Valdemar Costa Neto: diferenças entre revisões

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'''Valdemar Costa Neto''' {{pequeno|[[Ordem do Mérito Militar|GOMM]]}} ([[São Paulo]], {{dtlink|11|8| de agosto de 1949}}) é um [[Bacharelado em administração|administrador de empresas]] e político brasileiro, filiado ao [[Partido Liberal (2006)|Partido Liberal]] (PL), de direita. Foi [[Câmara dos Deputados do Brasil|deputadoDeputado federal]] por São Paulo durante seis mandatos,. quandoAtualmente renunciouexerce apósa serfunção [[Açãode Penalpresidente 470|condenado à prisão]] pelo [[Escândalonacional do mensalão|mensalão]]. Mas nunca cumpriu pena porseu completopartido.
 
Filho de [[Waldemar Costa Filho]], começou sua carreira política trabalhando para o pai, até se eleger deputado em 1991. Alcançou a liderança do PL ainda em seu primeiro mandato. Foi da base aliada do [[Governo Itamar Franco|governo Itamar]] e fez oposição ao [[Governo Fernando Henrique Cardoso|governo FHC]].
 
Novamente ao lado do governo durante a [[Governo Lula (2003–2011)|gestão de Lula]], envolveu-se no mensalão, pelo qual foi foi julgado e condenado em 2013 a sete anos e dez meses de prisão por [[corrupção passiva]] e [[lavagem de dinheiro]].
 
Cumpriu pena nos regimes [[regime semiaberto|semiaberto]], [[Regime aberto|aberto]] e domiciliar. Em decorrência de um decreto presidencial de [[Indulto penal|indulto]] natalino, foi posto em liberdade em 2016.
 
Valdemar permaneceu como presidente do PL, aproximando-se do movimento "bolsonarista" e do presidente [[Jair Bolsonaro]], o qual abrigou durante as [[Eleição presidencial no Brasil em 2022|eleições de 2022]]. Com a derrota nas eleições, entrou com uma ação questionado as [[Urnas eletrônicas brasileiras|urnas eletrônicas]], a qual depois se arrependeu e foi derrotado. Em 2024, foi novamente preso após uma busca da Polícia Federal encontrar uma arma ilegal em sua residência.<ref>{{Citar web|url=https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2024-02/moraes-mantem-prisoes-de-ex-assessores-de-jair-bolsonaro|titulo=Moraes mantém prisões de ex-assessores de Jair Bolsonaro|data=2024-02-10|acessodata=2024-02-20|website=Agência Brasil|lingua=pt-br}}</ref> A qual ele usaria para futuros ataques.
 
== Biografia ==
Filho de Emília Caran Costa, '''Valdemar Costa Neto''' seguiutrilhou a trilha acarreira política seguindo os passos de seu pai, [[Waldemar Costa Filho]], eleitoque parafoi oquatro cargovezes deeleito [[prefeito de Mogi das Cruzes]]. porDesempenhou quatrofunções vezes.importantes, Foicomo chefe de gabinete e secretárioSecretário de Obras dedurante seua pai. Por causagestão de suaCosta ligação parentalFilho, ganhou osendo apelidoapelidado de [[wikt:"boy|boy]]" em Brasília.<ref name=":0">{{Citardevido web|url=https://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u60964.shtml|titulo=Costaàs Netosuas tem base em cidade paulista e foi ligado a Maluf|data=19 de maio de 2004|acessodata=2023-01-30|website=Folha deconexões Sfamiliares.Paulo}}</ref>
 
Costa Neto foi eleito e reeleito [[Câmara dos Deputados do Brasil|deputado federal]] por seis vezes, de 1991-1995; 1995-1999; 1999-2003; 2003-2005 (ano em que renunciou, durante o quarto mandato). De 2007 até 2013 exerceu outros dois mandatos e novamente renunciou em 2013, ao ser preso.<ref name="Câmara" />
 
=== Líder do extinto Partido Liberal ===
Escolhido líder da bancada do extinto [[Partido Liberal (1985)|Partido Liberal]] ainda no seu primeiro mandato eletivo, Costa Neto foi onze vezes reeleito para o cargo.<ref name="projeto1589">{{citar web|url=http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/scpro0711.nsf/fccf2026100b84f083256cef004dbdc4/8914b8aa14551c09832577f40061d5c9?OpenDocument|título=PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 1589/2010|acessodata=9 de setembro de 2015}}</ref>
 
