Esporte feminino no Brasil: diferenças entre revisões

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=== Brasileiras nas olimpíadas ===
A primeira edição [[Jogos Olímpicos|OlimpíadaOlimpíaca]] em que uma mulher brasileira participou foi em 1932, sediada em [[Jogos Olímpicos de Verão de 1932|Los Angeles]], eque foi protagonizado pela nadadora [[Maria Lenk]], que na época foi a única mulher, enquantoentre 66 homens representaramrepresentantes odo paísBrasil. PosteriormenteNa edição seguinte, emde 1936, em Berlim, na qual ela novamente participou, ela teve a companhia de outras atletas olímpicas brasileiras, mascinco nadadoras e uma esgrimista. Em Berlim, a pioneira, novamente deixou sua marca indelével. Ela, competiucompetindo os 200m no estilo borboleta, sendotornado-se a primeira mulher no mundo a fazê-lo,. eSendo, essa modalidade, posteriormente tornou-se oficialoficializada. A nadadora, pioneira poderia ter sido a primeira mulher a conquistar uma medalha olímpica. Emem 1939, durante o auge de sua carreira, estabeleceu dois recordes mundiais no nado peito, demonstrando que estava pronta para enfrentar as principais competidoras, podendo ter sido a primeira mulher a conquistar uma medalha olímpica. No entanto, os Jogos Olímpicos de 1940 e 1944 foram cancelados devido à Segunda Guerra Mundial.<ref>{{Citar web|url=https://www.uol.com.br/esporte/reportagens-especiais/como-elas-chegaram-la/|titulo=Como elas chegaram lá: Antes proibidas de jogar, lutar, nadar e correr, mulheres romperam barreiras no esporte nos últimos séculos|acessodata=2023-10-07|website=www.uol.com.br|lingua=pt-br}}</ref><ref name=":2">{{Citar periódico |url=https://www.bbc.com/portuguese/brasil-58116702 |título=Olimpíada de Tóquio 2021: Mulheres brasileiras conquistam melhor resultado da história |acessodata=2023-10-07 |periódico=BBC News Brasil |lingua=pt-BR}}</ref><ref name=":10">{{Citar periódico |url=https://repositorio.usp.br/item/002286282 |título=Mulheres no pódio: as histórias de vida das primeiras medalhistas olímpicas brasileiras |data=2012 |acessodata=2023-10-16 |ultimo=Nascimento |primeiro=Paulo Henrique do |ultimo2=Rubio |primeiro2=Katia |lingua=pt-br}}</ref>
 
ONas númeropróximas deedições, mulheresapós aumentouo paracancelamento 6dos nos [[Jogos Olímpicos de Verão de 1936|Jogos de Berlim]]anteriores, em 19361948, mas diminuiu para 11 em [[Jogos Olímpicos de Verão de 1948|Londres]], emo 1948,Brasil econtou paracom apenasonze 5representantes, em 1952, em [[Jogos Olímpicos de Verão de 1952|Helsinque,]], emcom 1952apenas cinco competidoras. Durante as próximas três Olimpíadas consecutivas, de 1956, a1960 e 1964, novamentesediadas, apenas uma mulher participou. Somenterespectivamente, em 1980Melbourne, naOceania ediçãoe de [[Jogos Olímpicos de Verão de 1980|Moscou]]Tóquio, o númeroBrasil decontou mulherescom brasileirasapenas ultrapassouuma dois dígitosrepresentante, comnas amodalidades participaçãosaltos deornamentais 15e atletas (contra 94 homens)atletismo. ANa partiredição dessede pontoTóquio, oa contingentebrasileira feminino cresceu progressivamente. No entantorepresentante, foiAída somentedos em 1996Santos, emconquistou [[Jogoso Olímpicosquarto delugar Verãono desalto 1996|Atlanta]],em quando 66 mulheres brasileiras competiram nos Jogosdistância, que elasse conquistaramtornou suaso primeirasmelhor medalhas.resultada Nessafeminino ocasião,em elasnuma representarammodalidade 29%individual dopor total de atletasquarenta e levaramquatro 4anos.<ref dasname=":10" 15 medalhas, correspondendo a 26% do total./><ref name=":2" />
 
