Líbia: diferenças entre revisões

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Em 1911, sob o pretexto de defender seus colonos estabelecidos na [[Tripolitânia]], a [[Reino de Itália (1861–1946)|Itália]] declarou guerra ao [[Império Otomano]] e invadiu o país, fato que iniciou a [[Guerra Ítalo-Turca]]. A seita puritana islâmica dos sanusis liderou a resistência, dificultando a penetração do Exército italiano no interior. A Turquia renunciou a seus [[direito]]s sobre a Líbia em favor da Itália no [[Tratado de Lausana]] ou [[Tratado de Ouchy]] (1912). Em 1914 todo o país estava ocupado pelos italianos que, no entanto, como os turcos antes deles, nunca conseguiram afirmar sua autoridade plena sobre as [[tribo]]s sanussis do interior do [[deserto]].
 
Durante a [[Primeira Guerra Mundial]], os líbios recuperaram o controle de quase todo o território, à exceção de alguns [[portos]]. Terminada a guerra, os italianos empreenderam a reconquista do país. Em 1939 a Líbia foi incorporada ao reino da Itália. A colonização não alterou a estrutura econômica do país, mas contribuiu para melhorar a infraestrutura, como a rede de estradas e o fornecimento de água às cidades.
 
A resistência líbia à colonização italiana, liderada por Omar Mukhtar, foi esmagada em 1932, após anos de repressão. A guerra provocou a morte em massa dos povos indígenas da [[Cirenaica]], num total de 225.000 pessoas. Os crimes de guerra italianos incluíram a utilização de [[Arma química|armas químicas]], a execução de combatentes rendidos e o massacre de civis. As autoridades italianas expulsaram à força 100.000 [[beduínos]] da Cirenaica das suas colónias, muitas das quais foram depois confiadas a colonos italianos.<ref>Donald Bloxham, A. Dirk Moses, ''The Oxford Handbook of Genocide Studies,'' Oxford University Press, 2010</ref>
 
Em 1939 a Líbia foi incorporada ao reino da Itália. A colonização não alterou a estrutura econômica do país, mas contribuiu para melhorar a infraestrutura, como a rede de estradas e o fornecimento de água às cidades.
 
Durante a [[Segunda Guerra Mundial]], o território líbio foi cenário de combates decisivos. Entre 1940 e 1943 houve a campanha da Líbia entre o ''[[Afrikakorps]]'' do general [[Alemanha Nazi|alemão]] [[Rommel]] e as tropas [[Inglaterra|inglesas]]. Findas as hostilidades, o [[Reino Unido]] encarregou-se do governo da [[Cirenaica]] e da Tripolitânia, e a [[França]] passou a administrar [[Fezã]]. Essas nações mantiveram o país sob forte governo militar.