Eduardo Vítor Rodrigues: diferenças entre revisões
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'''Eduardo Vítor Rodrigues''' ([[Vila Nova de Gaia]], [[30 de Março]] de [[1971]]) é um [[
== Carreira académica ==
É [[doutorado]] em [[Sociologia]] pela [[Faculdade de Letras da Universidade do Porto]], e professor auxiliar no departamento de sociologia da mesma faculdade.
A 20 de agosto de 2021, a revista [[Sábado (revista)|Sábado]] noticiou uma denuncia de [[autoplágio]] no doutoramento de Rodrigues, datada de 12 daquele mês, dando conta da cópia de partes de outros trabalhos seus, encaminhada aos Serviços Jurídicos da [[Universidade do Porto]] nesse mês. Segundo a denúncia, Vítor Eduardo terá recorrido extensivamente ao autoplágio, copiando, palavra por palavra, dezenas de parágrafos e até páginas inteiras de documentos académicos e artigos da sua autoria, publicados anteriormente, sem qualquer indicação da proveniência. Segundo Vítor Fernandes, as fontes desses trechos estariam mencionadas na [[bibliografia]]. A Universidade reconheceu a denúncia, afirmando estar a fazer uma análise preliminar.<ref>{{Citar web|ultimo=Malhado|primeiro=Alexandre R.|url=https://www.sabado.pt/portugal/detalhe/20210820-0856-autarca-suspeito-de-autoplagio|titulo=Autarca de Gaia suspeito de autoplágio|data=2021-08-20|acessodata=2023-05-20|website=www.sabado.pt|lingua=pt-pt}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://expresso.pt/politica/2021-08-19-Suspeito-de-autoplagio-na-dissertacao-de-doutoramento-presidente-da-Camara-de-Gaia-nega-acusacoes-ba276097|titulo=Suspeito de autoplágio na dissertação de doutoramento, presidente da Câmara de Gaia nega acusações|data=2021-08-19|acessodata=2023-05-20|website=Expresso|lingua=pt}}</ref>
== Carreira política ==
Em 2007, era presidente da Junta de Freguesia de [[Oliveira do Douro (Vila Nova de Gaia)|Oliveira do Douro]].<ref name=":0">{{Citar web|ultimo=Gomes|primeiro=Margarida|url=https://www.publico.pt/2017/01/05/politica/noticia/ministerio-avalia-pedido-de-auditoria-a-ipss-onde-trabalha-mulher-de-autarca-de-gaia-1757292|titulo=Pedida auditoria a IPSS onde trabalha mulher de autarca de Gaia|data=2017-01-05|acessodata=2018-12-12|obra=PÚBLICO|lingua=pt}}</ref>
Em [[Eleições autárquicas de 2013 em Vila Nova de Gaia|2013]] foi eleito Presidente da [[Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia]], [[Área Metropolitana do Porto|Grande Área Metropolitana do Porto]], pelo [[Partido Socialista (Portugal)|Partido Socialista]], sendo reeleito em [[Eleições autárquicas de 2017 em Vila Nova de Gaia|2017]] com 61,68% dos votos, elegendo nove vereadores, quatro a mais que em 2013.<ref>{{Citar web|url=https://www.dn.pt/lusa/autarquicasresultados-eduardo-rodrigues-ps-com-maioria-absoluta-em-gaia-8814180.html|titulo=Autárquicas/Resultados: Eduardo Rodrigues (PS) com maioria absoluta em Gaia - DN|acessodata=2020-08-12|website=www.dn.pt|lingua=pt}}</ref> Foi eleito para um terceiro mandato nas [[Eleições autárquicas de 2021 em Vila Nova de Gaia|eleições autárquicas de 2021]].<ref name=":3">{{Citar web|url=https://www.sabado.pt/ultima-hora/detalhe/presidente-da-camara-de-gaia-e-esposa-comecam-a-ser-julgados-em-maio-por-peculato|titulo=Presidente da Câmara de Gaia e esposa começam a ser julgados em maio por peculato|data=2023-01-13|acessodata=2023-05-20|website=www.sabado.pt|lingua=pt-pt}}</ref>