Na edição de 1964, na Cidade do México, participaram três atletas, sendo todas do atletismo. Em 1972, em Munique, participaram cinco brasileiras. Em 1976, em Montreal, a delegação contia sete atletas. Um dos fatores que contribui para a baixa quantidades de mulheres nas olimpíadas entre os anos 30 e 70, foi a proibição do Conselho Nacional de Desportos por meio do decreto-lei número 3.199, de 14 de abril de 1941, que vigorou até 1975, o decreto estabeleceu que "às melhores não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza, devendo, para este efeito, o Conselho Nacional de Desportos baixar as necessárias instruções às entidades desportivas do país", ademais, o Conselho, por meio do seu regimento, em 1965, também determinou que "não é permitida a prática de lutas de qualquer natureza, futebol, futebol de salão, futebol de praia, polo, halterofilismo e beisebol".<ref name=":10" />
 
Na década de 80, vários fatores geopolíticos e diplomáticos contribuirão para o aumento de atletas femininos na delegação brasileira. Devido a esses fatores, foi somente em 1980, em [[Jogos Olímpicos de Verão de 1980|Moscou]], após de vários anos, pela segunda vez, que o número de mulheres brasileiras ultrapassou dois dígitos, com a participação de quinze atletas (contra 94 homens), nas modalidades de vôlei, ginástica artística e atletismo. A partir desse ponto, o contingente feminino cresceu progressivamente. Em 1984, em Los Angeles, contou com vinte e duas atletas, nas modalidades de vôlei, atletismo, ginástica artística, ginástica rítmica, nado sincronizado, saltos ornamentais, tênis e tiro esportivo. Em 1988, em Seul, houve trinta e cinco brasileiras, nas modalidades de atletismo, ginástica artística, natação, saltos ornamentais, tênis, tiro, vôlei, vela e judô. Em 1992, em Barcelona, participaram cinquenta e uma mulheres, na qual participaram de modalidades antes já existentes e mais nas modalidades estreadas oficialmente, basquete, ciclismo, judô e tênis de mesa.<ref name=":10" />
 
No entanto, foi somente em 1996, em [[Jogos Olímpicos de Verão de 1996|Atlanta]], depois de sessenta e quatro anos da primeira participação de uma atleta brasileira, quando sessenta e seis mulheres brasileiras competiram nos Jogos, que elas conquistaram suas primeiras medalhas, ouro e prata, na modalidade vôlei de praia, pelas duplas Jacqueline e Sandra, Mônica e Adriana, respectivamente. Nessa ocasião, as atletas representavam 29% do total de atletas e levaram 4 das 15 medalhas, correspondendo a 26% do total.<ref name=":2" /><ref name=":10" />
 
Quatro anos mais tarde, o contingente de mulheres brasileiras participantes nas Olimpíadas aumentou significativamente. A partir dos [[Jogos Olímpicos de Verão de 2000|Jogos de Sidney]], em 2000, as mulheres passaram a representar consistentemente mais de 40% do total de atletas. Em Sidney, quase uma centena delas competiu. Naquele ano, 111 homens e 94 mulheres embarcaram rumo à Austrália (46% do total). Elas conquistaram 4 das 12 medalhas que o Brasil recebeu, o equivalente a 33% do total. Nos [[Jogos Olímpicos de Verão de 2004|Jogos de Atenas]] em 2004, as mulheres constituíram quase metade da delegação brasileira: 125 homens e 122 mulheres (49%). No entanto, em termos de medalhas, obtiveram apenas 2 das 10 (20%). Em [[Jogos Olímpicos de Verão de 2008|Pequim]], quatro anos depois, elas apresentaram um desempenho ainda mais destacado. Com uma representação de 48% (133 mulheres e 144 homens), elas conquistaram 7 das 17 medalhas, ou seja, 41%. Nos [[Jogos Olímpicos de Verão de 2012|Jogos de Londres]] em 2012, o desempenho foi semelhante. Com 123 mulheres (47% do total), as atletas foram responsáveis por 6 das 17 medalhas (35%) conquistadas pelo Brasil. A chegada dos [[Olimpiadas do Rio 2016|Jogos do Rio]] em 2016 marcou uma edição em que o Brasil teve o maior número de atletas participando. Foram 209 mulheres, representando 45% do total de 465. Dessas, as mulheres contribuíram com 5 das 19 medalhas conquistadas pelo Brasil, correspondendo a 26% do total.<ref name=":2" />