Negacionismo climático: diferenças entre revisões

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UrielAcosta (discussão | contribs)
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Essa conclusão apocalíptica já não é considerada uma fantasia pelos cientistas, mas uma probabilidade matemática que deixou há muito de ser desprezível. Cada dia que passa sem ação torna mais certa e inevitável sua materialização, pois a continuidade das causas impõe a continuidade e acumulação dos efeitos. Essa certeza matemática é fortalecida pelo testemunho de eventos passados similares, e um dos grandes problemas do aquecimento é que depois de certo ponto muitos efeitos não poderão ser revertidos senão depois de milhares ou milhões de anos. A ciência do clima é baseada na análise de quantidades mensuráveis e na avaliação das interações entre as variáveis, que estão sujeitas a leis imutáveis, manifestas nas maneiras como as energias atuam e nas propriedades reativas das substâncias e elementos da natureza. Essas quantidades e interações podem ser observadas e medidas objetivamente e os dados podem ser reduzidos a cálculos matemáticos, cujos resultados dão noções muito fiéis, até visíveis em gráficos didáticos, sobre a magnitude e qualidade dos efeitos previstos, inclusive sobre os seres vivos, sua duração, seus possíveis efeitos secundários, etc. Evidente que esta é uma simplificação grosseira da complexa ciência do clima, mas ilustra o método pelo qual as previsões são feitas. Também é certo que a capacidade de cálculo das pessoas e computadores é limitada, erros e imprecisões sempre podem ocorrer, mas a multiplicação dos experimentos dando resultados similares solidifica o conhecimento. Numa analogia simples, levando a física e a química para um cenário familiar, esperar que o aquecimento global, que põe em movimento em escala planetária forças poderosas e vastas quantidades de substâncias muito ativas e altera o equilíbrio de todos os ciclos biogeoquímicos, não cause distúrbios graves e disseminados, é o mesmo que colocar uma panela com água no fogo e esperar que a água não acabe fervendo e entornando. Mesmo que se possa evitar os cenários extremos, as mudanças atuais já têm deixado uma marca visível. Países e comunidades pobres sistematicamente têm sofrido em grande desproporção com a quantidade de gases que emitem, e têm dificuldades maiores e menos recursos para se adaptar. A adaptação a um aquecimento progressivo descontrolado pode ser impossível para a grande maioria da população, mesmo em países ricos, que neste processo deixarão de ser ricos.<ref>Secretariado da Convenção sobre Diversidade Biológica. ''Panorama da Biodiversidade Global 3'', 2010, pp. 10-15</ref><ref name="Ehrlich"/><ref name="PhysicalScienceSummary"/><ref name="IPCC"/><ref>Mukerjee, Madhusree. [http://www.scientificamerican.com/article/apocalypse-soon-has-civilization-passed-the-environmental-point-of-no-return/ "Apocalypse Soon: Has Civilization Passed the Environmental Point of No Return?"] ''Scientific American'', 23/05/2012</ref><ref>Leahy, Stephen. [http://www.ipsnews.net/2013/01/experts-fear-collapse-of-global-civilisation/ "Experts Fear Collapse of Global Civilisation"]. ''Inter Press Service'', 11/01/2013</ref><ref>Ahmed, Nafeez. [https://www.theguardian.com/environment/earth-insight/2014/mar/14/nasa-civilisation-irreversible-collapse-study-scientists "Nasa-funded study: industrial civilisation headed for irreversible collapse?"] ''The Guardian'', 14/03/2014</ref>
 
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=== 8. Tarde demais ===