Em abril de 2023, deslocou-se a [[Kyiv]], capital da [[Ucrânia]] para participar no fórum internacional "Summit of Cities and Regions Partnership for Victory", com o fim de tratar de projetos de cooperação e iniciativas humanitárias, evento patrocinado pelo gabinete do Presidente da Ucrânia, [[Volodymyr Zelensky]], com apoio organizacional do Congresso de Autoridades Locais e Regionais e do [[Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia]].<ref>{{Citar web|ultimo=Amorim|primeiro=Miguel|url=https://www.jn.pt/mundo/autarca-de-gaia-na-ucrania-para-cooperacao-internacional-e-iniciativas-humanitarias-16207853.html|titulo=Autarca de Gaia na Ucrânia para cooperação internacional e iniciativas humanitárias|data=2023-04-19|acessodata=2023-05-20|website=www.jn.pt|lingua=pt-PT}}</ref>
=== Caso Sol Maior ===
Em 2007, Rodrigues cofundou a Cooperativa de Solidariedade Social Sol Maior, [[instituição particular de solidariedade social]] (IPSS), onde a sua mulher Elisa Costa trabalha desde 2010.<ref name=":0" />
Em setembro de 2016, foi feita uma denúncia de ilícito criminal no [[DIAP]], datada de setembro desse ano, sobre a relação da Câmara Municipal de Gaia, presidida por Rodrigues, e a cooperativa Sol Maior, fundada pelo autarca. Entre outras matérias, a denúncia incidiu sobre a mulher de Rodrigues, Elisa Costa, funcionária da Sol Maior, cuja remuneração base havia sido aumentada em 390% num espaço de cinco anos, entre 2010 e 2015, passando de 475 para 2343,71 euros. Elisa Costa acumula as funções de vice-presidente da Assembleia Geral e diretora técnica da Sol Maior. Também o chefe de gabinete de Rodrigues, António Rocha, e a sua irmã, Margarida Rocha, adjunta de Rodrigues, fazem parte da direção da Sol Maior, empregando também Alexandra Moreira, mulher do vice-presidente da autarquia, [[Patrocínio de Azevedo]], ela própria presidente da Olival Social, que juntamente com outra IPSS do concelho, igualmente integrada por políticos do Partido Socialista, são as principais instituições a quem a autarquia entregou o negócio das [[Atividades de Tempos Livres]] (ATL) nas escolas, até aí geridas pelas associações de pais. As mesmas instituições integram vários outros programas da autarquia socialista, em particular o Gai@prende+, projeto socioeducativo que a IPSS desenvolve nas escolas e jardins de infâncias das freguesias de Oliveira do Douro, [[Mafamude e Vilar do Paraíso]] e [[Vilar de Andorinho]], uma das bandeiras do mandato de Rodrigues, ele próprio coordenado pela mulher de Rodrigues. Em 2015, a autarquia pagou à Sol Maior 93.973 euros no âmbito deste programa, a que se somam 403 232 euros de mensalidades pagas pelos pais dos alunos. Rodrigues negou qualquer favorecimento, comparando-se ao seu antecessor, [[Luís Filipe Menezes]], que segundo ele terá nomeado a mulher, Teresa Móas, directora municipal da Divisão de Trânsito, o mais importante cargo de chefia na câmara, o que, segundo Rodrigues, "não tem mal nenhum". Segundo Rodrigues, a denúncia teria "motivações políticas", e seria respondida com um processo judicial.<ref name=":0" /><ref>{{Citar web|ultimo=Gomes|primeiro=Margarida|url=https://www.publico.pt/2016/12/27/politica/noticia/mulher-do-presidente-da-camara-de-gaia-aumentada-192-entre-2013-e-2015-1756128|titulo=Mulher do presidente da Câmara de Gaia aumentada 390% em cinco anos|data=2016-12-27|acessodata=2018-12-12|obra=PÚBLICO|lingua=pt}}</ref>
