Alexander Kluge: diferenças entre revisões

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==Biografia==
'''Alexander Kluge''' nasceu em 14 de fevereiro de 1932 em Halberstadt (Alemanha). Escritor e advogado (estudou direito, história e música sacra), é considerado um dos fundadores do Novo Cinema Alemão pelo seu papel como líder na elaboração do Manifesto de Oberhauser - o famoso documento de 1962, assinado por 26 pensadores alemães que reinvindicou abertamente o desejo de um renascimento de um cinema livre em suas idéias e linguagem. Em pouco tempo, Kluge tornou-se uma figura central e o porta-voz do movimento e, não por coincidência, em 1981 Rainer Werner Fassbinder dedica-lhe o seu Filme Lola.
 
'''Kluge''' manteve forte vínculo intelectual com Theodor Adorno e continua sendo uma figura central no debate intelectual, colocando-se sempre otimista e entusiasticamente a favor de novas idéias e novas iniciativas.
 
Ativo desde 1958 como assistente de direção de Fritz Lang no filme O tigre de Bengala e diretor do Institut für Filmgestaltung in Ulm desde 1962 - a primeira escola de cinema na Alemanha Ocidental fundada no período do Manifesto - Kluge é, desde o seu primeiro filme, um dos protagonistas da renovação do Festival de Veneza, onde esteve presente com seu trabalho nada menos do que cinco vezes e que, pela lista de prêmios recebidos, faz dele o cineasta mais premiado do Festival. Kluge recebeu o Leão de Prata em 1966 pelo filme Despedida de Ontem e em 1968 o Leão de Ouro pelo filme Artistas na cúpula do circo: perplexos.
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Como escritor, Alexander Kluge recebeu em 2003 o Georg-Büchner-Preis, o mais renomado prêmio literário alemão. Escreveu romances e ensaios políticos e filosóficos: O que há de político na política (com Oskar Negt, 1999), Esfera pública e experiência (1993), Der Unterschätzte Mensch (2001); Chronik der Gefühle (2000), Die Lücke, die der Teufel lässt (2003), Tür an Tür mit anderem Leben (2006). Seu último livro, Histórias do Cinema (Geschichten vom Kino), é divido em pequenos ensaios com suas impressões sobre o cinema e foi lançado em 2007 pela editora Suhrkamp.
 
==A presença de Kluge na Televisão==
A contribuição de Kluge para a vida cultural da televisão alemã não deve ser subestimada. Sua entrada para a TV coincide, entre várias coisas, com o advento da TV privada na Alemanha. Ele foi bem sucedido ao buscar modificações para o Rundfunkstaatsvertrag (acordo interestadual de transmissão) e propor que estações comerciais permitam a exibição de programas de interesses especiais produzidos por uma terceira parte. A partir de 1988, Kluge usou alguns desses nichos de programas de interesse especial para mostrar suas próprias produções, feitas pela recém estabelecida companhia, a dctp.