Palestina (região): diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m |
m Correção dos povos nativos da Palestina Etiquetas: Editor Visual Edição via dispositivo móvel Edição feita através do sítio móvel |
||
Linha 24:
[[Imagem:Israel Byzantine 5c.jpg|esquerda|thumb|Área geográfica da Palestina, conforme definida pelo [[Império Bizantino]], no final do {{séc|IV}}, com as fronteiras das [[diocese]]s da [[Palestina Prima]] e [[Palestina Secunda]]]]
A Palestina, sendo um estreito trecho de favorável passagem entre a África e Ásia, foi palco de um grande número de conquistas, pelos mais variados povos, por se constituir num corredor natural para os antigos exércitos. Em meados do {{-séc|XV}} a região é conquistada pelo faraó [[Tutemés III]], mas será perdida antes de completar 18 de dinastia, para ser novamente reconquistada por [[Seti I]] e por [[Ramessés II]]. Com o enfraquecimento do poder egípcio em finais do {{-séc|XIII}}, a região será invadida pelos [[Povos do Mar]]. Um destes povos, os filisteus, fixa-se junto à costa onde constroem pequenas cidades seu antigo nome Canaã onde já habitava povos nativos. Contemporânea a esta invasão é a chegada das [[Tribos de Israel|tribos hebraicas]], lideradas por Josué onde segundo a mitologia judaica deus ordenou invadir canaã e matar todos. A sua instalação no interior gerou guerras com os
As tribos hebraicas decidem então unir-se para formar uma monarquia, cujo primeiro rei é [[Saul (rei)|Saul]] na pequena região da Judéia. O seu sucessor, [[David]] (início do {{AC|I milénio|x}}) derrota finalmente os
Abrevie-se para afirmar que, salvo breves intervalos, a região foi dominada por outras potências tais como a [[Assíria]] ({{AC|722|x}}), os [[Babilônia|babilônicos]] (fins do {{-séc|VII}}), os [[Aqueménidas|persas aquemênidas]] ({{AC|539|x}}), os [[Alexandre, o Grande|greco/macedónios]] ({{AC|331|x}} permanecendo em poder dos [[Ptolomeu|ptolomaicos]] de 320 a {{AC|220|x}} e dos [[Selêucidas]] de 220 a {{AC|142|x}}) passando por uma retomada pelos locais [[Asmoneus]] que dominaram daí até o ano de {{AC|63|x}} quando sobreveio o domínio [[roma]]no.
Linha 34:
Passando pela divisão do [[Império Romano]], a região viveu entre 324 e 638, extrema prosperidade e crescimento demográfico, sendo de se considerar que a esta altura a população era de maioria cristã, aliás, religião oficial do [[Império Bizantino]], além da presença judaica sempre presente na região. No ano de 614 a região acaba de ser ocupada pelos persas [[Sassânida]]s que mantém seu jugo até o ano de 628 e no ano de 638 toda a região está sob o domínio [[árabes|árabe]] [[muçulmano]].
De 1517 a 1917 o [[Império Otomano]] controla toda região (incluindo [[Síria]] e [[Líbano]]). No {{séc|XIX}} (1850 em diante), judeus perseguidos nos territórios aonde estavam refugiados, começam a
[[Imagem:Palestine_1020BC_Smith_1915.jpg|thumb|Mapa da Palestina Bíblica]]
Durante a [[Primeira Guerra Mundial]], o [[Império Otomano]],
Em 1923 a Grã-Bretanha divide a sua zona em dois distritos administrativos, separados pelo [[rio Jordão]], sendo que os [[Judeus|israelitas]] apenas seriam permitidos na zona costeira, a oeste do rio (cerca de 25% da parte britânica). Os [[árabes]] rejeitam a divisão, receando tornar-se uma minoria e incitados pelo crescente [[nacionalismo árabe]] no médio oriente, assim como apoiando-se no acordo pós [[1ª Guerra Mundial]].