No final de 2016, um empresário de gaia apresentou ao [[Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social]] um pedido de [[auditoria]] ao funcionamento e às contas da Sol Maior.<ref name=":0" />
Após a denúncia, a Sol Maior foi efetivamente alvo de um processo de investigação aberto pelo [[Instituto da Segurança Social]], incluindo uma [[auditoria financeira]], concluída em novembro de 2017, tendo sido detectadas várias irregularidades nas contas da cooperativa. Os resultados foram enviados ao [[Ministério Público (Portugal)|Ministério Público]], que havia igualmente solicitado à Segurança Social uma intervenção sobre o mesmo assunto.<ref>{{Citar web|ultimo=Gomes|primeiro=João Francisco|url=https://observador.pt/2018/01/24/ministerio-publico-analisa-irregularidades-em-ipss-alegadamente-favorecida-pela-camara-de-gaia/|titulo=Ministério Público analisa "irregularidades" em IPSS alegadamente favorecida pela câmara de Gaia|data=2018-01-24|acessodata=2023-05-20|website=Observador|lingua=pt-PT}}</ref>
O caso viria a ser repescado em janeiro de 2018 por um site anónimo, acusando Rodrigues de dar empregos à sua família e à de outros autarcas socialistas através da Câmara. O autarca reagiu nas redes sociais, classificando a publicação de "mentira" de "porcos fascistas", que "como são anónimos, escapam a levar na tromba”, vindo posteriormente a reescrever a publicação removendo a linguagem inflamada. As denúncias de ligações familiares apresentadas no site anónimo foram, no entanto, confirmadas pelo site noticioso Sapo24.<ref>{{Citar web|ultimo=Gomes|primeiro=Tomás Albino|url=https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/um-site-acusou-o-presidente-da-camara-de-gaia-de-ter-dado-tachos-a-toda-a-familia-autarca-diz-que-e-mentira-de-uns-porcos-fascistas|titulo=Um site acusou o presidente da Câmara de Gaia de ter dado “tachos a toda a família”. Autarca diz que é mentira de "uns porcos fascistas"|acessodata=2018-12-12|obra=SAPO 24|lingua=pt}}</ref>
=== Caso Bruno Santos ===
Pouco depois das [[Eleições autárquicas de 2013 em Vila Nova de Gaia|eleições autárquicas de 2013]], Rodrigues nomeou Bruno Santos para adjunto do gabinete de apoio à presidência, ficando responsável pela área da cultura, relações internacionais e comunicação, além de algum trabalho mais quotidiano relacionado com o atendimento dos munícipes. Um ano depois, Rodrigues transferiu Santos para o gabinete do vereador da Cultura, Delfim Sousa, onde ficou um mês e meio, até ser exonerado a 25 de Julho de 2016.<ref name=":1">{{Citar web|ultimo=Gomes|primeiro=Margarida|url=https://www.publico.pt/2018/11/07/politica/noticia/presidente-camara-gaia-condenando-injuriar-difamar-exadjunto-1850216|titulo=Presidente da Câmara de Gaia condenado por difamar e injuriar ex-adjunto|data=2018-11-07|acessodata=2023-05-20|website=PÚBLICO|lingua=pt}}</ref>
Em agosto de 2016, Rodrigues publicou no [[Facebook]] dois textos com insultos que, segundo Bruno Santos e o [[Ministério Público (Portugal)|Ministério Público]], tinham por alvo o antigo colaborador, demitido por Rodrigues um mês antes.<ref name=":1" />
No mesmo ano, Bruno Santos apresentou [[queixa-crime]], tendo Rodrigues sido condenado em novembro de 2018 pelo Tribunal de Gaia a 90 dias de multa, a dez euros por dia, pela prática dos crimes de [[difamação]] e [[injúria]], na sequência de uma apresentada ao pelo seu ex-adjunto Bruno Santos, em 2016, sendo igualmente condenado ao pagamento de uma indemnização de 1200 euros.<ref name=":1" />
