Arthur Lira: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Krd26 (discussão | contribs)
Criando Seção de Desempenho em Eleições
m Ortografia
Linha 32:
Filiou-se ao [[Progressistas|Partido Progressista]] (PP) em 2009, elegeu-se [[deputado federal]] em 2010, sendo reeleito em 2014 com 98 231 votos, o quarto mais votado de seu estado. Foi líder de seu partido na Câmara entre fevereiro de 2012 e outubro de 2013. Licenciou-se do mandato na legislatura 2011-2015, para tratar de interesses particulares, a partir de 11 de dezembro de 2013. Reassumiu em 12 de abril de 2014.<ref>[http://www2.camara.leg.br/deputados/pesquisa/layouts_deputados_biografia?pk=160541 Arthur Lira no portal da Câmara]</ref>
 
Arthur Lira é considerado um dos principais aliados de [[Eduardo Cunha]] na [[Câmara dos Deputados]] tendo sido inclusive indicado por este, em Fevereirofevereiro de 2015, para presidir a Comissão de Constituição e Justiça, uma das mais importantes do parlamento brasileiro. Todos os projetos que tramitam na Casa passam, obrigatoriamente, pelo crivo da CCJ. Mesmo após ser afastado do mandato de deputado, Cunha indicou Lira para presidir a Comissão de Orçamento em maio de 2016, quando Cunha já havia sido afastado do Parlamento pela justiça.<ref>[http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/congresso/mesmo-afastado-cunha-insiste-em-emplacar-aliado-na-comissao-de-orcamento/ Mesmo afastado, Cunha insiste em emplacar aliado na Comissão de Orçamento]</ref>
 
Arthur Lira acabou por ser designado relator de uma consulta do presidente interino da Câmara, [[Waldir Maranhão]], sobre o rito de [[cassação]] de parlamentares, numa tentativa de salvar o mandato do presidente afastado. Maranhão também é filiado ao PP e aliado de Eduardo Cunha. Lira apresentou parecer em que defende a apresentação ao plenário de um projeto de resolução, e não do relatório elaborado pelo Conselho de Ética com o resultado da votação no colegiado pedindo a cassação de Cunha.<ref>[http://odia.ig.com.br/brasil/2016-06-06/arthur-lira-da-parecer-que-pode-salvar-eduardo-cunha-da-cassacao.html Arthur Lira dá parecer que pode salvar Eduardo Cunha da cassação]</ref>
Linha 41:
Em seu primeiro ato de gestão, Lira anulou a inscrição do bloco de partidos que apoiou Baleia Rossi ([[Movimento Democrático Brasileiro (1980)|MDB]]-SP), em função de considerar que o registro da chapa foi intempestivo.<ref>{{Citar web |ultimo=Minas |primeiro=Estado de |ultimo2=Minas |primeiro2=Estado de |url=https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2021/02/01/interna_politica,1234270/lira-anula-bloco-de-baleia-rossi-e-remarca-eleicao-para-mesa-diretora.shtml |titulo=Lira anula bloco de Baleia Rossi e remarca eleição para Mesa Diretora |data=2021-02-01 |acessodata=2021-06-25 |website=Estado de Minas |lingua=pt-BR}}</ref> A decisão possibilitou hegemonia ao grupo de Lira no comando da Câmara, que passou a ter direito à 5 das 6 vagas da mesa diretora da casa, anteriormente o grupo do emedebista teria direito a 3 das 6 cadeiras de titulares na Mesa Diretora em função do previsto no Regimento Interno da Câmara dos Deputados (RICD),<ref>{{Citar web |url=https://www.camara.leg.br/noticias/449181-divisao-dos-cargos-respeita-tamanho-das-bancadas-mas-sao-permitidos-candidatos-avulsos/ |titulo=Divisão dos cargos respeita tamanho das bancadas, mas são permitidos candidatos avulsos - Notícias |acessodata=2021-06-25 |website=Portal da Câmara dos Deputados |lingua=pt-br}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://www.poder360.com.br/congresso/com-manobra-lira-e-aliados-podem-ficar-com-6-dos-7-principais-cargos-da-camara/ |titulo=Com manobra, Lira e aliados podem ter 6 dos 7 principais cargos da Câmara |data=2021-02-02 |acessodata=2021-06-25 |website=Poder360 |lingua=pt-br}}</ref> ainda que muitos do grupo de Baleia tivessem dado votos à Lira.<ref>{{Citar web |ultimo=Andrei Meireles |url=https://osdivergentes.com.br/andrei-meireles/arthur-lira-leva-o-dna-de-eduardo-cunha-para-a-gestao-bolsonaro/ |titulo=Arthur Lira leva o DNA de Eduardo Cunha para a gestão Bolsonaro - Andrei Meireles |data=2021-02-02 |acessodata=2021-06-25 |website=Os Divergentes |lingua=pt-BR}}</ref>
 
