Psicanálise: diferenças entre revisões

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Essencialmente é uma teoria da [[personalidade]] e um procedimento de [[psicoterapia]]; a psicanálise influenciou muitas outras correntes de pensamento e disciplinas das [[ciências humanas]], gerando uma base teórica para uma forma de compreensão da [[ética]], da [[moral]]idade e da [[Antropologia e psicanálise|cultura humana]].<ref> [[Renato Mezan|Mezan, Renato]]. ''Freud, Pensador da Cultura''. [[Companhia das Letras]], 2006.</ref> Em linguagem comum, o termo "psicanálise" é muitas vezes usado como sinônimo de "[[psicoterapia]]" ou mesmo de "[[psicologia]]". Em linguagem mais própria, no entanto, [[psicologia]] refere-se à ciência que estuda o comportamento e os processos mentais, [[psicoterapia]] ao uso clínico do conhecimento obtido por ela, ou seja, ao trabalho terapêutico baseado no corpo teórico da psicologia como um todo, e psicanálise refere-se à forma de psicoterapia baseada nas teorias oriundas do trabalho de Sigmund Freud. "Psicanálise" é, assim, um termo mais específico, sendo uma entre muitas outras abordagens de psicoterapia.<ref name=":0" /><ref name=":1" />
 
Ao contrário do que Freud intencionava,<ref>Mezan, Renato. [http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-24302007000200005 Que tipo de ciência é, afinal, a Psicanálise?] ''Natureza humana'' v.9 n.2 São Paulo, dezembro de 2007 ISSN 1517-2430 {{citação|Para Freud, a disciplina que criou fazia indiscutivelmente parte das ciências da Natureza, e de modo algum daquelas “do espírito”, como então se chamavam na Alemanha as atuais ciências humanas.}}</ref><ref> Prudente, Regina Coeli Aguiar Castelo; Ribeiro Maria Anita Carneiro. [http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932005000100006 Psicanálise e ciência]. ''Psicologia: ciência e profissão'' v.25 n.1 Brasília março de 2005 ISSN 1414-9893 {{citação| Desde o projeto de 1895 até seus últimos textos, Freud nunca abandonou seu propósito de fazer com que a psicanálise fosse reconhecida como ciência [...] O sujeito da psicanálise é o mesmo sujeito da ciência - o sujeito do desejo - mas Freud subverte o ''[[cogito]]'' [[cartesiano]] ao descobrir o inconsciente.}}</ref> críticos consideram a psicanálise é geralmente considerada como [[pseudociência]], por ausência de [[falseabilidade]].<ref>Popper, Karl R. ''"Science: Conjectures and Refutations"'' pp 104-110 .</ref><ref>Webster, Richard (1996). ''Why Freud was wrong. Sin, science and psychoanalysis.'' London: Harper Collins.</ref><ref>Cioffi, Frank (2005). [http://www.butterfliesandwheels.org/2005/was-freud-a-pseudoscientist/ "Was Freud a Pseudoscientist?"] Butterflies & Wheels. Extrato do ensaio "Are Freud’s Critics Scurrilous?", originalmente publicado em Meyer, C. (ed.),''Le livre noir de la psychoanalyse''. Paris: Les Arènes, 2005.</ref><ref> Zepf, Siegfried. [https://guilfordjournals.com/doi/abs/10.1521/pdps.2018.46.1.115 ''Psychoanalysis Today—A Pseudoscience? A Critique of the Arbitrary Nature of Psychoanalytic Theories and Practice'']. Guilford Press, 2018. </ref><ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=fdwjfofksVwC&oi=fnd&pg=PA147&dq=psican%C3%A1lise+%C3%A9+filosofia&ots=hAWKbmXQC5&sig=pRi_-_DRtnagDsFmotSLdaMuCIs#v=onepage&q=psican%C3%A1lise%20%C3%A9%20filosofia&f=false|título=Um limite tenso: Lacan entre a filosofia e a psicanálise|autor=[[Vladimir Safatle|Safatle, Vladimir]] (org)|data=2003|editora= [[UNESP]]|ano=|local=|página=147|páginas=|lingua=pt-BR}}</ref> Paralelamente, há autores que a consideram dotada de algumas características de ciência,<ref>{{Citar periódico |titulo=Psicanálise e ciência |url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1516-14982006000200008&lng=en&nrm=iso&tlng=pt |jornal=Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica |data=dezembro de 2006 |issn=1516-1498 |paginas=273–283 |numero=2 |acessodata=2020-12-18 |doi=10.1590/S1516-14982006000200008 |lingua=pt |primeiro=Roberto |ultimo=Calazans}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=Sobre as bases dos procedimentos investigativos em psicanálise |url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1413-82712003000200003&lng=en&nrm=iso&tlng=pt |jornal=Psico-USF |data=dezembro de 2003 |issn=1413-8271 |paginas=115–123 |numero=2 |acessodata=2020-12-18 |doi=10.1590/S1413-82712003000200003 |lingua=pt |primeiro=Anna Carolina Lo |ultimo=Bianco}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=Filosofia da ciência, ensino de ciências e psicanálise: Explorando analogias |url=https://periodicos.ufpa.br/index.php/revistaamazonia/article/view/1483 |jornal=Amazônia: Revista de Educação em Ciências e Matemáticas |data=2005-06-30 |issn=2317-5125 |paginas=63–72 |numero=0 |acessodata=2020-12-18 |doi=10.18542/amazrecm.v1i0.1483 |lingua=pt |primeiro=Alberto |ultimo=Villani}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=The scientific standing of psychoanalysis |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6020924/ |jornal=BJPsych International |data=fevereiro de 2018 |issn=2056-4740 |paginas=5–8 |pmc=6020924 |pmid=29953128 |numero=1 |acessodata=2020-12-18 |doi=10.1192/bji.2017.4 |primeiro=Mark |ultimo=Solms}}</ref> enquanto outros a afirmam como [[filosofia]] ou [[arte]].<ref>MEDEIROS, Roberto Henrique Amorim de. [http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98931998000300004&lng=en&nrm=iso A psicanálise não é uma ciência. Mas, quem se importa?] ''Psicol. cienc. prof.'' 1998, vol.18, n.3, pp.22-27. ISSN 1414-9893 http://dx.doi.org/10.1590/S1414-98931998000300004.</ref><ref>Palombini, A. (1996) [https://lume.ufrgs.br/handle/10183/10282#:~:text=A%20especificidade%20do%20conhecimento%20psicanal%C3%ADtico,%2C%20justamente%2C%20que%20faz%20ci%C3%AAncia. ''Fundamentos para uma crítica da epistemologia da psicanálise.''] Porto Alegre: [[UFRGS]], 1996.</ref><ref>Morais Klüppel, HA e col. (outubro de 2017) [https://www.iessa.edu.br/revista/index.php/jornada/article/view/484/156 Psicologia e sua inevitável associação ao campo das pseudociências]. </ref><ref>Simanke, Richard Theisen; García Menéndez, Ada Jimena; Caropreso, Fátima ; Barbelli, Izabel; Bocchi, Josiane Cristina. ''Filosofia da psicanálise: autores, diálogos, problemas''. SciELO /EdUFSCar, 2010.</ref><ref>BASTOS, Liana Albernaz de Melo. [https://www.scielosp.org/article/physis/2002.v12n2/391-408/pt/ Psicanálise baseada em evidências?]. ''Physis: Revista de Saúde Coletiva'', volume: 12, nº 2, 2002. Acesso em 14 de agosto de 2019</ref>
 
== Definição ==