Certa vez durante a [[Eleições estaduais em São Paulo em 1990|eleição de 1990]], [[Paulo Maluf]] percorreu vários municípios de São Paulo apresentando candidatos, entre eles Valdemar. Durante os comícios, chamava-os para a frente do palanque. Numa última parada, às 22h da noite, os deputados já exaustos decidiram ir num bar famoso por seu [[chope]]; quando Maluf os chamou, não estavam lá.<ref>{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/3/30/brasil/3.html|titulo=Claro ou escuro|data=30/3/1995|acessodata=2024-01-17|website=Folha de S.Paulo}}</ref>
 
=== Base aliada ao Governo Itamar ===
Valdemar Costa foi liderança política da administração do presidente [[Itamar Franco]] no [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional]].<ref name="projeto1589" />{{Fonte melhor}}
 
A atuação política de Valdemar Costa Neto na Câmara dos Deputados, por outro lado, logo foi reconhecida em sua vocação fiscalizadora.<ref name="projeto1589" /> Foi titular da [[comissão parlamentar de inquérito]] (CPI) que investigou a privatização da [[VASP]] (companhia aérea pertencente ao [[Governo do estado de São Paulo|governo de São Paulo]]), no curso de seu primeiro mandato.<ref name="projeto1589" />
 
==== Escândalo de Itamar no carnaval ====
No carnaval de 1994, Valdemar foi um "pivô involuntário" do [[Foto de Itamar Franco e Lilian Ramos sem calcinha|escândalo de Itamar com uma modelo]] (o presidente foi fotografado junto a modelo Lílian Ramos, que estava sem calcinha). Foi o deputado que levou Lílian ao camarote presidencial. Com a repercussão, Valdemar desmentiu insinuações da imprensa que a modelo seria [[garota de programa]] e disse que ela apenas queria conhecer o presidente: "Jamais passou pela cabeça dela que ia dar nisso aí".<ref>{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/2/18/brasil/9.html|titulo='Ela só queria conhecer Itamar'|data=18/2/1994|acessodata=2024-01-17|website=Folha de S.Paulo}}</ref> Depois de passada a polêmica, Lílian ainda consideraria se candidatar a deputada federal pelo PL, partido "com o qual mais se identifica".<ref>{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/4/29/brasil/2.html|titulo=Candidata liberal|data=29/4/1994|acessodata=2024-01-17|website=Folha de S.Paulo}}</ref> Valdemar aceitou apadrinhá-la, dizendo à ''Folha'' que esperava 200 mil votos.<ref>{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/5/05/brasil/14.html|titulo=É o que faltava|data=5/5/1994|acessodata=2024-01-17|website=Folha de S.Paulo}}</ref> Em fevereiro de 1995, perguntado por Lilian se iria novamente ao [[Carnaval do Rio de Janeiro|carnaval no Rio]], respondeu prontamente que "nunca mais".<ref>{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/2/22/brasil/1.html|titulo=Sem folia|data=22/2/1995|acessodata=2024-01-17|website=Folha de S.Paulo}}</ref>
 
Ao longo de sua trajetória, foi eleito e reeleito deputado federal por seis mandatos consecutivos, nos períodos de 1991-1995, 1995-1999, 1999-2003, 2003-2005, 2007-2011 e 2011-2015. Renunciou ao mandato na Legislatura 2003-2007 em 1º de agosto de 2005, e novamente na Legislatura 2011-2015 em 5 de dezembro de 2013.
Ainda tratando do caso, uma matéria de [[Josias de Souza]], da ''[[Folha de S.Paulo]]'', descreveu Valdemar como "amigo dos [[bicheiros]] cariocas".<ref>{{Citar web|autorlink=Josias de Souza|url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/2/20/brasil/17.html|titulo=Itamar permitiu entrada de mulheres|data=20/2/1994|acessodata=2024-01-17|website=Folha de S.Paulo|autor=Josias de Souza|citacao=[...] acompanhada do deputado Valdemar Costa Neto (PL-SP), amigo dos bicheiros carioca.}}</ref> Em resposta, o deputado declarou não conhecer qualquer bicheiro, "carioca ou de qualquer outro Estado". Disse ainda que: "O equívoco de sua matéria talvez se deva ao fato de a escola campeã do Carnaval carioca [a [[Imperatriz Leopoldinense]]] ter como dirigente o pai de um vereador do PL carioca. Segundo a imprensa, este senhor seria banqueiro de bicho. Se o é ou não, não sei, e ainda não tive a oportunidade de conhecê-lo".<ref>{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/2/25/painel/1.html|titulo=Amizade com bicheiros|data=25/2/1994|acessodata=2024-01-17|website=Folha de S.Paulo|autor=Valdemar Costa Neto}}</ref>
 
