História da Bélgica: diferenças entre revisões
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A '''história da Bélgica''' remonta de antes da origem do moderno Estado com esse nome em [[1830]] e confunde-se com a de seus vizinhos: [[Países Baixos]], [[Alemanha]], [[França]] e [[Luxemburgo]]. Durante a maior parte de sua história, o que corresponde atualmente a Bélgica ou foi parte de um território maior, como o [[Império Carolíngio]], ou foi dividido em vários estados menores proeminentes, entre os quais o [[Ducado de Brabante]], o [[Condado da Flandres]], o [[Principado-Bispado de Liège]] e Luxemburgo. Devido à sua localização estratégica e os muitos exércitos que lutaram em seu território, a Bélgica desde a [[Guerra dos Trinta Anos]] (
== Das origens à dominação espanhola ==
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No tempo de [[Júlio César|César]], os belgas formavam na Gália do Norte uma [[confederação]] que os romanos submeteram definitivamente entre os anos 59 e {{AC|52|x}}, estendendo as fronteiras do [[Império Romano]] até as margens do Reno. O território recebeu o nome de ''Belgae'', um dos povos da antiga [[Gália]]. A [[Gália Belga]] abrangia a atual Bélgica, o norte da [[França]], [[Holanda]] e parte da [[Suíça]], tendo importante papel estratégico e econômico na [[Império Romano|Roma imperial]].
Devido a sua situação fronteiriça, a Bélgica foi cedo afetada pelas [[invasões bárbaras]]. No {{séc|V}} os [[francos]] ocuparam o [[norte]] do país, enquanto no sul os romanos continuaram predominando, dando origem aos atuais valões. Durante o período carolíngio a Bélgica foi repartida em [[condado]]s. Os francos atingiram o maior poderio durante o reinado de [[Carlos Magno]] (
Encravados entre o reino francês e o [[Sacro Império]], os territórios que hoje formam a Bélgica e os [[Países Baixos]] foram objeto de disputas constantes ao longo da [[Idade Média]]. Quando o [[feudalismo]] triunfou, constituíram-se os condados de [[Condado da Flandres|Flandres]] e de [[Condado de Hainaut|Hainaut]] e o [[ducado de Brabante]]. Principalmente em Flandres, surgiram cidades mercantis livres. A história da Bélgica confunde-se, desde então, com a dos Países Baixos. No final desse período o país viveu um notável florescimento comercial (tecelagens flamengas) e também um desenvolvimento da vida urbana e das formas econômicas [[Capitalismo|capitalistas]] que o transformaram em uma das regiões mais prósperas e povoadas da [[Europa]]. [[Filipe III de Borgonha|Filipe de Borgonha]] libertou o país da [[vassalagem]] ao rei da França no final do {{séc|XIV}}. No {{séc|XV}} tudo o que é hoje a Bélgica tornou-se parte do [[ducado de Borgonha]].
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A decadência econômica da Flandres espanhola foi paralela à da monarquia hispânica. A primazia comercial, que na Idade A.C. pertencera a [[Bruges]], passou no {{séc|XVI}} para [[Antuérpia]]. Não obstante, a intolerância ideológica, as vicissitudes da guerra e a desacertada política econômica de Filipe II, fizeram de [[Amsterdã]], capital das Províncias Unidas, o centro econômico da Europa.
