Milícia da Imaculada
A Milícia da Imaculada (M.I.) também chamada de "Exército da Imaculada"[1] é uma associação pública dos fiéis cristãos, criada em 16 de Outubro de 1917, em Roma, destinada ao apostolado católico e mariano, que tem como ideal: "Conquistar o mundo inteiro a Cristo através da Imaculada Conceição[2]".
Em 28 de março de 1919 o Papa Bento XV concedeu aos membros da Milícia da Imaculada bênção verbal, e logo em seguida deu a bênção por escrito. Sendo no entanto aprovada oficialmente pela Igreja em 2 de Janeiro de 1920.
Foi inicialmente fundada no Colégio Internacional dos Freis Menores Conventuais, em Roma, na rua São Teodoro nº42, pelo santo mártir Frei Maximilian Kolbe e mais seis outros seis franciscanos conventuais, para fazer face à grande hostilidade contra Igreja e ao Papa por parte da maçonariaque se fazia sentir nessa altura[3].
Os seus objectivos, nessa iniciativa, pelas palavras exactas do seu fundador, em 1938, são: "Fazer tudo o que puder para a conversão dos pecadores, hereges, cismáticos e assim por diante, acima de tudo os maçons, e para a santificação de todas as pessoas, sob o patrocínio da Santíssima Virgem Maria , a Medianeira Imaculada[4]."
Começou por desenvolver o que chamou de "Cidade da Imaculada" e que abrigava 672 religiosos[5], onde instalou uma tipografia católica e, em 1922, edita a revista mariana "Cavaleiro da Imaculada", , destinada aos operários e camponeses.
Depois ao se deslocar como missionário para Nagasaki, fundou aí uma segunda Cidade da Imaculada onde reproduz a mesma revista mariana conhecida por "Revista Azul", impressa em japonês[6], que alcançou, em 1938, a tiragem de um milhão de exemplares. Chegou a instalar uma emissora de rádio e a estender suas atividades apostólicas até o Japão: entre 1930 e 1936.
Em 17 de Fevereiro de 1941 ele é preso pela Gestapo devido ao receio da grande influência que a revista e publicações marianas exerciam, dirigidas por ele, condenado a trabalhos forçados e depois assassinado em Auschwitz em 25 de Maio em condições muito heróicas e cristãs.
A actividade deste movimento esteve parada na União Soviética, com o comunismo mas depois, com a Queda do Muro de Berlim sofreu uma enorme expansão na sua terra natal com milhares de leigos e colaboradores.
No Brasil, em 1996, é fundada a sua congénere Associação da Milicia da Imaculada que cria a Rede Milícia Sat que se torna maior rede de rádio do Brasil com alcance a outros países da América Latina e do Norte, Europa e Continente Africano. Assim como neste momento tem o seu próprio canal de televisão[7].
No USA é igualmente muito activa e conhecida e por "Militia Immaculata" ou "Army of the Immaculate" assim como os seus membros por "Knights of the Immaculata".
As formas de apostolado
1. Rezar, fazer penitência, oferecer a Deus os cansaços e os sofrimentos quotidianos da vida; dirigir-se, possivelmente todos os dias, à Imaculada com esta oração jaculatória: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que a você recorremos a Vós, e por todos quantos não recorrem a Vós, especialmente pelos inimigos da Santa Igreja e por todos quantos são a Vós recomendados.”
2. Usar qualquer meio válido e legítimo à disposição para a conversão e a santificação dos homens, mas, sobretudo, a imprensa e a medalha milagrosa. Fazer-se, assim, intérpretes esperados do Evangelho e capazes de suscitar escolhas cristãs e vocacionais com a oração, a penitência, o bom exemplo, a cordialidade, a doçura, a bondade, como reflexo das acções da Imaculada (cf. SK 97)[8].
Referências
- ↑ Quem Somos?, Milícia da Imaculada do Brasil
- ↑ Nossa História, Santuário Jardim da Imaculada
- ↑ Associação pública dos fiéis fundada por São Maximiliano Kolbe em 1917, Missionárias da Imaculada Padre Kolbe
- ↑ Quem Somos?, Milícia da Imaculada do Brasil
- ↑ S. Maximiliano Maria Kolbe, presbítero, mártir, +1941, evangelizo.org, 14 de Agosto de 2013
- ↑ S. Maximiliano Maria Kolbe, presbítero, mártir, +1941, evangelizo.org, 14 de Agosto de 2013
- ↑ História da Milícia da Imaculada, 94 anos
- ↑ Associação pública dos fiéis fundada por São Maximiliano Kolbe em 1917, Missionárias da Imaculada Padre Kolbe