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→‎Campanhas anticúlaques, Cheka e Terror Vermelho: 1918–22: adicionei novas informações e referências.
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Lenin nunca testemunhou essa violência e nem participou dela pessoalmente,<ref>{{harvnb|Volkogonov|1994|p=202}}; {{harvnb|Read|2005|p=247}}.</ref> distanciando-se publicamente dela.{{sfn|Pipes|1990|p=796}} Seus artigos e discursos publicados raramente requeriam execuções, embora regularmente o fizesse em seus telegramas codificados e notas confidenciais.{{sfn|Volkogonov|1994|p=202}} Muitos bolcheviques expressaram desaprovação em relação às execuções em massa da Cheka e temeram a aparente irresponsabilidade da organização.<ref>{{harvnb|Pipes|1990|p=825}}; {{harvnb|Ryan|2012|pp=117, 120}}.</ref> O partido trouxe tentativas de restringir suas atividades em fevereiro 1919, despojando-a de seus poderes do tribunal e de execução em áreas não sujeitas à [[lei marcial]] oficial, embora a Cheka continuasse a realizar chacinas pelo país.<ref>{{harvnb|Leggett|1981|pp=174–175, 183}}; {{harvnb|Pipes|1990|pp=828–829}}; {{harvnb|Ryan|2012|p=121}}.</ref> Em 1920, a Cheka tornou-se a instituição mais poderosa da Rússia soviética, exercendo influência sobre todos os outros aparelhos de Estado.{{sfn|Pipes|1990|pp=829–830, 832}}
 
Um decreto em abril de 1919 resultou no estabelecimento de [[Campo de concentração|campos de concentração]], que foram confiados à Cheka,<ref>{{harvnb|Leggett|1981|pp=176–177}}; {{harvnb|Pipes|1990|pp=832, 834}}.</ref> que posteriormente seriam administrados por uma nova agência governamental, o [[Gulag]].<ref>{{harvnb|Pipes|1990|p=835}}; {{harvnb|Volkogonov|1994|p=235}}.</ref> No final de 1920, 84 campos foram estabelecidos em toda a Rússia soviética, possuindo cerca de {{fmtn|50000}} prisioneiros; em outubro de 1923, este número havia crescido para 315 campos e cerca de {{fmtn|70000}} presos.<ref>{{harvnb|Leggett|1981|p=178}}; {{harvnb|Pipes|1990|p=836}}.</ref> Aqueles internados nos campos foram usados como [[Escravidão|trabalhadores escravos]].<ref>{{harvnb|Leggett|1981|p=176}}; {{harvnb|Pipes|1990|pp=832–833}}.</ref> A partir de julho de 1922, os intelectuais contrários ao governo bolchevique foram exilados para regiões inóspitas ou deportados da Rússia; Lenin examinou pessoalmente as listas de pessoas a serem tratadas dessa maneira.<ref>{{harvnb|Volkogonov|1994|pp=358–360}}; {{harvnb|Ryan|2012|pp=172–173, 175–176}}.</ref> Em maio de 1922, ele emitiu um decreto pedindo a execução de padres antibolcheviques, causando entre {{fmtn|14000}} e {{fmtn|20000}} mortes.<ref>{{harvnb|Volkogonov|1994|pp=376–377}}; {{harvnb|Read|2005|p=239}}; {{harvnb|Ryan|2012|p=179}}.</ref> Embora a Igreja Ortodoxa Russa tenha sido a mais afetada, as políticas antirreligiosas do governo também impactaram as igrejas [[Igreja Católica|católica romana]] e [[Protestantismo|protestantes]], sinagogas [[Judeus|judaicas]] e mesquitas [[Islão|islâmicas]].{{sfn|Volkogonov|1994|p=381}} Entre setembro e dezembro de 1922, a ação conhecida como "[[Navios dos filósofos]]", ordenada diretamente por ele,<ref>{{citar web|url=http://www.library.fa.ru/exhib.asp?id=226|título=Пилосопский пароцод. К 95-летиц начала массовой высылки из Советской России представителей интелигенциии ("Exposição: O Vapor filosofal. No 95º aniversário do início da expulsão em massa de intelectuais da Rússia Soviética"|data=2017|acessodata=8 de setembro de 2022|publicado=Universidade Financeira sob o Governo da Federação Russa {{ru}}|autor=|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref> expulsou da Rússia vários intelectuais dissidentes, sob pena de fuzilamento caso retornassem.<ref>{{citar web|url=https://www.epochtimes.com.br/os-navios-de-filosofos-usados-para-silenciar-os-primeiros-intelectuais-sovieticos/|título=Os Navios de filósofos usados para silenciar os primeiros intelectuais soviéticos|data=1 de março de 2021|acessodata=8 de setembro de 2022|publicado=Epoch Times|autor=Jack Phillips|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref>
 
=== Guerra Civil e Guerra Polonesa-Soviética: 1918–20 ===