Osvaldo Aranha: diferenças entre revisões
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{{Info/Político
|nome = Oswaldo Aranha
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|imagem = Oswaldo Aranha.jpg
|título = [[Ministério da Fazenda (Brasil)|Ministro da Fazenda]]
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|partido = [[Partido Republicano Rio-grandense|PRR]]
|profissão = Advogado e diplomata
|assinatura =
}}
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É conhecido na [[política internacional]] por sua atuação como presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas em 1947, quando presidiu a sessão da [[Assembleia Geral das Nações Unidas|Assembleia Geral da ONU]] que aprovou a Resolução 181, também conhecida como [[Plano da ONU para a partilha da Palestina de 1947|Plano de Partilha da Palestina]], que estabeleceu a criação do [[Israel|Estado de Israel]] em 1947.<ref>{{Citation|title=Oswaldo Aranha|url=https://www.youtube.com/watch?v=oxLdHAUOyAA|accessdate=2022-01-29|language=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://www.bbc.com/portuguese/brasil-47759934 |título=A história de Oswaldo Aranha, brasileiro citado por Bolsonaro em seu discurso de chegada a Israel |acessodata=2023-06-11 |periódico=BBC News Brasil |lingua=pt-BR}}</ref>
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==Biografia==
===Primeiros anos===
[[Ficheiro:Estado-Maior de Oswaldo Aranha.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|
Filho de Luísa de Freitas Vale Aranha, por quem foi alfabetizado, e do [[coronel]] da [[Guarda Nacional (Brasil)|Guarda Nacional]] e [[fazenda|fazendeiro]] [[Euclides Aranha|Euclides Egídio de Sousa Aranha]] (1864-1929), dono da [[estância]] Alto Uruguai, em [[Itaqui]] (interior do [[Rio Grande do Sul]]). Passou a infância em [[Alegrete (Rio Grande do Sul)|Alegrete]], cidade que seu avô teria fundado.
Cursou no [[Rio de Janeiro]] o [[Colégio Militar do Rio de Janeiro|Colégio Militar]] e a Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais, atual [[Faculdade Nacional de Direito]] da [[Universidade Federal do Rio de Janeiro]]. Também estudou em [[Paris]] antes de advogar em seu estado natal e de ingressar na [[política]].<ref>{{citar livro|url=https://funag.gov.br/biblioteca-nova/produto/1-842|título=Oswaldo Aranha, 1894-1960: Discursos e Conferências|ultimo=Aranha|primeiro=
Em [[Revolução de 1923|1923]], quando explodiu a [[Revolução de 1923|luta fratricida]] entre ''"chimangos"'' (aliados de [[Borges de Medeiros]] — presidente do estado) e ''"maragatos"'' (opositores à sua quinta reeleição), pegou em armas para defender o governo de Borges de Medeiros. Comissionado no posto de [[tenente coronel]], Aranha organizou civis de Itaqui, Alegrete e municípios vizinhos num [[Corpos Auxiliares|corpo provisório]], o 5º Corpo da Brigada Oeste. Após a vitória do governo, em 1924 ele foi nomeado para a subchefia de polícia da região de fronteira, com sede em Alegrete. Este era um cargo sensível, pois a região estava repleta de oposicionistas, e ele tentou apaziguar os revolucionários que retornavam do exílio.<ref name=cpdoc/>
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A oposição aliou-se aos militares [[tenentista]]s e lançou [[Revolta de 1924 no Rio Grande do Sul|outra revolta]] em outubro de 1924. Aranha foi um dos comandantes da bem-sucedida defesa de Itaqui. Politicamente fortalecido, ele tornou-se [[intendente]] (prefeito) de Itaqui de 1925 a 1927. Durante a sua gestão, o município, com a ajuda do governo estadual, era o único no estado, afora [[Porto Alegre]], com luz elétrica nas ruas, calçamento e rede de esgotos. Em setembro de 1925, o intendente partiu em campanha com [[José Antônio Flores da Cunha|Flores da Cunha]] contra uma [[Revolta de 1925 no Rio Grande do Sul|nova revolta]] de [[Honório Lemes]], que foi aprisionado após alguns dias.<ref name=cpdoc/>
[[Coluna Relâmpago|Mais uma revolta]] tenentista em novembro de 1926 teve um resultado diferente.
