Ermida de São Brás (Évora): diferenças entre revisões

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| nome = Ermida de São Brás (Évora)
| nome_nativo = Paróquia de São Brás - Évora
| imagem = Ermida de São Brás Evora- Évora - Portugal (51953143852)SaoBrasChapel.jpg
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| tipo = [[Ermida]]
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| restauro = 18 de janeiro de 2021
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| proprietário_atual = Estado português
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| arcebispo = Cónego Silvestre Ourives Marques
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| classificação_nacional = <!-- Património Cultura Português -->
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| classificação_nacional = <!-- Património Cultura Português -->
| ano_de_classificação = 1910
| numero_igespar = 70294
| numero_sipa = 3854
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| cidade = [[Évora]]
| país = [[Portugal]]
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| data_início = 1482
| data_término = 1490
| data_inauguração =
| capacidade = 124 Pessoas
| área_m2 = 2525908
| outras_dimensões = Raio: 10,8 km
Perimetro: 707616 m
| latd = 38.564945
| longd = -7.907121
}}
A '''[[Ermida de São Brás (Évora)|Ermida de São Brás]]''' é uma [[ermida]] situada no Rossio de São Brás, freguesia da [[Horta das Figueiras|Malagueira e Horta das Figueiras]], em [[Évora]], [[Portugal]]. Foi mandada construir por [[João II de Portugal|D. João II]], no século XV.<ref>{{Citar web|url=https://www.visitportugal.com/pt-pt/content/ermida-de-sao-bras|titulo=Ermida de São Brás {{!}} www.visitportugal.com|acessodata=2022-03-02|website=www.visitportugal.com}}</ref><ref>[http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=3854 Ficha na base de dados SIPA]</ref>
 
A sua construção terá começado em 1482, estando finalizada em 1490. Esta ermida é representante do período gótico tardio.<ref>{{citar livro|título=Évora|ultimo=Espanca|primeiro=Túlio|editora=Câmara Municipal de Évora|ano=1993|páginas=}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=3854|titulo=Ermida de São Brás}}</ref>
Encontra-se classificada como [[Monumento Nacional|Património Cultural Imateral da Humanidade GOV Portugal]] desde [[1910]].<ref name=":0">{{citar web|ultimo=GOV Portugal|primeiro=Património Cultural|autorlink2=Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910|url=https://servicos.dgpc.gov.pt/pesquisapatrimonioimovel/detalhes.php?code=70294|titulo=Ermida de São Brás - Évora|website=Património Cultural GOV Portugal}}</ref>
 
Encontra-se classificada como [[Monumento Nacional]] desde 1910.<ref name=Dgpc>[http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70294 Ficha na base de dados da DGPC]</ref>
= História =
A Ermida de São Brás, situada extra-muros no Rossio de São Brás, foi mandada construir por [[João II de Portugal|D. João II]], no local onde já existiria uma pequena gafaria provisória em madeira, erguida para tratar dos doentes afectados pela peste que assolou o país em [[1479|1479-80]]. O povo de [[Évora]], o rei e o bispo executor da obra, [[Garcia de Meneses, bispo de Évora|D. Garcia de Meneses]], mostravam assim a sua devoção por [[Brás de Sebaste|São Brás]], a quem se rezava habitualmente aquando de uma epidemia. A obra, cuja licença eclesiástica data de [[7 de setembro|7 de Setembro]] de [[1480]], terá começado em [[1482]], e a ermida já estava aberta ao culto em [[1490]] ([[Túlio Espanca|ESPANCA, Túlio]], [[1966]]). O monumento, projectado por mestre desconhecido, é particularmente inovador na utilização de um estilo manuelino-mudéjar tipicamente alentejano, com sucessão de volumes escalonados, robustos e coroados por merlões, e inaugura na cidade a utilização, depois largamente divulgada em monumentos de todo o [[Alentejo Central|Alentejo]], de elementos arquitectónicos como os contrafortes cilíndricos com coruchéus cónicos (PEREZ EMBID, Florentino, [[1955]], p.134). Juntamente com as igrejas dos [[Igreja dos Lóios|Lóios]] e [[Convento e Igreja de São Francisco (Évora)|S. Francisco]], este templo marca a introdução do tardo-gótico em [[Évora]].<ref name=":0" />
 
