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Em [[1981]], o Brasil estava com sérios problemas para pagar suas obrigações, elevando a taxa de juros, o que resultou na imposição de um plano de austeridade que tentou, sem sucesso, reduzir os grandes déficits fiscais. A situação econômica provocou uma grande crise política que em [[1985]] pôs fim a 20 anos de ditadura militar no Brasil e o retorno da democracia. Até então, a necessidade de adotar uma política fiscal que pudesse manter o setor público sem o recurso à inflação tornou-se imperativa. O [[Plano Cruzado]] de [[1986]] foi o primeiro e mais importante de três planos econômicos heterodoxos empreendidos com o objetivo de neutralizar a [[hiperinflação]] através do controle de preços. No entanto, uma série de erros (principalmente ignorando a situação do setor público) significou o fracasso destes planos, enquanto a inflação continuou a acelerar no final da década de 1980.<ref name="Inflação no Brasil"/>
 
Em [[1990]], o governo de [[Fernando Collor|Fernando Collor de Mello]] iniciou uma série de reformas [[Neoliberalismo|neoliberais]] e de [[livre mercado]], que tentaram remediar, entre outras coisas, o suposto <nowiki>''atraso''</nowiki> tecnológico do Brasil produzido pelo [[protecionismo]] das décadas de 1970 e 1980.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=KgOqDgAAQBAJ&newbks=0&printsec=frontcover&hl=pt-BR|título=Brasil sem industrialização: a herança renunciada|ultimo=Pochmann|primeiro=Marcio|data=2016-01-01|editora=SciELO - Editora UEPG|lingua=pt-BR}}</ref> Embora a inflação tenha sido finalmente controlada, os cortes sociais e a escassez de dinheiro causaram uma crise de natureza política e social que permaneceu após o impeachment de Collor em 1992. Seu sucessor, o vice-presidente [[Itamar Franco]] nomeou [[Fernando Henrique Cardoso]] como [[Ministério da Fazenda (Brasil)|ministro da Fazenda]], que de [[1993]] a [[1994]] desenvolveu o [[Plano Real]], um novo plano econômico que aparentemente estabilizou a economia através de uma maior liberalização econômica, paridade com o dólar e saldo orçamental.<ref name="Inflação no Brasil"/> Entretanto, anos depois, percebeu-se que a paridade com o dólar promovida pelo plano, não livrou o país da vulnerabilidade econômica à novas hiperinflações, devido ao mesmo não ter cortado as altas taxas de juros expressas por meio de dívidas públicas, situação essa que viria a se agravar posteriormente, sobretudo na [[década de 2020]].<ref>{{Citar web|url=https://www.viomundo.com.br/denuncias/adriano-benayon-o-golpe-que-priorizou-pagamento-de-r-10-tri-em-juros.html|titulo=Adriano Benayon: O golpe que priorizou pagamento de R$ 10 tri em juros|data=2013-12-19|acessodata=2022-08-17|website=Viomundo|lingua=pt-br}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=NOVACULTURA.info|url=https://www.novacultura.info/post/2016/03/14/benayon-o-golpe-permanente|titulo=Benayon: 'O golpe permanente'|data=2016-03-14|acessodata=2022-08-17|website=NOVACULTURA.info|lingua=pt}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2022/05/06/inflacao-acima-de-10-entra-no-radar.htm|titulo=Inflação acima de 10% pelo 2º ano seguido entra no radar de economistas|acessodata=2022-08-17|website=economia.uol.com.br|lingua=pt-br}}</ref>
 
===Chile===