António de Spínola: diferenças entre revisões
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Na noite do golpe militar de [[Revolução de 25 de Abril de 1974|25 de abril de 1974]], Spínola foi nomeado presidente da [[Junta de Salvação Nacional]], no plano dos capitães, autores do golpe, o cargo de Presidente da República estava reservado a Francisco da Costa Gomes, mas acabaria por ser António de Spínola a ocupá-lo. Várias razões conduziram a essa situação: a colaboração que Spínola desenvolvera com os capitães durante o processo conspirativo; o facto de ter sido ele a receber, no dia 25 de abril de 1974, a rendição do presidente do Conselho, [[Marcello Caetano]], e a aclamação popular que se seguiu, a Spínola, que era já uma figura pública. Acresce que Costa Gomes informara não estar disposto para as funções de Presidente da República.
Spínola deixara claro o seu projeto político no livro ''Portugal e o Futuro'': uma solução federativa de tipo referendário para o problema colonial e uma transição de cunho presidencialista, sem sobressaltos no domínio económico-social
== Presidência da República ==
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A reunião do Conselho de Estado de 8 de julho, onde foram derrotadas por unanimidade as propostas do primeiro-ministro, Palma Carlos, de reforço dos poderes presidenciais e de adiamento das eleições, marcou um momento fundamental na Presidência de Spínola. No dia seguinte, o primeiro-ministro pediu a demissão, argumentando não poder transigir com o clima de indefinição que se vivia. Spínola perdeu um dos seus mais fortes aliados, e as divergências com o MFA aprofundaram-se.<ref name=":1" />
É então escolhido o general [[Vasco Gonçalves]] para o cargo de primeiro-ministro do [[II Governo Provisório de Portugal|II Governo Provisório]] e no mesmo dia, [[Otelo Saraiva de Carvalho]] foi nomeado comandante-adjunto do [[Comando Operacional do Continente|COPCON]] e comandante da Região Militar de Lisboa.<ref name=":1" />
Em 27 de julho, depois de pressões várias, Spínola anunciou na televisão o reconhecimento do direito à autodeterminação e à independência dos povos das colónias.
Crescentemente isolado, Spínola apelou à «[[maioria silenciosa]]» com o objetivo de convocar uma manifestação de apoio ao Presidente, por forma a poder decretar o estado de sítio
Em 26 de setembro, realizou-se no [[Praça de Touros do Campo Pequeno|Campo Pequeno]] uma tourada organizada pela [[Liga dos Combatentes]]. O Presidente da República foi aplaudido e o primeiro-ministro vaiado. No final, nas imediações do Campo Pequeno, registaram-se incidentes entre manifestantes. Spínola estava confiante no sucesso da manifestação de 28 de setembro, mas os seus planos acabaram por sair gorados.<ref name=":1" />
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== Após a Presidência e morte ==
[[Ficheiro:António Spínola.jpg|miniaturadaimagem|279x279px|António de Spínola, na década de 1990.]]
Após a demissão do cargo de Presidente da República e descontente com o rumo dos acontecimentos em [[Portugal]] após a [[Revolução dos Cravos]] (designadamente
A clarificação política que se seguiu ao [[Crise de 25 de Novembro de 1975|25 de Novembro de 1975]] permitiria o seu regresso a Portugal, o que veio a ocorrer em agosto de 1976, num regresso negociado com o então presidente da República, [[António Ramalho Eanes]], e o então primeiro-ministro, [[Mário Soares]], após a dissolução do MDLP em abril de 1976. Foi detido pela PSP à chegada a Lisboa, tendo sido conduzido ao [[Forte de D. Luís I|Forte de Caxias]] para interrogatório acerca da sua ligação ao MDLP. Acabou por ser libertado após 48 horas, após «falta de matéria incriminatória», gerando manifestações de vários sindicatos e movimentos e partidos políticos.<ref name=":1" /><ref name="Tese"/>
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