas}}
{{Portal3|História|Política|Brasil|Comunismo}}
 
[[Categoria:Era Vargas]]