Rodrigues recorreu da sentença, tendo sido absolvido pelo [[Tribunal da Relação do Porto]] em processo que transitou em julgado em janeiro de 2020, tendo Bruno Santos sido condenado a pagar ao Estado 2.800 euros de indemnização e custas judiciais. Num processo paralelo por difamação, movido por Rodrigues contra Bruno santos, este foi condenado ao pagamento de 3.000 euros de indemnização pessoal ao autarca e 1.650 euros de indemnização ao Estado.<ref>{{Citar web|ultimo=Lusa|primeiro=Agência|url=https://observador.pt/2020/08/03/tribunal-da-relacao-absolve-presidente-da-camara-de-gaia-em-processo-com-ex-adjunto/|titulo=Tribunal da Relação absolve presidente da Câmara de Gaia em processo com ex-adjunto|acessodata=2023-05-20|website=Observador|lingua=pt-PT}}</ref>
=== Acusação de peculato ===
A 13 de outubro de 2017, a empresa municipal [[Águas de Gaia]] adquiriu um [[veículo elétrico]] em regime de [[locação financeira]], por contrato de [[ajuste direto]], mediante o pagamento de uma renda mensal de 614 euros. Em 24 de novembro de 2017, o Conselho de Administração da empresa municipal decidiu emprestar a viatura à Casa da Presidência do [[Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia|Município]]. O veículo terá então sido cedido, por acordo de Rodrigues, a sua mulher Elisa Costa, que pelo menos até 1 de junho de 2018 o terá conduzido e desgastado como se fosse sua propriedade, "usando-o, quer nas suas deslocações diárias de casa para o trabalho e do trabalho para casa, quer aos fins de semana e feriados em deslocações pessoais e de lazer, fazendo inclusive o transporte regular da descendente do casal no interior do mesmo". De acordo com a investigação do [[Ministério Público (Portugal)|Ministério Público]] (MP), durante a noite o veículo ficava estacionado num parque contíguo à residência do casal, em [[Vila Nova de Gaia]].<ref name=":3" /><ref name=":4">{{Citar web|ultimo=Lusa|primeiro=Agência|url=https://observador.pt/2023/01/13/presidente-da-camara-de-gaia-e-a-mulher-comecam-a-ser-julgados-em-maio-por-peculato/|titulo=Presidente da Câmara de Gaia e a mulher começam a ser julgados em maio por peculato|data=2023-01-13|acessodata=2023-05-20|website=Observador|lingua=pt-PT}}</ref>
Segundo o MP, "Eduardo Vítor Rodrigues, apesar de pleno conhecimento de que o veículo estava alocado à Águas de Gaia E.M.S.A. e que havia sido cedido à Casa da Presidência, mediante prévio acordo com sua esposa, Elisa Maria da Rocha Costa de Almeida Rodrigues, cedeu-lhe a utilização do mesmo para que dele tirasse proveito particular e gratuito como se de seu veículo se tratasse" "Eduardo Vítor Rodrigues e Elisa Almeida Rodrigues decidiram aproveitar-se das funções que aquele exercia como presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia para fazerem uso regular no seu próprio interesse particular e em prejuízo do município e da empresa municipal, de coisa afeta ao serviço público, desgastando-a, fazendo-o de forma livre, deliberada e consciente, representando e querendo tal resultado". O casal foi pronunciado em dezembro de 2021, estando o início do julgamento previsto para 8 de maio de 2023.<ref name=":3" /><ref name=":4" />