Após isso a situação ficou insustentável, já que Arthur Lira desagradou 10 partidos e cerca de 200 parlamentares, e para negociar sua agenda, o presidente recém eleito teve de conversar com os parlamentares e redistribuiu os cargos da Mesa Diretora. Finalmente, depois de mais de 10 formatos diferentes de propostas, os [[partidos]] chegaram a um acordo e a eleição para o restante da mesa ocorreu. O bloco de Baleia, que a principioprincípio teria direito aàs três cadeiras e após a anulação só teria uma, passou a ter direito ààs duas cadeiras, um meio -termo.<ref>{{Citar web |ultimo=Calcagno' |primeiro='Luiz |url=https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2021/02/4904402-marilia-arraes-leva-2---secretaria-e-e-a-terceira-mulher-na-mesa-diretora.html |titulo=Marília Arraes leva 2ª Secretaria e é a terceira mulher na Mesa Diretora |acessodata=2021-06-25 |website=Política |lingua=pt-BR}}</ref>
 
== Controvérsias ==
 
===Operação Taturana===
Em 16 de dezembro de 2011, o juiz Helestron Costa, da 17ª Vara da Fazenda Pública de Maceió, determinou o afastamento dos cargos públicos de Arthur Lira, na época de Deputado Estadual, dos também deputados estaduais, João Beltrão e Cícero Ferro, do prefeito de [[Roteiro (Alagoas)|Roteiro]], Fábio Jatobá, do ex-deputado estadual Celso Luiz Brandão, ex-prefeito de [[Canapi]], e da filha de João Beltrão, Jully Beltrão, como desdobramento da [[Operação Taturana]], deflagrada em 2007. Além disso, o magistrado decretou o bloqueio dos bens de todos eles.<ref>[http://www.realdeodorense.com.br/noticias/policia/taturana-juiz-afasta-prefeito-e-deputados-do-mandato/2177 Taturana: juiz afasta prefeito e deputados do mandato]</ref> No entanto, pouco depois o [[Tribunal de Justiça de Alagoas]] decidiu suspender os efeitos de decisão após analisar os recursos impetrados pela defesa do parlamentar. O presidente do Tribunal, desembargador Sebastião Costa Filho, entendeu que Arthur Lira não poderia atrapalhar o andamento do processo.<ref>{{Citar web |url=http://www.tribunahoje.com/noticia/12789/politica/2011/12/22/tj-suspende-decisao-que-afastava-arthur-lira-do-mandato.html |titulo=TJ suspende decisão que afastava Arthur Lira do mandato |acessodata=2016-06-10 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160630005525/http://www.tribunahoje.com/noticia/12789/politica/2011/12/22/tj-suspende-decisao-que-afastava-arthur-lira-do-mandato.html |arquivodata=2016-06-30 |urlmorta=yes }}</ref>
 
