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m Dr. Monteiro Lopes, primeiro Deputado Negro
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{{Sem-notas|data=março de 2014}}
 
= '''Primeiro Deputado Negro''' =
'''Monteiro Lopes''' é uma espécie de [[biscoito]] preparado em massa delicada crocante, além de conter uma cobertura com [[chocolate]] empanada em [[açúcar cristal]]. É um biscoito típico do [[Região Norte do Brasil|Norte do Brasil]], mais especificamente de [[Belém (Pará)|Belém do Pará]]<ref>{{citar web
Manuel da Mota Monteiro Lopes, ou Dr. Monteiro Lopes, como ficou conhecido e referenciado a maior parte da vida adulta, nasceu em Recife (PE) no dia 11/01/1867, filho de um casal negro livre ou liberto, Jerônimo da Motta Monteiro Lopes e Maria Egiphicíaca de Paula Lopes. Tinha mais dois irmãos, José Elias Monteiro Lopes e João Clodoaldo Monteiro Lopes, sendo que ambos se formaram e se destacaram no campo do Direito. Além de duas irmãs, Taciana Monteiro Lopes e Maria Júlia Monteiro Lopes, ambas professoras e que se casaram com homens de formação superior.
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| titulo = Monteiro Lopes
| autor = ASOLIVA
| data = 2004-10-20
| obra = Azeite de Oliva Espanhol
| publicado = ICEX
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| arquivodata = 2005-05-06}}</ref>
 
== Origem do nome ==
=== Etimologia popular ===
O doce mais trivial de qualquer mesa de aniversário chama-se “Monteiro Lopes”, há uma versão popularizada do motivo pelo qual foi assim batizado, por uma certa razão, digamos, íntima. Seria uma versão paraense da obra de Shakespeare, Romeu e Julieta. Tudo começou em Belém do Pará, em meados do século XIX, onde duas famílias com padarias disputavam a preferência dos clientes que frequentavam o tradicional mercado do [[Mercado Ver-o-Peso|Ver-o-Peso]]. De um lado, o mulato Manuel Monteiro, que conquistava os consumidores do mercado com seu biscoito com camada de chocolate por cima, mas que não poderia ouvir falar em seu maior rival, o português Antônio Lopes, que também comercializava no local e agradava combro seu biscoito crocante. A disputa entre as famílias era grande, porém os filhos acabaram se apaixonando e casando. Para isso, o casal teve que sair da capital paraense e se casar escondidos na cidade de [[Cametá]]. O casamento veio à tona somente após a morte de seus pais e em homenagem a eles e a familia, o casal decidiu unir os doces e batizaram com os sobrenomes de suas famílias, o que a partir dali ficou conhecido como Monteiro Lopes.<ref name="blog juarez">{{citar web
| url = https://blogdojuarezsilva.wordpress.com/2019/06/01/monteiro-lopes-a-real-historia-da-iguaria-paraense
| titulo = Monteiro Lopes, a real história da iguaria paraense
| ultimo = Silva Jr.
| primeiro = Juarez C. da
| data = 2019-06-01
| obra = Blog do Juarez
| publicado = WordPress.com
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Monteiro Lopes fez os primeiros estudos no Ginásio de Pernambuco. Em 1883 matriculou-se na Faculdade de Direito do Recife, formando-se em 29/11/1889. Exerceu a advocacia até 1892, quando transferiu-se para Manaus, Amazonas, que vivia então o fausto da borracha, exercendo ai atividades jurídicas como Promotor Público por período de meses. Deixou o Amazonas para se estabelecer no Rio de Janeiro, aonde mesclou atividades profissionais e políticas, é eleito e assume em 1903 o cargo de intendente, da então capital federal.
=== Etimologia real ===
A verdadeira história da iguaria Monteiro Lopes remete ao falecido desembargador Agnano Moura Monteiro Lopes, ex-presidente do [[Tribunal de Justiça do Estado do Pará]] (TJPA) nos anos 60 e 70. Agnano, negro, quando jovem recém-formado em Direito no início dos anos 30, conheceu Laura, jovem branca de família portuguesa, que contrária ao namoro expulso-a de casa, sendo a jovem acolhida pela mãe de Agnano, Dona Júlia. Uma amiga doceira de Dona Júlia, em função de toda história do jovem casal criou o doce, parte branca, parte escura, para simbolizar a união dizendo "o branco não se separa do negro", batizando-o com o nome de família que ambos a partir do casamento compartilhariam, foram 56 anos de união e 4 filhos.<ref name="blog juarez" /><ref name="diario">{{Cite report
| primeiro = Nélio
| ultimo = Palheta
| data = 2018-02-23
| título = Diário Oficial do Estado do Pará
| url = http://www.ioepa.com.br/pages/2018/2018.02.23.DOE.pdf
| publicado = Imprensa Oficial do Estado do Pará
| numero = 33.564
| departamento = A História no Diário Oficial
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| secao = Pequena lição do desembargador que ganhou um doce
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| titulo = Monteiro Lopes: o Desembargador e o biscoito
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| publicado = Prezi
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{{Referências}}
 