Dois anos mais tarde foi eleito deputado federal. Em 1928 tornou-se secretário do interior, onde dedicou grande esforço para obras educacionais.
===Projeção nacional===
[[Imagem:
Amigo de [[Getúlio Vargas]], foi o grande articulador da campanha da [[Aliança Liberal]] nas eleições, agindo nos bastidores para organizar o levante armado que depôs [[Washington Luís]] e tornou realidade a [[Revolução de 1930]].
Em vista da vitória do movimento,
Alijado do processo político para a escolha do interventor em [[Minas Gerais]],
Nesse período como embaixador, se impressionou com a democracia estadunidense. Atuou sempre em defesa das relações brasileiras com os Estados Unidos e se tornou amigo pessoal do presidente [[Franklin Delano Roosevelt]]. Prestigiado no cargo, foi convidado para palestras em todo o país.
A 20 de janeiro de 1934 foi agraciado com a Grã-Cruz da [[Ordem Militar de Sant'Iago da Espada]] de [[Estado Novo (Portugal)|Portugal]].<ref name="OHne">{{citar web |url=http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=154 |título=Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas|autor=|data=|publicado=Presidência da República Portuguesa|acessodata=2016-04-03 |notas=Resultado da busca de "
Demitiu-se do cargo de embaixador por não aceitar os caminhos que o Brasil traçara com a declaração do [[Estado Novo (Brasil)|Estado Novo]], em 1937. Em março de 1938 foi convencido por seu amigo Vargas a assumir o ministério das Relações Exteriores e, no cargo, lutou contra elementos ''germanófilos'' dentro do Estado Novo, em busca de maior aproximação com os [[Estados Unidos]], no conturbado período que antecedeu a [[Segunda Guerra Mundial]]. Sob sua direção, o [[Itamaraty]] passou por grandes reformas administrativas.
===Projeção internacional===
[[Imagem:OsvalAranha preside a Assembleia das Nações Unidas.tif|esquerda|miniaturadaimagem|
No processo do envolvimento brasileiro na [[Segunda Guerra Mundial]], Aranha teve papel fundamental, representando no governo a ala ''pan-americanista'', defendendo uma aliança com os [[Estados Unidos]] sempre em oposição aos chefes militares, capitaneados principalmente pelo ministro da Guerra [[Eurico Gaspar Dutra]], que eram partidários de uma aproximação com a [[Alemanha]].
Na [[Conferência interamericana de 1942|Conferência do Rio]], em janeiro do 1942, presidida por
Em 1944 Aranha se demite do cargo de chanceler, após ser enfraquecido dentro do governo e pelo fechamento da [[Sociedade dos Amigos da América]], da qual era vice-presidente. Para muitos observadores da época, Aranha era o candidato natural nas eleições de 1945, mas a parca base política e a fidelidade a Vargas o impediram de disputar as eleições.
[[Imagem:
Voltou à cena política em 1947, como chefe da delegação brasileira na recém-criada [[Organização das Nações Unidas]] (ONU). Presidiu a II [[Assembleia Geral da ONU]] que votou o [[Plano da ONU para a partição da Palestina de 1947]], que culminou na criação do [[Estado de Israel]], fato que rendeu a Aranha eternas gratidões dos [[judeus]] e [[sionistas]] por sua atuação.