Durante todo este tempo, o preço pela sua utilização, manutenção e do seguro obrigatório teriam sido custeados pela empresa municipal, nunca tendo o veículo sido afeto à frota automóvel da Águas de Gaia até junho de 2018, cujo responsável desconhecia a sua existência. Apenas a partir de 16 de julho de 2018 a viatura "iniciou o registo de entradas" na empresa municipal Águas de Gaia. O MP calcula que o casal beneficiou indevidamente de 4.916 euros, valor das oito rendas da locação do veículo, entre novembro de 2017 e junho de 2018, pedindo que os arguidos sejam condenados a pagar solidariamente este valor ao Estado, correspondente à "vantagem da atividade criminosa obtida por ambos".<ref name=":3" /><ref name=":4" />
Rodrigues alega que a acusação é falsa, que tem carro próprio e nunca teve ao seu serviço carros de empresas municipais.<ref name=":3" />
=== Operação Babel ===
Em março de 2023, foi revelado que Rodrigues está a ser investigado em vários casos no âmbito da [[Operação Babel]], que levou à detenção do seu vice-presidente e putativo sucessor, [[Patrocínio de Azevedo]],<ref>{{Citar web|ultimo=Valente|primeiro=Liliana|url=https://expresso.pt/politica/2023-05-19-Eduardo-Vitor-Rodrigues-quem-e-o-presidente-de-Gaia-investigado-em-varios-casos-a307c63e|titulo=Eduardo Vítor Rodrigues: quem é o presidente de Gaia investigado em vários casos|data=2023-05-19|acessodata=2023-05-20|website=Expresso|lingua=pt}}</ref> embora não seja arguido no caso principal da operação, relacionado a alegada [[Corrupção em Portugal|corrupção]] em projetos [[Imobiliária|imobiliários]].<ref>{{Citar web|ultimo=seguir|primeiro=NOVO com Lusa-Autor marcado para|url=https://onovo.pt/politica/eduardo-vitor-rodrigues-diz-que-nao-e-arguido-no-processo-principal-da-operacao-babel-MG15205669|titulo=Eduardo Vítor Rodrigues diz que não é arguido no processo principal da Operação Babel|data=2023-05-17|acessodata=2023-05-20|website=onovo.pt|lingua=pt-PT}}</ref> No âmbito da operação, foram apreendidos a Rodrigues o telemóvel e vária documentação durante as buscas efetuadas na sua residência e no gabinete camarário.<ref>{{Citar web|ultimo=Rosa|primeiro=Luís|url=https://observador.pt/especiais/operacao-babel-presidente-da-camara-de-gaia-tambem-foi-constituido-arguido-apreendido-telemovel-a-eduardo-vitor-rodrigues/|titulo=Operação Babel. Presidente da Câmara de Gaia também foi constituído arguido: apreendido telemóvel a Eduardo Vítor Rodrigues|data=2023-05-16|acessodata=2023-05-20|website=Observador|lingua=pt-PT}}</ref>
Rodrigues é [[arguido]] no âmbito desta operação, acusado de quatro crimes de [[prevaricação]], um de corrupção e um de [[abuso de poder]].<ref name=":5">{{Citar web|ultimo=Rosa|primeiro=Luís|url=https://observador.pt/especiais/babel-ex-secretario-de-estado-da-administracao-local-suspeito-de-ter-manipulado-perda-de-mandato-de-eduardo-vitor-rodrigues/|titulo=Babel. Ex-secretário de Estado da Administração Local é suspeito de manipular perda de mandato de Eduardo Vítor Rodrigues|data=2023-05-18|acessodata=2023-05-23|website=Observador|lingua=pt-PT}}</ref>
Num dos crimes de prevaricação, o [[segundo governo de António Costa]] terá alegadamente manipulado um processo judicial de perda de mandato de Rodrigues, através do ex-[[secretário de Estado da Administração Local]] [[Jorge Botelho (político)|Jorge Botelho]], relacionado a um relatório da [[Inspeção-Geral de Finanças]], tentando igualmente alterar a lei para beneficiar a manutenção de Rodrigues como autarca, tentativa esta que terá sido atrapalhada pelo veto do Presidente da República [[Marcelo Rebelo de Sousa]], em agosto de 2021.<ref name=":5" /><ref>{{Citar web|ultimo=Rosa|primeiro=Luís|url=https://observador.pt/programas/programa-comentarios/ex-se-nao-deu-parecer-a-relatorio-com-intencao/|titulo="MP afirma que Jorge Botelho não deu o seu parecer a este relatório da IGF de forma propositada"|data=2023-05-19|acessodata=2023-05-23|website=Observador|lingua=pt-PT}}</ref>
