Convenção de Évora Monte: diferenças entre revisões

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* a imediata e incondicional rendição de D. Miguel e de todas as suas forças, com a deposição e entrega das suas armas aos liberais;
* [[amnistia]] geral para todos os crimes políticos cometidos desde [[1 de Agosto]] de [[1826]];
* licença para que os amnistiados pudessem sair livremente do Reino e dispor dos seus bens, mediante o compromisso de não mais se intervirintervirem nos negócios políticospúblicos do Reino de Portugal;
* a promessa, da parte dos liberais, da não perseguição dos apoiantes de D. Miguel;
* o pagamento anual ao infante D. Miguel de uma pensão vitalícia no valor de 60 contos de réis, podendo o princípe dispor livremente de todos os seus bens particulares; D. Miguel deveria porém abandonar a Península Ibérica ''ad æternum'' dentro do período de quinze dias subsequente à assinatura da convenção, a bordo de um navio estrangeiro, devendo ainda assinar uma declaração pela qual se comprometia a jamais regressar a território português, metropolitano ou colonial, nem a intervir nos negócios públicospolíticos do Reino ou, de qualquer outra forma, contribuir para destabilizar o País.
 
== Consequências ==
Embora o conflito armado, verdadeira guerra fratricida, tenha acabado com a assinatura da concessão, os velhos ódios permaneceram ainda durante muitos anos (o que explica as constantes revoltas ao longo dos anos subsequentes, e certos fenómenos de banditismo, como por exemplo do salteador [[José do Telhado]] ou o [[Remexido]]); a juntar-se a isso, o esforço de reconstrução de um país destruído e depauperado pelas guerras havia mais de 30 anos ([[Guerra das Laranjas]], [[Guerra Peninsular]], [[Guerras Liberais]]).
 
D. Miguel, cujo amor pelo país era apesar de tudo genuíno, entregou as suas jóias pessoais para poder cobrir parte da dívida de guerra, tendo embarcado no [[Porto de Sines]] no dia [[1 de Junho]] em direcção a [[Génova]], no [[Piemonte]], donde viria depois a partir para a [[Áustria]]. Ao chegar à cidade piemontesa, porém, lavrou um manifesto no qual tornou público o seu protesto contra as condições que lhe foram impostas, afirmando que a capitulação de [[Evoramonte]] deveria ser considerada «''nula e de nenhum efeito''».