Em 1953, no [[Governo Getúlio Vargas (1951-1954)|segundo governo Vargas,]] voltou a ocupar a pasta da Fazenda e introduziu reformas com o objetivo de estabilizar a situação econômica caótica que o país enfrentava. Com a morte trágica do amigo Vargas,
A 31 de Maio de 1958 foi agraciado com a Grã-Cruz da [[Ordem Militar de Cristo]] de [[Estado Novo (Portugal)|Portugal]].<ref name="OHne"/>
==Morte==
[[Imagem:Aranyajerusalem.jpg|miniatura|Placa em memória de
Na noite do dia 27 de janeiro de 1960,
==Homenagens ==
Por ter sido um dos articuladores da criação do estado de Israel foi homenageado emprestando seu nome a uma rua em [[Tel Aviv]], [[Israel]].<ref>{{Citar web|ultimo=Oser|primeiro=Marilyn|url=https://streetsofisrael.wordpress.com/2014/02/26/5-things-you-need-to-know-about-oswaldoaranya/|titulo=5 Things You Need to Know About… Oswaldo Aranya|data=2014-02-26|acessodata=2022-01-29|website=Streets of Israel|lingua=en}}</ref> Pelo mesmo motivo, há também uma rua com o seu nome em [[Bersebá]], Israel, localizada no Campus da [[Universidade Ben-Gurion do Negev]]. Há também uma praça em [[Jerusalém]] com seu nome e uma rua em [[Ramat Gan]]. Homenagem também concedida em [[Porto Alegre]] em 1930, através da [[Avenida
O [[filé à
Entrou no "[[Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves|Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria]]", em 17 de abril de 2020.<ref>{{Citar web |url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L13991.htm |titulo=L13991 |acessodata=2021-02-13 |website=www.planalto.gov.br}}</ref>
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-->
==Família e acervo==
[[Imagem:
Membro de uma família tradicional do [[Sudeste brasileiro|sudeste do Brasil]], a cidade de [[Campinas]], no [[Estado de São Paulo]]: os Sousas Aranhas, era bisneto da [[Viscondessa de Campinas]], [[Maria Luzia de Sousa Aranha]]. Neto de Martim Egídio de Sousa Aranha (1839-1884) e de Talvina do Amaral Nogueira. Era também membro de uma outra tradicional família do sudeste brasileiro e do [[Rio Grande do Sul]], os Freitas Vale, sendo descendente do [[barão de Ibirocaí]], primo do [[ministro das Relações Exteriores]] [[Ciro de Freitas Vale]], sobrinho do [[Senado Federal do Brasil|senador]] [[Eurico de Freitas Vale]] e primo do senador [[José de Freitas Vale]]. Casou-se com Delminda Benvinda Gudolle, tendo sido seus filhos: Luísa Zilda Aranha, que se casou com Sérgio Correia Afonso da Costa, Euclides Aranha,
Herdou de seus pais uma extensa [[propriedade rural]] e o gosto pelos livros. Leitor compulsivo, adorava escrever cartas e teve discursos e conferências publicados. Entre seus autores prediletos estavam [[Victor Hugo]], [[Eça de Queirós]], [[Joaquim Nabuco]], [[Machado de Assis]] e, embora não fosse positivista, gostava de ler as obras do filósofo [[Augusto Comte]].<ref>{{Citar web|url=https://www.recantodasletras.com.br/biografias/4862500|titulo=
Um trabalho minucioso de análise de seu acervo de livros é realizado pelos professores da Universidade da Região da Campanha de Alegrete, no Rio Grande do Sul. Ao todo são contabilizados 11 485 volumes em sua biblioteca pessoal. Os professores pretendem delinear um novo perfil da personalidade histórica de
As obras do jurista [[Rui Barbosa]], estadista e ministro da fazenda da República, aparecem com destaque em seu acervo. Inicialmente com 4 585 livros, o acervo foi doado pelo próprio
== Ver também ==
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==Ligações externas==
{{Wikiquote|
*{{Link||2=http://www.un.org/ga/55/president/bio02.htm |3=Oswaldo Aranha (United Nations Website)}}
*{{Link||2=http://www.conib.org.br/60anos/bio.htm |3=Biografia de
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