{{commonscat|Ermida de São Brás}}
Erguida sobre uma plataforma destinada a vencer um desnível do terreno, a [[ermida]] tem fachada principal com nártex aberto em três grandes arcos ogivais apoiados em meias colunas de alvenaria com capitéis vegetalistas, enquadrados por poderosos torreões cilíndricos ameiados. Neste pórtico terá existido uma decoração mural com as armas e o pelicano de [[João II de Portugal|D. João II]], possivelmente perdida nas obras sucessivas que o templo sofreu ([[Túlio Espanca|ESPANCA, Túlio]], [[1966]]). O corpo da [[Igreja Católica|igreja]], todo caiado, possui catorze contrafortes cilíndricos, com os torreões do pórtico, terminados num friso de merlões chanfrados, e todos coroados por coruchéus cónicos. A cabeceira é um corpo cúbico, alargado lateralmente pelos volumes mais baixos e muito estreitos das sacristias, também ameiadas, onde se rasgam frestas ogivais. Sobre a capela-mor ergue-se o lanternim hexagonal, e no topo norte, deitando para a sacristia, destaca-se o campanário. De salientar ainda a sucessão de interessantes gárgulas de granito, de temática zoomórfica, ao longo do edifício.<ref name=":0" />
 
{{referências}}
No interior de nave única, coberta por abóbada de volta perfeita, existem vários painéis de azulejo de padrão geométrico, em verde e branco, ainda quinhentistas e de ressonâncias mudéjares; os altares de talha dourada setecentista, um de cada lado da nave, são dedicados a [[Romão de Antioquia|São Romão]] e a [[Nossa Senhora da Luz|Nossa Senhora das Candeias]]. Na capela-mor, o retábulo também em talha dourada enquadra uma escultura de madeira do santo padroeiro do templo, em edícula central. As pinturas são no geral arcaizantes, de nítida influência flamenga e interesse apenas regional, datáveis da segunda metade de quinhentos, embora respeitem a duas empreitadas distintas Guarda-se no [[Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo|Museu Regional de Évora]] parte do importante recheio de ourivesaria sacra, de prata dourada, da extinta Confraria de [[Brás de Sebaste|São Brás]]. Existe ainda algum mobiliário setecentista nas dependências da igreja, bem como uma pia de água benta, renascentista, em mármore.<ref name=":0" />
 
O templo sofreu beneficiações em [[1573]], custeadas pelo [[Infante Dom Henrique|Cardeal-Infante D. Henrique]], e constando basicamente de decorações murais nas paredes e abóbadas da nave e execução do retábulo de talha, mas as pinturas (e vários altares) ficaram destruídos em [[1663]], por ocasião dos bombardeamentos da cidade pelas tropas castelhanas, particularmente desastroso por a ermida se encontrar na cintura defensiva do Rossio de São Brás. Embora os trabalhos de restauro tenham começado imediatamente, os últimos vestígios das pinturas murais desapareceram nas reformas camarárias de finais do [[século XIX]] e início do [[século XX]]. Ainda hoje são visíveis alguns vestígios de um friso de esgrafitos, incluindo emblemas manuelinos e temas geométricos, ao longo do remate superior da fachada, agora restaurada e pintada de novo.<ref name=":0" />
 
= Padroeiros =
Os nossos Padroeiros são [https://saobrasevora.wordpress.com/saobras/ São Brás], que se festeja no dia [[3 de fevereiro|03 de fevereiro]] e [https://saobrasevora.wordpress.com/nossasenhoradascandeias/ Nossa Senhora das Candeias], que se festeja dia [[2 de fevereiro|02 de fevereiro]].
 
{{commonscat|Ermida de São Brás}}
 
= Referências =
<references />
{{esboço-patrimóniopt}}
{{Évora-Património Religioso}}
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[[Categoria:Capelas classificadas como monumento nacional em Portugal]]
[[Categoria:Monumentos nacionais em Évora]]
[[Categoria:Arquidiocese de Évora]]
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