Num dos casos, no qual é o único arguido, Rodrigues é suspeito de contratar de forma ilegal e arbitrária meios de comunicação do [[Grupo Global Media]], na elaboração de notícias e coberturas de conferências, visando a promoção da autarquia e dele próprio. Segundo despacho do [[Departamento de Investigação e Acção Penal]] Regional do Porto, o [[Ministério Público (Portugal)|Ministério Público]] afirma que o autarca “determinou a outorga pelo Conselho de Administração da GAIURB [empresa municipal], de modo arbitrário, sem qualquer requisição de despesa, manifestação de necessidades ou proposta de contratação de serviços e/ou fornecimentos de bens emanada pelos respectivos serviços, contratos públicos com o Grupo Global Media”. Segundo o mesmo despacho, “Eduardo Vítor Rodrigues, na qualidade de autarca, solicitou a [[Domingos Portela de Andrade]], vogal do Conselho de Administração do Grupo Global Media, que os meios de comunicação pertencentes a tal Grupo, nomeadamente o [[Jornal de Notícias]] e [[TSF Rádio Notícias|TSF]], elaborassem notícias e cobrissem conferências promovendo a atuação da Câmara de Vila Nova de Gaia e do seu presidente”, indiciando tal factualidade "a prática de crimes de [[prevaricação]], [[corrupção activa]] e [[Corrupção passiva|passiva]] e [[recebimento indevido de vantagem]]”. A administração do Global Media Group (GMG), por seu lado, negou as acusações. O inquérito surgiu da extração de uma certidão do processo principal da Operação Babel, com mais oito suspeitos, incluindo Domingos Andrade, administrador do Grupo Global Media, e o ministro da Saúde, [[Manuel Pizarro]], que está a ser investigado no mesmo inquérito por prevaricação/abuso de poderes por, alegadamente, sendo então [[eurodeputado]] e [[vereador]] naquela autarquia, interceder junto de Rodrigues, para que este abrisse um concurso para acomodar a transferência de um funcionário da autarquia de [[Gondomar]]. Pizarro confirmou que falou com o autarca sobre a transferência de um assistente operacional, garantindo ser um procedimento normal, e não ter pedido “nenhum tratamento de excepção”.<ref>{{Citar web|ultimo=seguir|primeiro=NOVO com Lusa-Autor marcado para|url=https://onovo.pt/pais/operacao-babel-presidente-da-camara-de-gaia-suspeito-de-contratar-global-media-para-autopromocao-AC15240440|titulo=Operação Babel: Presidente da Câmara de Gaia suspeito de contratar Global Media para autopromoção|data=2023-05-19|acessodata=2023-05-20|website=onovo.pt|lingua=pt-PT}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://sicnoticias.pt/pais/2023-05-19-Presidente-da-Camara-de-Vila-Nova-de-Gaia-nega-cunha-a-ministro-da-Saude-3bea551e|titulo=Autarca de Gaia nega "cunha" a ministro da Saúde|data=2023-05-19|acessodata=2023-05-20|website=SIC Notícias|lingua=pt}}</ref>
