Prémio Camões: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
já consta do artigo
Linha 27:
| website =
}}
O {{PEPB|Prémio Camões|Prêmio Camões}} é um prémio literário instituído pelos Governos de [[Portugal]] e do [[Brasil]] em 1988 com vista a estreitar os laços culturais entre os vários [[Lusofonia|países lusófonos]] e enriquecer o património literário e cultural da [[Língua Portuguesa]]. Atribuído anualmente desde 1989, é o maior galardão outorgado no âmbito da [[Literatura]] em Língua Portuguesa. É atribuído aos autores, pelo conjunto da obra, que contribuíram para o enriquecimento do património literário e cultural da Língua Portuguesa. O nome do prémio é igualmente uma homenagem ao [[poeta]] [[português]] [[Luís Vaz de Camões]], o maior escritor da História da Língua Portuguesa. O valor monetário do prémio é presentemente de 100 000€, um dos mais elevados a nível mundial entre os prémios literários.<ref>{{citar web|url=http://www.gepac.gov.pt/premios/premio-camoes.aspx|título=Prémio Camões|autor=Ministério da Cultura|data=|publicado=|acessodata=|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref>{{Ref infopedia|$premio-camoes|Prémio Camões}}
 
Atribuído anualmente desde 1989, é o maior galardão outorgado no âmbito da [[Literatura]] em Língua Portuguesa. É atribuído aos autores, pelo conjunto da obra, que contribuíram para o enriquecimento do património literário e cultural da Língua Portuguesa.
 
O nome do prémio é igualmente uma homenagem ao [[poeta]] [[português]] [[Luís Vaz de Camões]], o maior escritor da História da Língua Portuguesa. O valor monetário do prémio é de 100 000€, um dos mais elevados a nível mundial entre os prémios literários.<ref>{{citar web|url=http://www.gepac.gov.pt/premios/premio-camoes.aspx|título=Prémio Camões|autor=Ministério da Cultura|data=|publicado=|acessodata=|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref>{{Ref infopedia|$premio-camoes|Prémio Camões}}
 
O [[Instituto Camões]], em [[Lisboa]], é responsável pelo registo de candidaturas e laureados. O prémio é anualmente atribuído por um júri internacional, constituído por personalidades de diversos países lusófonos. O diploma entregue aos laureados contém o nome de todos os países lusófonos e é assinado pelos [[Chefe de Estado|Chefes de Estado]] de [[Portugal]] e do [[Brasil]].<ref>{{citar web|url=https://www.dn.pt/lusa/premio-camoes-lista-dos-31-distinguidos-10925711.html|título=Prémio Camões: lista dos distinguidos|autor=Diário de Notícias|data=21 de Maio de 2019|publicado=|acessodata=|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref>
 
A [[Biblioteca Nacional do Brasil|Fundação Biblioteca Nacional]] (FBN) é a entidade brasileira incumbida de selecionar 3 membros que compõem o júri do Prémio. Dentre os jurados, dois são de nacionalidade brasileira e um jurado deve pertencer à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa <ref>REPÚBLICA PORTUGUESA. Secretaria de Estado da Cultura. Decreto nº 47/99 de 5 de novembro de 1999. Disponível: https://files.dre.pt/1s/1999/11/258a00/76677669.pdf. Acesso em: 23 de maio de 2022.</ref>. Além disso, anualmente a FBN subsidia o Prêmio Camões com o valor de 50.000€.
 
Entre os 34 laureados encontram-se autores de 5 países lusófonos. A presente detentora do prémio é [[Paulina Chiziane]], escritora moçambicana.<ref>{{citar web|url=https://www.instituto-camoes.pt/sobre/comunicacao/noticias/paulina-chiziane-vence-premio-camoes|título=Paulina Chiziane vence Prémio Camões|autor=Instituto Camões|data=21 de Outubro de 2021|publicado=|acessodata=|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref>
Linha 359 ⟶ 353:
 
== Reconhecimento e crítica ==
Em umNum artigo publicado emno ano 2000, Jorge Henrique Bastos assinalou que, embora o prémio tenha sido concedido a "vários autores incontornáveis" da literatura lusófona, a predominância de vencedores portugueses e brasileiros contrastava com a baixa quantidade de escritores africanos. Referindo-se à produção literária dos [[Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa]], o autor assinalou que a diferença poderia ser explicada "pelo facto destas literatura (''sic'') serem ainda jovens, e muitas das obras estão ainda em curso para se inserir nos pressupostos que norteiam a atribuição do prémio".<ref name="BASTOS, Jorge Henrique 2000">BASTOS, Jorge Henrique. Prémio Camões. As vias e as vidas de um prémio. [http://cvc.instituto-camoes.pt/conhecer/biblioteca-digital-camoes/revistas-e-periodicos/revista-camoes/revista-no11-pontes-lusofonas-iii.html Revista Camões n.º 11], 2000 </ref> Até então, apenas dois autores africanos haviam sido premiados. Atualmente são seis em 32.
 
A escolha da escritora brasileira [[Rachel de Queiroz]], em 1993, gerou polémica. Segundo uma reportagem assinada por [[Norma Couri]] veiculada no [[Jornal do Brasil]], os membros portugueses do júri ficaram desconfortáveis com o fato de que os representantes brasileiros - [[Arnaldo Niskier]], [[Oscar Dias Correia]] e [[João de Scantimburgo]] - chegaram a Lisboa com o nome da escritora previamente escolhido. Os portugueses procuraram sugerir outras opções, como [[Jorge Amado]] e [[Haroldo de Campos]], porém, não obtiveram sucesso em mudar a opinião dos votantes brasileiros. Ainda segundo a reportagem, Niskier, Correia e Scantimburgo teriam defendido o prémio para Queiroz após a autora ter apoiado o ingresso dos mesmos na [[Academia Brasileira de Letras]].<ref name=":0">COURI, Norma. «[http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=030015_11&pesq=%22Pr%C3%AAmio%20Cam%C3%B5es%20gera%20pol%C3%AAmica%22&pagfis=93231 Prêmio Camões gera polêmica]» in ''Jornal do Brasil''. Rio de Janeiro: 7 de julho de 1993, caderno B, p. 7.</ref>