Sionismo: diferenças entre revisões
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Em contraste com o [[Colonialismo|colonialismo clássico]], no caso sionista o foco está na eliminação, em vez [[Colonialismo de exploração|de exploração]], dos habitantes originais de um território, ou seja, dos palestianos. Conforme teorizado por [[Patrick Wolf]], este ímpeto de colonização é planeado e sistemático, operando através de processos que incluem projetos de assimilação, segregação, miscigenação, conversão religiosa, encarceramento, e chegando a operar a eliminação física dos palestinianos.<ref name=":1">{{Citar periódico |url=http://journals.sagepub.com/doi/10.1177/0263276416688544 |título=Israel-Palestine and the Settler Colonial ‘Turn’: From Interpretation to Decolonization |data=2018-01 |acessodata=2023-10-14 |periódico=Theory, Culture & Society |número=1 |ultimo=Busbridge |primeiro=Rachel |paginas=91–115 |lingua=en |doi=10.1177/0263276416688544 |issn=0263-2764}}</ref>
Em [[1967]], o historiador francês [[Maxime Rodinson]] escreveu um artigo posteriormente traduzido e publicado em inglês como ''Israel: A Colonial Settler-State?''<ref>{{citar web|ultimo=Rodinson|primeiro=Maxime|url=http://www-personal.umich.edu/~dhoppe/KFUPM/Israel%20fait%20colonial.pdf|titulo=Israel, fait colonial?|data=1967|acessodata=14.10.2023|publicado=Monad Press.|local=New York}}</ref> Lorenzo Veracini descreve Israel como um estado colonial e escreve que os colonos judeus só puderam expulsar os britânicos em 1948 porque tinham as suas próprias relações coloniais dentro e fora das novas fronteiras do novo Estado Hebraico. Veracini acredita que a possibilidade de uma separação israelita-palestiniana está sempre latente e esta apenas seria revertida através do "acomodamento de uma autonomia palestina dentro das instituições do Estado israelita" (ou seja, forçando a [[solução do Estado único]]).<ref>{{Citar periódico |url=https://ro.uow.edu.au/lhapapers/1337 |título=Settler colonialism and decolonisation |data=2007-01-01 |acessodata=2023-10-14 |periódico=Faculty of Law, Humanities and the Arts - Papers (Archive) |ultimo=Veracini |primeiro=Lorenzo}}</ref>
Outros comentadores, como Daiva Stasiulis, Nira Yuval-Davis, e Joseph Massad em "Colónia Pós-Colonial: tempo, espaço e corpos na persistência da Questão Palestiniana" incluíram Israel na sua análise global das sociedades colonizadoras.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.taylorfrancis.com/chapters/mono/10.4324/9780203965351-9/post-colonial-colony-time-space-bodies-palestine-israel-joseph-massad |título=The “post-colonial” colony: Time, space, and bodies in Palestine/Israel |data=2006 |acessodata=2023-10-14 |publicado=Routledge |ultimo=Massad |primeiro=Joseph |doi=10.4324/9780203965351-9/post-colonial-colony-time-space-bodies-palestine-israel-joseph-massad |isbn=978-0-203-96535-1}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://catalog.library.vanderbilt.edu/discovery/fulldisplay/alma991043294438803276/01VAN_INST:vanui|titulo=The pre-occupation of postcolonial studies|data=2000|acessodata=2023-10-14|website=catalog.library.vanderbilt.edu|lingua=en}}</ref> [[Ilan Pappé]] descreve o sionismo e Israel em termos semelhantes.<ref>{{Citar web|url=https://www.kingsreview.co.uk/interviews/interview-with-ilan-pappe|titulo=The Palestinian enclaves struggle: an interview with Ilan Pappé|acessodata=2023-10-14|website=www.kingsreview.co.uk}}</ref> A académica Amal Jamal, da [[Universidade de Tel Aviv]], declarou: "Israel foi criado por um movimento colonial de imigrantes judeus".<ref name=":1" />
