Guerra da Independência do Brasil: diferenças entre revisões

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=== A campanha da Bahia ===
{{Artigo principal|Independência da Bahia}}
[[Imagem:Entrada do Exército Libertador 1930.jpg|thumb|200px|O [[Exército brasileiro]] adentrando [[Salvador (Bahia)|Salvador]] após a retirada das forças portuguesas, [[1823]].]]
[[Imagem:Fragata Nictheroy.jpg|thumb|200px|Fragata ''Niterói'' da [[Armada Imperial Brasileira]], perseguindo os navios portugueses que se retiram da [[Bahia]] em 3 de Julho de 1823 ([[aquarela]] do vice-almirante [[Trajano Augusto de Carvalho]]).<ref>{{citar web|url=https://www.naval.com.br/blog/2021/12/13/13-de-dezembro-dia-do-marinheiro-8/|título=13 de dezembro – Dia do Marinheiro|autor=Alexandre Galante|data=13 de dezembro de 2021|publicado=Naval.com.br|acessodata=10 de junho de 2022|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref>]]
Com a Revolução do Porto, a população da Bahia dividiu-se, e os conflitos entre brasileiros (contra a recolonização) e portugueses (a favor da recolonização) aumentaram. A área tradicionalmente produtora de [[açúcar]] e de [[tabaco]] do [[Recôncavo baiano|Recôncavo]], dominada pelos grandes [[latifúndio|latifundiários]] [[escravidão|escravistas]], desde cedo se manifestara pela causa brasileira, sob a liderança da vila de [[Cachoeira (Bahia)|Cachoeira]]. A capital da Província, [[Salvador (Bahia)|Salvador]], então ocupada pelas tropas do [[Exército Português]] sob o comando do Governador das Armas, [[Inácio Luís Madeira de Melo]], mantinham os laços com a Metrópole.
 
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Para apoiar e reforçar os rebeldes brasileiros na região, que haviam criado batalhões patrióticos formados por voluntários da capital e do interior da província, o governo brasileiro despachou, da Corte, alguns navios sob o comando de [[Rodrigo de Lamare]], conduzindo tropas e suprimentos, inclusive um oficial experimentado nas campanhas [[Napoleão Bonaparte|napoleônicas]], [[Pedro Labatut|Pierre Labatut]]. Este efetivo desembarcou em [[Maceió]], em [[Alagoas]], de onde seguiu, por terra, para a Bahia. Durante a marcha, o contingente foi reforçado por efetivos vindos de [[Pernambuco]], do [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]] e do amplo voluntariado que se abrira no Recôncavo.
 
[[Imagem:Entrada do Exército Libertador 1930.jpg|thumb|200px|O [[Exército brasileiro]] adentrando [[Salvador (Bahia)|Salvador]] após a retirada das forças portuguesas, [[1823]].]]
 
Entre esses voluntários destacaram-se nomes como os de [[Maria Quitéria]], no [[Batalhão dos Periquitos]], criado pelo avô do poeta [[Castro Alves]] - [[José Antônio da Silva Castro]] -, assim denominado pelo predomínio da cor verde em sua farda. Outros que também se voluntariaram foram os irmãos [[Antônio Pereira Rebouças]] e [[Manuel Maurício Rebouças]], homens negros, filhos de uma [[Escravidão|escrava]] liberta (eles foram respectivamente, o pai e o tio do [[Abolicionismo|abolicionista]] [[André Rebouças]]).
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De [[Portugal]], foram enviados 2 500 homens para reforçar as tropas de Madeira de Melo. A este efetivo juntaram-se elementos da [[Divisão Auxiliadora]], que se retirava do [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]].
 
As vitórias brasileiras nas batalhas de [[batalha de Cabrito|Cabrito]] e de [[batalha de Pirajá|Pirajá]] ([[8 de novembro]] de 1822), bem como o fracasso na tentativa portuguesa de ocupação da [[ilha de Itaparica]] ([[7 de janeiro]] de [[1823]]), tornaram cada vez mais difícil o sustento da posição por parte do Exército Português. Diante do bloqueio naval de Salvador, imposto pela esquadra imperial sob o comando de Lord [[Thomas Cochrane]], complementado pelo bloqueio terrestre, que conjugados, impediam o suprimento do efetivo lusitano, Madeira de Melo foi forçado a capitular, abandonando Salvador ([[2 de Julho]]), que estava sob uma situação dramática: devido ao cerco faltavam alimentos e doenças matavam os mais fracos. Então com a vitória a cidade foi tomada pelas tropas brasileiras. Na ocasião Cochrane aprisionou várias embarcações de bandeira portuguesa ("Prontidão", "Leal Portuguesa", "Pizarro", "Carolina" e "Conde de Peniche"), perseguindo as demais até às proximidades de [[Lisboa]]. O capitão [[João Taylor]], no comando da [[Niterói (fragata)|fragata ''Niterói'']], numa ação solitária, perseguiu a [[Armada Portuguesa]] em retirada da [[Bahia]], através do [[Atlântico]] até o [[estuário do Tejo]] junto a Lisboa.<ref name="Museu do Mar (Santos)">{{citar web|url=https://museudomar.com.br/2016/09/07/a-epopeia-da-fragata-nictheroy/|título=A epopeia da Fragata ‘Nictheroy’|autor=|data=|publicado=[[Museu do Mar (Santos)]]|acessodata=10 de junho de 2022|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref> Nesta ação, que durou quase um ano,<ref>{{citar web|url=https://www.al.sp.gov.br/noticia/?id=354589|título=Almirante Tamandaré - Patrono da Marinha do Brasil|autor= Antônio Sérgio Ribeiro|data=12 de dezembro de 2013|publicado=[[Assembleia Legislativa de São Paulo]]|acessodata=10 de junho de 2022|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref> o capitão Taylor capturou 19 navios portugueses.<ref name="Museu do Mar (Santos)"/>
 
=== A campanha do Piauí ===