Em 2012, Arthur Lira foi condenado pela 17ª Vara Cível de Maceió em uma ação civil de improbidade administrativa pelo mesmo caso.<ref>[http://novoextra.com.br/so-no-site/alagoas/13323/arthur-lira-perde-recurso-contra-aco-da-taturana Arthur Lira perde recurso contra ação da Taturana]</ref> Arthur era primeiro secretário da Mesa Diretora da [[Assembleia Legislativa de Alagoas]] e teria manipulado a folha de pagamento, fazendo descontos indevidos de cheques da Assembleia.<ref>[http://www.salvealagoas.com/2012/02/lista-de-processos-contra-arthur-lira.html Lista de processos contra Arthur Lira, surpreende até os políticos de Brasília]{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }}</ref> No entanto, ele recorreu da condenação.
 
Antes disso, em 2008 Lira já havia sido preso por obstrução da justiça. Ele estava afastado de suas funções na Assembleia Legislativa desde 17 de março pelo envolvimento no Caso das Taturanas, acusado de participar de um esquema de fraude que desviou R$ 280 milhões do legislativo, além de ter tido seus bens bloqueados. Haviam sido afastados junto com Lira os deputados Mauricio Tavares, Isnaldo Bulhões, Nelito Gomes de Barros, Edval Gaia Filho, Cícero Ferro, Cícero Amélio, Dudu Albuquerque e Antônio Hollanda Júnior.<ref>[http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL383964-5601,00-DEPUTADO+ESTADUAL+DE+ALAGOAS+E+PRESO+PELA+POLICIA+CIVIL.html Deputado estadual de Alagoas é preso pela Polícia Civil]</ref>
Linha 66:
Além dele, outros deputados foram gravados em frente ao mesmo prédio. Quatro companheiros de partido de Arthur, [[Mário Negromonte]], [[Aline Corrêa]], [[Nelson Meurer]] e [[João Pizzolatti]], além de [[Luiz Argôlo]] ([[Solidariedade (partido político)|SDD]]) e o deputado cassado [[André Luiz Vargas Ilário|André Vargas]] ([[Partido dos Trabalhadores|PT]]).<ref>{{Citar web |url=http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/congresso/o-escolhido-por-cunha-para-a-ccj-e-alberto-youssef/ |titulo=Lira e Youssef |acessodata=2016-06-10 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160817222226/http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/congresso/o-escolhido-por-cunha-para-a-ccj-e-alberto-youssef/ |arquivodata=2016-08-17 |urlmorta=yes }}</ref>
 
Em fevereiro de 2016, o STF determinou o sequestro de bens de Arthur Lira e Benedito de Lira. O pedido partiu da Polícia Federal e foi endossado pelo [[Ministério Público Federal]]. O bloqueio alcança R$ 4,2 milhões. O deputado terá seus bens sequestrados até a quantia de R$ 2,6 milhões, enquanto que o senador até o limite de R$ 1,6 milhão. O sequestro patrimonial do deputado é maior do que o de seu pai porque as investigações apontaram que ele teria pedido, em 2011, R$ 1 milhão ao empreiteiro Ricardo Pessoa. O MPF pediu a condenação dos dois políticos pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e a devolução de R$ 7,8 milhões aos cofres públicos. Desse total, R$ 2,6 milhões são referentes à devolução dos valores desviados e R$ 5,2 milhões são referentes à reparação dos danos causados ao [[Erário]] devido à participação no esquema de corrupção da Petrobras. O procurador-geral Rodrigo Janot alega que Benedito e Arthur ''"auferiram vantagens indevidas de praticamente todas as formas observadas no esquema de corrupção e lavagem de dinheiro relacionado à Petrobras"''.<ref>{{Citar web |url=https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/stf-manda-sequestrar-bens-de-arthur-e-benedito-lira/ |titulo=Supremo sequestra bens de Arthur e Benedito de Lira, alvos da Lava Jato |acessodata=2021-06-25 |website=Fausto Macedo |lingua=pt-br}}</ref>
 
===Carteira de habilitação vencida===