A [http://www.ijan.org IJAN - International Jewish Anti-Zionist Network], no seu [[manifesto]] de janeiro de [[2009]],<ref>{{Citar periódico |url=https://www.jstor.org/stable/27821321 |título=Judíos Contra El Colonialismo Sionista. Carta De La Red Judía Antisionista Internacional |data=2008 |acessodata=2023-10-16 |periódico=Mientras Tanto |número=108/109 |ultimo=Anti-Zionist |primeiro=International Jewish |paginas=157–163 |issn=0210-8259}}</ref> denuncia a ocupação israelita das terras palestinianas, e reafirma o seu trabalho para "''desmontar o apartheid israelita, permitir o regresso do refugiados palestinianos e o fim da colonização israelita da Palestina''". No mesmo sentido a [[Amnesty International]] tem vindo a lançar vários apelos contra o apartheid exercido contra o povo palestiniano nas áreas controladas por [[Israel]].<ref>{{Citar web|url=https://www.amnesty.org/en/documents/mde15/6597/2023/en/|titulo=Israel/OPT: HRC52 oral statement: Time to recognize that Israel is committing apartheid|acessodata=2023-10-16|website=Amnesty International|lingua=en}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.amnesty.org/en/latest/news/2023/03/eu-needs-to-acknowledge-the-reality-of-israeli-apartheid/|titulo=EU needs to acknowledge the reality of Israeli apartheid|data=2023-03-20|acessodata=2023-10-16|website=Amnesty International|lingua=en}}</ref>▼
O historiador israelita [[Benny Morris]] no seu livro "The Arab-Israeli war" em [[1948]] escreve: "é evidente que os acontecimentos de 1948 na [[Palestina (região)|Palestina]] foram uma limpeza étnica executada pelos judeus nas zonas árabes".<ref>{{Citar periódico |url=https://www.haaretz.com/opinion/2016-10-14/ty-article/.premium/yes-benny-morris-it-was-ethnic-cleansing-in-1948/0000017f-da72-d938-a17f-fe7a4a4f0000 |título=Yes, Benny Morris, Israel Did Perpetrate Ethnic Cleansing in 1948 |acessodata=2023-10-17 |periódico=Haaretz |lingua=en}}</ref> Os métodos ''terroristas'', de inspiração nazi e fascista, levados a cabo pelo [[Irgun]] ("Organização Militar Nacional na Terra de Israel"), liderado por [[Menachem Begin]], também foram denunciados no mesmo ano por diversos intelectuais judeus, entre os quais [[Albert Einstein]] e [[Hannah Arendt]], numa [[carta aberta]] publicado pelo jornal [[The New York Times]] no dia 4 de dezembro do mesmo ano.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.haaretz.com/jewish/2014-12-04/ty-article/.premium/1948-n-y-times-letter-by-einstein-slams-begin/0000017f-e28e-d38f-a57f-e6de6e7d0000 |título=1948: N.Y. Times Publishes Letter by Einstein, Other Jews Accusing Menachem Begin of Fascism |acessodata=2023-10-17 |periódico=Haaretz |lingua=en}}</ref>
▲A [http://www.ijan.org IJAN - International Jewish Anti-Zionist Network], no seu [[manifesto]] de janeiro de [[2009]],<ref>{{Citar periódico |url=https://www.jstor.org/stable/27821321 |título=Judíos Contra El Colonialismo Sionista. Carta De La Red Judía Antisionista Internacional |data=2008 |acessodata=2023-10-16 |periódico=Mientras Tanto |número=108/109 |ultimo=Anti-Zionist |primeiro=International Jewish |paginas=157–163 |issn=0210-8259}}</ref> denuncia a ocupação israelita das terras palestinianas, e reafirma o seu trabalho para "''desmontar o apartheid israelita, permitir o regresso do refugiados palestinianos e o fim da colonização israelita da Palestina''". No mesmo sentido a [[Amnesty International]] tem vindo a lançar vários apelos contra o [[Segregação racial|apartheid (segregação racial)]] exercido
== As divisões do sionismo ==
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