Rodrigues é ainda arguido num outro processo no âmbito da mesma operação, relacionado à contratação dos [[CTT Correios de Portugal|CTT]] para a distribuição da revista municipal.<ref>{{Citar web|url=https://sicnoticias.pt/pais/2023-05-16-Presidente-da-Camara-de-Vila-Nova-de-Gaia-constituido-arguido-d1170605|titulo=Presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia constituído arguido|data=2023-05-16|acessodata=2023-05-20|website=SIC Notícias|lingua=pt}}</ref>
Rodrigues diz não ter envolvimento pessoal nos casos da Operação Babel, afirmando ter ordenado a execução de uma [[auditoria]] aos processos envoltos em suspeição.<ref>{{Citar web|ultimo=Lusa|primeiro=Agência|url=https://observador.pt/2023/05/22/presidente-da-camara-de-gaia-reafirma-nao-estar-envolvido-em-atos-ilicitos-e-revela-auditoria-sobre-processos-envoltos-em-suspeicoes/|titulo=Presidente da Câmara de Gaia reafirma não estar envolvido em atos ilícitos e revela auditoria sobre processos envoltos em suspeições|data=2023-05-22|acessodata=2023-05-23|website=Observador|lingua=pt-PT}}</ref>
=== Outros casos judiciais ===
O [[vereador]] [[Partido Social Democrata (Portugal)|social-democrata]] Cancela Moura, [[advogado]], entregou em tribunal várias [[queixas-crime]] contra Rodrigues, anexando aos processos cópias de atas de várias reuniões do executivo e da assembleia municipal, que segundo o jornal ''Gaiense'' incidirão sobre ataques verbais dirigidos pelo autarca ao vereador.<ref name=":2">{{Citar web|ultimo=Gomes|primeiro=Margarida|url=https://www.publico.pt/2019/05/03/local/noticia/autarca-gaia-soma-queixascrime-accoes-administrativas-peculato-difamacao-injuria-ofensa-assedio-moral-1871204|titulo=Autarca de Gaia soma queixas por difamação, injúria e “assédio moral”|data=2019-05-03|acessodata=2023-05-20|website=PÚBLICO|lingua=pt}}</ref>
O independente Joaquim Ferreira da Silva, professor de [[contabilidade]] num instituto superior e cabeça de lista do PSD à Assembleia de Freguesia de [[Oliveira do Douro (Vila Nova de Gaia)|Oliveira do Douro]], é co-autor de outra queixa-crime contra Rodrigues, igualmente por ataques verbais proferidos em reunião do executivo, a 8 de Janeiro de 2018, lavrados em ata.<ref name=":2" />
Nuno Oliveira, funcionário da Câmara de Gaia, moveu uma acção administrativa contra Rodrigues por [[assédio moral]], assim como uma outra ação pedindo a anulação da ordem de serviço que permitiu a sua transferência do [[Parque Biológico de Gaia]], que fundara em 2016 e do qual era diretor, “sem qualquer justificação”, para o [[Centro Interpretativo do Património da Afurada]], um "armazém isolado", alegadamente motivada por razões políticas.<ref name=":2" />
A 12 de dezembro de 2020, Rodrigues foi condenado em perda de mandato de Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, por sentença do [[Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto]], no âmbito do processo 01291/20.6BEPRT, por violação das regras do [[Programa de Apoio à Economia Local]]. A sentença seria anulada a 5 de março de 2021, por acórdão do [[Tribunal Central Administrativo do Norte]]''.''<ref>{{Citar web|url=http://www.dgsi.pt/jtcn.nsf/89d1c0288c2dd49c802575c8003279c7/d574e04e7db9dabd8025869900487bcf?OpenDocument|titulo=Acordão do Tribunal Central Administrativo Norte|acessodata=2023-05-20|website=www.dgsi.pt}}</ref>
== Outras atividades ==
