História pública: diferenças entre revisões

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Adicionei um trecho sobre a diferença entre historiadores acadêmicos e não acadêmicos, usando como principal fonte o artigo Acadêmicos na berlinda ou como cada um escreve a História?: uma reflexão sobre o embate entre historiadores acadêmicos e não acadêmicos no Brasil à luz dos debates sobre Public History, por Jurandir Malerba
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Historiadores públicos também atuam como [[Consultoria|consultores]] de produções culturais com ambientações históricas, como em filmes, documentários, séries de televisão e videogames.{{Sfn|Bookspan|2003|p=9-10}} Já desde antes da formalização da história pública nos Estados Unidos, durante a década de 1970, historiadores já atuavam no setor privado como consultores.{{Sfn|Clary|1981|p=106-108}} Na indústria de videogames, produtoras como a empresa francesa [[Ubisoft]] contaram com equipes de historiadores profissionais na produção de jogos como a série com ambientação histórica ''[[Assassin's Creed]]'' e o [[Jogo eletrônico de quebra-cabeça|jogo de quebra-cabeça]] sobre a [[Primeira Guerra Mundial]], ''[[Valiant Hearts: The Great War]]''.{{Sfn|Telles|2016|p=19}}{{Sfn|Holdijk|2016|p=28}}
 
=== Historiadores Acadêmicos X Historiadores Não Acadêmicos ===
A diferença entre historiadores acadêmicos e não acadêmicos é aparente, embora não muito clara. Primeiramente trabalham com diferentes focos, um produzindo para a academia enquanto o outro foca em produções não voltadas a academia, como obras de divulgação científica, sínteses, e outras formas de produção.
 
Robert Kelley em seu artigo [https://www.jstor.org/stable/3377666 Public History: Its Origins, Nature, and Prospects], discorre sobre a diferença entre os dois tipos de historiadores ser somente o tipo de audiência que planejam atingir. Com o tempo, conforme a discussão foi-se aprofundando, outros historiadores e acadêmicos contribuiram para a definição do que seriam historiadores acadêmicos e não acadêmicos. Para Jack M. Holl, a diferença entre os dois seria apenas sua cultura de trabalho.
 
Na Inglaterra, a historiadora Ludmilla Jordanova foi quem introduziu a ideia de história como entretenimento, bem como criou duas diretrizes que deveriam guiar a produção da história pública, sendo elas:
 
# Armar historiadores públicos, leigos, com o método histórico, com o tratamento correto de fontes.
# O historiador deve sempre ter o público para quem está escrevendo em mente. Deve sempre ter a audiência em mente.
 
Segundo Jurandir Malerba em seu artigo [[doi:10.15848/hh.v0i15.692|Acadêmicos na berlinda ou como cada um escreve a História?: uma reflexão sobre o embate entre historiadores acadêmicos e não acadêmicos no Brasil à luz dos debates sobre Public History]], a diferença entre historiadores acadêmicos e não acadêmicos, no Brasil, são as seguintes:
{| class="wikitable"
|+
!Acadêmicos
!Não Acadêmicos
|-
|Focam na estrutura
|Focam na história episódica
|-
|Crítica
|Factual
|-
|Interpretativa
|Pitoresca
|-
|Enxerga e trabalha a história como um processo
|Não trabalha a história como um processo
|}
Além disso, ainda segundo Malerba, uma das diferenças gritantes entre historiadores públicos no Brasil em comparação a lugares cujo o debate sobre história pública se aprofundou, é a falta de preparo de historiadores públicos, que muitas vezes não tem o treinamento necessário para fazer um trato eficiente e correto das fontes.
 
== Práticas ==