'''Valdemar Costa Neto''' é casado com Dana Vidal Costa, com quem tem a filha Catarina Vidal Costa. Também é pai de Waldemar Augusto, Carlos Eduardo e Paulo Marcelo.
Em agosto de 1994, Costa Neto denunciou ao presidente o [[Agência Nacional de Vigilância Sanitária|secretário Nacional de Vigilância Sanitária]]. João Geraldo Martinelli. Segundo ele, Marinelli "manipulava a lei" para favorecer moinhos de trigo, numa reação à secretaria municipal de Abastecimento de São Paulo, na época liderada por seu pai, Waldemar Costa. Logo após o secretário exigir que os moinhos adequassem seus produtos aos padrões de consumo, a vigilância sanitária baixou uma portaria alterando o grau aceitável de impurezas na [[farinha de trigo]].<ref>{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/8/24/cotidiano/28.html|titulo=Deputado acusa secretário de "manipular lei"|data=24/8/1994|acessodata=2024-01-17|website=Folha de S.Paulo}}</ref>
 
=== Oposição ao governo FHC ===
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Valdemar denunciou em 30 de junho de 1995 a desorganização e corrupção no [[Aeroporto Internacional de Cumbica]], em [[Guarulhos]], após um caso trágico que aconteceu com ele. Um cunhado seu havia falecido no aeroporto de Miami, em 1993. Quando o corpo foi liberado pelas autoridades americanas e transportado para o Brasil, Valdemar e o inspetor da [[Alfândega]], Almir Teixeira Xavier, que ele mesmo havia indicado para o cargo, demoraram quatro horas para encontrá-lo nos depósitos. Almir foi exonerado do cargo dez dias depois.<ref>{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/6/30/cotidiano/22.html|titulo=Corpo 'some' em depósitos e exige busca de 4 horas|data=30/6/1995|acessodata=2024-01-17|website=Folha de S.Paulo|autor=Lucio Vaz}}</ref> A ''Folha'' depois revelaria que o cargo na alfândega era procurado por Valdemar desde Collor;<ref>{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/6/30/cotidiano/21.html|titulo=Cargo foi 'negociado' durante impeachment|data=30/6/1995|acessodata=2024-01-17|website=Folha de S.Paulo}}</ref> segundo o deputado o cargo era útil porque "você pode quebrar um monte de galho. O pessoal chega do exterior e pede para liberar a bagagem. Você ajuda a encontrar uma carga."<ref>{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/6/30/cotidiano/20.html|titulo=Deputado diz que há tráfico de influência em alfândega|data=30/6/1995|acessodata=2024-01-17|website=Folha de S.Paulo}}</ref>
 
Valdemar Costa Neto e seu partido foram para a oposição no final do primeiro ano do [[Governo Fernando Henrique Cardoso|governo FHC]].<ref name="projeto1589">{{citar web|url=http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/scpro0711.nsf/fccf2026100b84f083256cef004dbdc4/8914b8aa14551c09832577f40061d5c9?OpenDocument|título=PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 1589/2010|acessodata=9 de setembro de 2015}}</ref>{{Fonte melhor}} A partir do rompimento com o governo tucano, Valdemar Costa Neto iniciou uma rotina de denúncias que tinham como foco irregularidades no [[Ministério das Comunicações (Brasil)|Ministério das Comunicações]], [[BNDES|Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]] (BNDES) e o [[Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas]] (SEBRAE).<ref name="projeto1589" />{{Fonte melhor}}
 
O conteúdo das denúncias de Valdemar Costa Neto questionava procedimentos administrativos que favoreciam banqueiros, empresas aéreas e procedimentos relacionados aos leilões de privatização que venderam empresas públicas brasileiras.<ref name="projeto1589" />
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== Vida pessoal ==
É filho de [[Waldemar Costa Filho]] e de Emília Caran Costa.<ref name=":0">{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u60964.shtml|titulo=Costa Neto tem base em cidade paulista e foi ligado a Maluf|data=19 de maio de 2004|acessodata=2023-01-30|website=Folha de S.Paulo}}</ref> Casou-se com Nara Aparecida Costa em 1979, com quem teve três filhos, Waldemar Augusto, Carlos Eduardo e Paulo Marcelo. Divorciou-se em 1993. Depois, casou-se com Maria Christina Mendes Caldeira em 2003, divorciando-se no ano seguinte.<ref>{{Citar web|ultimo=|primeiro=|url=https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2021/06/13/interna_politica,1276326/ex-mulher-de-valdemar-costa-neto-e-motorista-de-uber-em-miami.shtml|titulo=Ex-mulher de Valdemar Costa Neto é motorista de Uber em Miami|data=2021-06-13|acessodata=2024-01-17|website=Estado de Minas|autor=Vicente Nunes|lingua=pt-BR}}</ref>
 
Atualmente é casado com Dana Vidal Costa, com quem tem uma filha, Catarina Vidal.{{Carece de fontes}}