Em abril de 2009, participou da experiência de turismo humanitário "Aventura Solidária" no [[Senegal]], promovida pela a [[Assistência Médica Internacional|AMI]], fazendo parte de um grupo que financiou a construção de uma extensão de saúde na aldeia de [[Réfane]], a 130 quilómetros de [[Dacar]], deslocando-se depois ao local para ajudar nos acabamentos e participar da inauguração e tomando parte num circuito turístico em que foi privilegiado o contacto direto com a população e o seu modo de viver. Através do programa, Rodrigues usufruiu de uma experiência turística alternativa conjugada com uma ação solidária.<ref>{{Citar web|ultimo=Pereira|primeiro=Ana Cristina|url=http://lifestyle.publico.pt/viagens/276004_senegal-uma-aventura-solidaria|titulo=Senegal: uma aventura solidária|data=2009-05-16|acessodata=2020-09-03|website=Life&Style|lingua=pt}}</ref>
Em outubro de 2016, foi proposto pela [[Sociedade Anónima Desportiva|SAD]] do [[Futebol Clube do Porto]] para o lugar de Administrador não executivo.<ref>{{Citar periódico |url=http://www.jn.pt/desporto/interior/sad-do-f-c-porto-propoe-eduardo-vitor-rodrigues-para-administrador-5464981.html |titulo=SAD do F. C. Porto propõe Eduardo Vítor Rodrigues para administrador |data=2016-10-26 |jornal=JN |ultimo=Group |primeiro=Global Media |idioma=pt-PT}}</ref> O convite foi fortemente contestado pela concelhia do PSD de Gaia, considerando-o uma "total falta de decência, dado o manifesto conflito de interesses entre o clube e o autarca nortenho.<ref>{{Citar web|url=https://www.record.pt/futebol/futebol-nacional/liga-bwin/fc-porto/detalhe/novo-administrador-acusado-de-total-falta-de-decencia|titulo=Novo administrador acusado de "total falta de decência"|data=2016-10-28|acessodata=2023-05-20|website=www.record.pt|lingua=pt-PT}}</ref> Rodrigues recusou o convite, após parecer à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte que informava da impossibilidade do exercício pleno do cargo, devido ao conflito de interesses com a posição de autarca.<ref>{{citar web|ultimo=CCDRN|primeiro=|url=https://www.ccdr-n.pt/sites/default/files/ficheiros_ccdrn/administracaolocal/eleito_local._acumulacao_de_funcoes.pdf|titulo=Eleito Local. Acumulação de funções|data=|acessodata=|publicado=Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte}}</ref>
Em junho de 2018, foi eleito Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Turismo Porto e Norte de Portugal,<ref>{{Citar web|ultimo=Olhar|primeiro=Verdadeiro|url=https://verdadeiroolhar.pt/2018/06/05/jorge-magalhaes-continua-na-turismo-do-porto-e-norte-de-portugal/|titulo=Lousada: Jorge Magalhães continua na Turismo do Porto e Norte de Portugal|data=2018-06-05|acessodata=2018-12-12|obra=Verdadeiro Olhar|lingua=pt-PT}}</ref> vindo a apresentar a demissão em dezembro mesmo ano, juntamente com outros três elementos que compunham a comissão executiva do Turismo do Porto e Norte de Portugal, na sequência da detenção do presidente da direção, Melchior Moreira, por suspeitas de corrupção.<ref>{{Citar web|url=https://www.publituris.pt/2018/12/05/direccao-do-turismo-do-porto-e-norte-demite-se-e-convoca-eleicoes-antecipadas/|titulo=Direcção do Turismo do Porto e Norte demite-se e convoca eleições antecipadas|data=2018-12-05|acessodata=2018-12-12|obra=Publituris|lingua=pt-PT}}</ref>
== Vida pessoal ==
É casado com Elisa Maria da Rocha Costa de Almeida Rodrigues, desde 2010 funcionária e vice-presidente da Assembleia Geral da [[instituição particular de solidariedade social]] Cooperativa de Solidariedade Social Sol Maior, fundada pelo marido Rodrigues em 2007.<ref name=":0" /><ref name=":3" />
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