A Grã-Bretanha entrega a resolução do problema às [[Nações Unidas]] em 1947. A [[Assembleia Geral das Nações Unidas]] determina a partilha da parte ocidental da Palestina (os 25% em disputa) entre um Estado
Em 1967, em meio ao crescimento das tensões entre os [[países árabes]] e Israel, a [[força aérea israelense]] lança uma grande ofensiva contra as bases da [[força aérea egípcia]] no Sinai, dando início à chamada [[Guerra dos seis dias]]. Além do Egito, Jordânia e Síria, juntamente com Líbano, Arábia Saudita e Iraque também mobilizam os seus exércitos para a guerra. Afinal, Israel derrota os exércitos árabes em outras tantas frentes, ocupando a [[península do Sinai]] (Egito), as [[Colinas de Golã]] (Síria) e a [[Cisjordânia]] (Jordânia), incluindo [[Jerusalém]]. A partir de então, Israel adota uma política de colonização das áreas ocupadas, construindo as casas para
O presidente americano [[Jimmy Carter]], em 1978, juntou o presidente egípcio [[Anwar Al Sadat]] e o primeiro-ministro israelita ([[Menachem Begin]]) em [[Camp David]], a fim de estabelecer o primeiro tratado de paz entre israelenses e árabes. Foi então acordada a devolução da península do Sinai, retirada das colônias israelenses ali existentes. Em 1982, Israel devolve a península do Sinai ao Egito.
Linha 74:
É também em torno desta data que devido às perseguições, os primeiros emigrantes judeus europeus, [[sionismo|sionistas]], começam a voltar à região palestina e se juntam ao milhares de judeus locais estabelecidos ai. A escola [[Mikveh Israel]] tinha sida fundada em [[1870]] pela [[Alliance Israélite Universelle]], com o objectivo de ensinar aos colonos como cultivar a terra, por forma a obter os melhores resultados. As terras cultivadas por estes colonos eram compradas diretamente da administração Turca.
Apesar das designações oficiais, o termo 'Palestina' foi utilizado informalmente, em sentido lato, não só pelas populações locais como, em algumas situações, também pelos Otomanos; a partir do {{séc|XIX}} a expressão ''Arz-i Filistin'' (A Terra da Palestina) aparece em vários documentos oficiais para indicar
O Império Otomano era um dos membros da [[Tríplice Aliança (1882)|Tríplice Aliança]] e, portanto, inimigo da [[Inglaterra]] na [[Primeira Guerra Mundial]]. Os ingleses, sobretudo a partir do Egito lançaram várias ofensivas contra os otomanos, nomeadamente através das ações de [[Lawrence da Arábia]], o qual, à frente das forças árabes, conquista a região, chegando até [[Damasco]] a [[1º de Outubro]] de [[1918]]. Contudo, um ano antes, a 2 de novembro de 1917, o então ministro britânico dos Assuntos Estrangeiros, [[Arthur James Balfour]], havia enviado a [[Lord Rothschild]] a carta, conhecida como a [[Declaração Balfour]], na qual comprometia a Inglaterra na criação de um estado judaico.
Linha 93:
No final da [[Segunda Guerra Mundial]], os sobreviventes do [[Holocausto]] são impedidos de voltar para a região palestina pela administração britânica. Os ânimos de ambos os lados exaltam-se e são acompanhados por uma escalada de violência que a Inglaterra já não consegue conter.
O Reino Unido, enfraquecido pela guerra e debilitado pela ação dos grupos
O aumento dos conflitos entre judeus, ingleses e árabes forçou a reunião da Assembleia Geral da ONU, realizada em [[29 de Novembro]] de [[1947]], que [[Resolução 181 da Assembleia Geral das Nações Unidas|deliberou a partição]] da região palestina em dois estados, um judeu e outro árabe, que deveriam formar uma união econômica e aduaneira.
|