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'''Quinto Sertório''' (em [[latim]] ''Quintus Sertorius'', [[Nórcia]], c.[[122 a.C.]] - [[Huesca]], [[72 a.C.]]) foi um [[general]] e [[Roma Antiga|romanopolítico]] que havia militado na [[PrimeiraRoma guerra civil de SulaAntiga|guerra civilromano]]. entreTomou [[Lúcioo Cornéliolado Sula]] ede [[Caio Mário]]. Depois dena [[SegundaPrimeira guerra civil de Sula|vencidoguerra civil]] esteque último,opôs refugiou-seo comopartido proscritodeste nasao terrasde [[África|africanas]]Lúcio eCornélio maisSula|Lúcio tardeCornélio na [[LusitâniaSila]].
 
Em [[83 a.C.]] foi enviado como [[procônsul]] para a [[Península Ibérica]], onde assumiu o governo tanto da [[Hispânia Ulterior]] como da [[Hispânia Citerior|Citerior]]. Após a vitória de [[Lúcio Cornélio Sula|Sila]] em [[Itália]], este enviou contra Sertório um exército sob o comando de [[Caio Ânio]] que o expulsou das suas províncias, forçando-o a levar uma vida de salteador em terras [[África|africanas]].
Colocado à testa dos [[lusitanos]], Quinto Sertório, tido como guerreiro hábil, lograra derrotar sucessivamente diversos generais romanos. Por outro lado, tido também como político e sábio administrador, logrou insinuar-se, pouco a pouco, entre as diferentes tribos, introduzindo vários elementos dos costumes romanos. Fez com que as crianças, filhas dos chefes tribais, fossem à escola em [[Huesca|Osca]], onde receberam uma educação romana e adoptavam as vestes dos jovens romanos. Depois de uma revolta das tribos, Sertório executou diversas destas crianças, filhos dos chefes tribais que ele tinha enviado para a escola em Osca, e vendeu as sobreviventes como escravas<ref>[[Plutarco]], {{en}} [http://etext.library.adelaide.edu.au/mirror/classics.mit.edu/Plutarch/sertoriu.html ''Sertorius'']</ref>.
 
Sertório iniciou em [[80 a.C.]] uma campanha na [[Península Ibérica]] para recuperar as suas províncias, após os [[lusitanos]] lhe terem prometido o seu apoio e o terem convidado a ser seu líder.
Sertório, porém, acabou assassinado num banquete por [[Perpena|Perpena]], um dos lugares-tenentes que contra ele conspiraram. A sua morte deixou a [[Lusitânia]] completamente à mercê dos conquistadores romanos. A política de assimilação, adoptada pelo governo de Roma em relação às suas conquistas, acabou por transformar o território numa [[província romana|província do império]], facto para que até certo ponto concorrera a administração de Sertório ao tentar implantar entre os lusitanos os usos e os costumes da civilização romana.
 
ColocadoGeneral à testa dos [[lusitanos]]hábil, Quintoderrotou Sertório,então tidosucessivos comoexércitos guerreiroromanos hábil,enviados lograraconra derrotar sucessivamente diversos generais romanossi. Por outro lado, tido também como político e sábio administrador, logrou insinuar-se, pouco a pouco, entre as diferentes tribos, introduzindo vários elementos dos costumes romanos. Fez com que as crianças, filhas dos chefes tribais, fossem à escola em [[Huesca|Osca]], onde receberamrecebiam uma educação romana e adoptavam as vestes dos jovens romanos. Depois de uma revolta das tribos, Sertório executou diversas destas crianças, filhos dos chefes tribais que ele tinha enviado para a escola em Osca, e vendeu as sobreviventes como escravas<ref>[[Plutarco]], {{en}} [http://etext.library.adelaide.edu.au/mirror/classics.mit.edu/Plutarch/sertoriu.html ''Sertorius'']</ref>.
 
Sertório dominou grande parte da [[Península Ibérica]] até à sua morte, derrotando sucessivamente os exércitos, comandados pelos generais romanos com mais reputação na época, como [[Pompeu|Cneu Pompeio]] ou [[Quinto Cecílio Metelo Pio]], enviados contra si. O seu sucesso levou também a que os seus domínios na [[Península Ibérica]] servissem de refúgio a vários romanos fugidos de [[Roma]] em virtude dos sobressaltos políticos lá vividos. Um reforço substancial que recebeu terá sido aquele levado por [[Marco Perperna Veientão]] em [[77 a.C.]] após a derrota em [[Itália]] da revolta conduzida por [[Marco Emílio Lépido|Lépido]].
 
Nos últimos anos da sua vida, no entanto, a pressão exercida pelos comandantes romanos resultou em várias derrotas para Sertório, que foi perdendo algum território e apoio por parte das tribos indígenas. Depois de uma revolta destas tribos, Sertório executou diversas das crianças filhas dos chefes tribais que ele tinha enviado para a escola em [[Osca]] e vendeu as sobreviventes como escravas.
 
Sertório foi assassinado num banquete pelo seu lugar-tenente [[Marco Perperna Veientão|Perperna]] e por outros dos seus oficiais. A sua morte significou o rápido colapso da resistência contra o poder estabelecido em [[Roma]].
 
Sertório, porém, acabou assassinado num banquete por [[Perpena|Perpena]], um dos lugares-tenentes que contra ele conspiraram. A sua morte deixou a [[Lusitânia]] completamente à mercê dos conquistadores romanos. A política de assimilação, adoptada pelo governo de [[Roma]] em relação às suas conquistas, acabou por transformar o território numa [[província romana|província do impérioromana]], facto para que até certo ponto concorrera a administração de Sertório ao tentar implantar entre os lusitanos os usos e os costumes da civilização romana.
 
O nome de Sertório está ligado à lenda da fundação da [[Sertã#Lenda da fundação da Sertã|Sertã]].
 
[[Plutarco]] dedicou-lhe uma biografia das suas ''[[Vidas Paralelas]]'', em que o comparou a [[Euménio de Cárdia]], um general de [[Alexandre Magno]]: "Ambos nasceram para liderar e eram dotados de grande talento para a guerra e de habilidade para frustrarem os seus inimigos; ambos estavam exilados dos seus países, comandavam soldados estrangeiros e, nas suas mortes, sofreram uma Fortuna que lhes foi dura e injusta, pois ambos foram vítimas de conspirações e foram mortos pelos mesmos homens com quem tinham vencido os seus inimigos."<ref>Plutarco, ''Sertório'', 1.6</ref>
 
{{ref-section|Notas}}
<references />
 
==Bibliografia==
Plutarco, ''Sertório - Euménio'', [[Sementes de Mudança]], Évora, 2008.
 
=={{Ver também}}==