Museu de Arte de São Paulo: diferenças entre revisões

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[[imagem:P.M. Bardi na Itália, c. 1925.jpg|thumb|[[Pietro Maria Bardi]]]]
 
A década de 1940 caracterizou-se no [[Brasil]] como um período de grande efervescência no plano econômico e político. ANão ascensãopelo golpe de [[Getúlio Vargas]] ao poder, em 1930, que havia marcado o fim do [[liberalismo econômico|liberalismo]] e uma maior interferência do Estado na vida econômica do país, mas sim por fatores de ordem internacional, como a [[Segunda Guerra Mundial]] e a [[crise de 1929]], favoreceram um surto de [[desenvolvimentismo|desenvolvimento industrial]], em substituição ao [[ciclo do café]], tendo como consequência direta a criação das condições necessárias ao crescimento urbano e à instalação de uma "estrutura cultural" no país. Em [[São Paulo (estado)|São Paulo]], particularmente, o período se notabilizou pela consolidação de um vigoroso [[parque industrial]]. O estado, a essa altura, já havia suplantado o [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]] como principal produtor de [[bens de consumo]] do país. A [[São Paulo (cidade)|capital paulista]] prosseguia em sua trajetória de extraordinário crescimento populacional. Atraindo muitas indústrias e concentrando uma expressiva e poderosa [[Elite (sociologia)|elite]], abandonava progressivamente o aspecto de cidade provinciana.<ref name="Anais Semana de História">{{citar web | autor=Milani, Iohana Tatiani| titulo=Os reflexos da industrialização no governo de Getúlio Dornelles Vargas (1930-1954)| publicado = Unipar| url=http://revistas.unipar.br/akropolis/article/viewFile/1890/1640| formato=PDF | acessodata=16 de dezembro de 2008}}</ref>
 
No plano cultural, sem embargo, [[São Paulo]] ainda distava muito da então [[Rio de Janeiro (cidade)|capital federal]], onde o debate estético encontrava-se muito mais adiantado e o poder público já assimilava as manifestações modernas internacionais (sendo o [[Edifício Gustavo Capanema|edifício do Ministério da Educação e Cultura]] o exemplo maior de tal contexto). Sua referência mais notável continuava a ser a [[Semana de Arte Moderna de 1922]]. Se por um lado esse evento havia permitido alguma abertura aos artistas modernos nos salões oficiais, influenciado a criação de grupos e associações como a [[Sociedade Pró-Arte Moderna]] e a [[Família Artística Paulista]] e garantido alguma substância ao debate estético, por outro, seus propósitos não chegaram a atingir o grande público nem a definir um circuito artístico local. A cidade contava com uma [[Teatro Municipal de São Paulo|casa de ópera]] de prestígio e com uma grande quantia de cineteatros, de programação bastante diversificada, mas havia um único [[museu]] voltado à [[arte]], a [[Pinacoteca do Estado de São Paulo|Pinacoteca do Estado]], dedicada quase exclusivamente à [[Academicismo|arte acadêmica]]. A [[Escola de Belas Artes de São Paulo|Escola de Belas Artes]] seguia a mesma orientação e eram poucas as [[Galeria de arte|galerias comerciais]] abertas às [[Arte moderna|tendências modernas]].<ref name="Cannabrava Filho">Cannabrava Filho, 2004, pp. 143-144.</ref>