Aí se destacou pela defesa de benefícios para os operários e pela crítica ao Código de Posturas proposto pelo então prefeito do Distrito Federal, Francisco Pereira Passos. Em 1904, ao término do mandato, buscou a reeleição, mas, embora tenha conseguido uma expressiva votação, não foi reconhecido. Em 1905 viveu episódio similar: ao pleitear uma cadeira de deputado federal pelo Distrito Federal, foi eleito, mas não foi reconhecido e diplomado.
{{esboço-culinária}}
 
 
[[Categoria:Biscoitos]]
Em janeiro de 1909, candidatou-se novamente a deputado federal. Dessa vez, porém, diferentemente das outras eleições, quando se candidatara sem vinculação partidária, veio como candidato do Partido Republicano Democrata, que tinha como pontos importantes de seu programa a ampliação da instrução pública e do sufrágio popular e o protecionismo econômico. Após a eleição, da qual saiu vitorioso, surgiram boatos de que mais uma vez não seria reconhecido, por duas razões: primeiro por ser negro; segundo, porque se pretenderia colocar em seu lugar um político da situação que não teria recebido número suficiente de votos. A polêmica tomou as páginas dos principais jornais e revistas cidade do Rio, alguns dos quais dirigiram ofensas e troças racistas a Monteiro Lopes.
 
 
Em 15/02/1909, diante da ameaça do não reconhecimento, Monteiro Lopes reuniu-se com um grande grupo de homens negros no Centro Internacional Operário para tratar da sua possível exclusão da Câmara de Deputados. A partir daí teve início uma grande mobilização de entidades formadas por homens negros na cidade do Rio, em Campinas (SP) e arredores, em várias cidades do Sul do país, na Bahia e em Pernambuco. O objetivo era denunciar a pretendida injustiça racial e pedir apoio para que não se fraudasse a diplomação de Monteiro Lopes.
 
 
Em 30/04/1909, Monteiro Lopes foi finalmente reconhecido e diplomado deputado federal. É tido como o primeiro parlamentar federal negro, de identidade racial assumida e visualizada, além de possuir discurso afirmativo negro, tendo enfrentado por conta disso grande resistência à sua diplomação. Em sua atuação na Câmara destacaram-se: as intervenções em favor do operariado; a sugestão da criação de um ministério do trabalho; a proposição da lei sobre os acidentes de trabalho e outros benefícios aos trabalhadores, como aposentadorias, pensões e aumento dos vencimentos. Além disso, chamou a atenção para a necessidade de legislar e fiscalizar as condições precárias em que trabalhavam os menores, sujeitos a mutilações e acidentes. Monteiro Lopes faleceu, no dia 13/10/1910, na cidade do Rio de Janeiro, sem completar o mandato, acometido por problemas renais e complicação de diabetes.
 
{{Referências|refs=<ref> DANTAS, C. V. Monteiro Lopes (1867-1910), um líder da raça negra na capital da república. Afro-Ásia (UFBA. Impresso), v. 41, p. 168-209, 2011. Disponível em: https://portalseer.ufba.br/.../article/view/21201/13786. Acesso em: 18 nov. 2020.</ref>
 
<ref> DANTAS, C. V. Manoel da Motta Monteiro Lopes, um deputado negro na I República. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, 2008. Monografia. Disponível em: https://www.bn.gov.br/.../manoel-motta-monteiro-lopes-um.... Acesso em: 15 nov. 2020. </ref>
 
<ref> DOMINGUES, P. “VAI FICAR TUDO PRETO”: Monteiro Lopes e a cor na política. Novos Estudos, Cebrap [online], n. 95, p. 59-81, mar. 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext.... Acesso em: 18 nov. 2020.</ref>
 
<ref>SILVA JUNIOR, J. C. Um negro de poder no Amazonas da primeira república: Monteiro Lopes, o jurista e deputado (1892-1910). 2016. 135 f. Dissertação (Mestrado em História) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2016. Disponível em: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6552. Acesso em: 15 nov. 2020.</ref>}}
 
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[[Categoria:BiscoitosPessoas]]
[[Categoria:Politico]]
[[Categoria:Negro]]
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