Em 1609, [[Filipe III da Espanha|Filipe III]] assinou uma [[Trégua dos 12 anos|trégua de 12 anos]], mas perto do fim, explodiu a [[guerra dos Trinta Anos]] (
== Domínio austríaco ==
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[[Imagem:Pays-Bas.PNG|thumb|[[Mapa]] mostrando a [[Bélgica]] e a [[Holanda]] entre 1815 e 1830]]
Com [[Francisco I da Áustria|Francisco II]], os austríacos, vencedores da [[revolução brabantina]], viram quase imediatamente a Bélgica ser disputada pelo governo revolucionário da [[França]] (
Pelos acordos de paz do [[congresso de Viena]] (
== Criação do Reino da Bélgica ==
[[Imagem:Wappers belgian revolution.jpg|thumb|262x262px|esquerda|Episódio da [[revolução de 1830]] na Bélgica]]
A dominação neerlandesa
Os belgas se constituíram em [[monarquia constitucional]] (1831) e redigiram uma [[constituição]] com um [[poder legislativo]] bicameral, sendo eleito o príncipe [[Leopoldo I da Bélgica|Leopoldo de Saxe-Coburgo-Gota]] (
[[Imagem:LeopoldIBelgium.jpg|thumb|esquerda|[[Leopoldo I da Bélgica|Leopoldo I de Saxe-Coburgo-Gota]]|262x262px]]
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Durante os reinados de Leopoldo I e [[Leopoldo II da Bélgica|Leopoldo II]], foi considerável o desenvolvimento econômico da Bélgica, apoiado na tradicional indústria têxtil e na recente indústria [[Siderurgia|siderúrgica]], alimentada pelo [[carvão]] da [[Valônia]]. O pequeno reino assumiu a dianteira entre as nações industrializadas da época e seu poder econômico espraiou-se muito além de suas fronteiras. Os partidos católico e liberal disputaram o poder durante decênios
No reinado de Leopoldo II (
O reinado de [[Alberto I da Bélgica|Alberto I]] (
== Expansão colonial ==
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Apesar dos enormes prejuízos causados pela guerra, a Bélgica alcançou uma notável recuperação. O voto para os homens foi introduzido no país. Pelo [[Tratado de Versalhes]], o estatuto da neutralidade fora abandonado e, em 1920, foi assinada uma aliança militar com a França.<ref name="BBC" /> [[1930|Dez anos mais tarde]], o parlamento belga transformou o país em duas regiões linguísticas com administrações diferentes.<ref name="BBC">{{citar web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/1002141.stm|título=Belgium timeline|data=|publicado=BBC News|acessodata=}}</ref>
O rei Alberto I foi sucedido por [[Leopoldo III da Bélgica|Leopoldo III]] (
== Segunda Guerra Mundial ==
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Com a libertação da Bélgica, por se achar preso [[Leopoldo III da Bélgica|Leopoldo III]], o príncipe [[Carlos de Flandres|Carlos]], seu irmão, assumiu a regência como presidente. A Bélgica ficou politicamente desorganizada por causa do enfrentamento entre o partido Social Cristão ([[católico]]s) e a coligação de [[Liberal|liberais]], [[socialista]]s e [[comunista]]s, e a questão do regresso do rei Leopoldo. Em 1945, o Parlamento concordou em deixar Leopoldo, desprestigiado pela capitulação aos alemães, fora do poder. A Bélgica voltou a recuperar sua anterior posição entre as grandes nações mercantis do mundo. No plano internacional, aderiu à [[ONU]] (1945), ao [[Benelux]] (1948), à [[OTAN]] (1949) e à [[Comunidade Econômica Europeia]] (1958).
Em 1950, foi convocado um [[plebiscito]] sobre o retorno do rei Leopoldo. Após obter a resposta afirmativa de 57,6% dos votantes, vários conflitos ocorreram, organizados pela oposição. O rei delegou, então, seus poderes ao príncipe herdeiro [[Balduíno I da Bélgica|Balduíno]] (
Dominada politicamente pela luta ou pela colaboração entre os socialistas (PSB) e o partido social-cristão (PSC), a Bélgica, depois da guerra, foi perturbada por três problemas que se esforçou por resolver: escolar, colonial (independência do [[Zaire]], 1960) e linguístico (oposição entre a população nortista de língua flamenga com os valões de língua francesa, do sul).
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Em 1993, com a morte do rei {{lknb|Balduíno|I|da Bélgica}} (que não deixou descendentes), seu irmão [[Alberto II da Bélgica|Alberto]] subiu ao trono com o título de Alberto II. Em 1999, [[Guy Verhofstadt]] tornou-se primeiro-ministro, tendo, em 2003, sido reconduzido às suas funções.
A Bélgica foi membro constituinte, em 1952, da [[Comunidade Europeia do Carvão e do Aço]] e contribuiu para a fundação, em 1957, da [[Comunidade Econômica Europeia]]
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