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Um '''aborto''' ou '''interrupção da gravidez'''<sup><small>(ver [[#Definições|terminologia]])</small></sup> é a remoção ou expulsão prematura de um [[embrião]] ou [[feto]] do [[útero]], resultando na sua [[morte]] ou sendo por esta causada<ref>[[Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa]]</ref>. Isto pode ocorrer de forma [[aborto espontâneo|espontânea]] ou artificial, provocando-se o fim da gestação, e conseqüentementeconsequentemente o fim da vida do feto, mediante técnicas [[medicina|médicas]], [[cirurgia|cirúrgicas]] entre outras.
 
Após 180 dias (seis meses) de gestação, quando o feto já é considerado viável, o processo tem a designação médica de ''parto prematuro''<ref>Nova Enciclopédia Larousse, Volume 1, Pág. 22</ref>. A terminologia "aborto", entretanto, pode continuar a ser utilizada em geral, quando refere-se à indução da morte do feto.
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Novos estudos do Hospital Chelsea, realizados pela Dra. Vivette Glover em [[Londres]] sugerem que a dor fetal pode estar presente a partir da décima semana de vida do feto. O que justificaria, segundo os proponentes do aborto, o uso de anestésicos para diminuir o provável sofrimento do feto <ref>http://www.webciencia.com/01_aborto.htm</ref>.
 
Não existem estudos satisfatórios sobre outras sensações psicológicas que podem ser apresentadas pelo feto além da dor. Em um vídeo de ultrossonografiaultrassonografia de um aborto incluído no documentário "O Grito Silencioso", de 1984, o Dr. Bernard N. Nathanson, outrora famoso promotor do aborto nos EUA, afirma mostrar um feto de 12 semanas vivenciando uma sensação semelhante ao "pavor" ao tentar escapar, sem sucesso, de um instrumento de sucção que o dilacera aos poucos. <ref>"The Silent Scream" - documentário que mostra ultrassom de um aborto de 12 semanas
http://www.cleofas.com.br/virtual/texto.php?doc=VIDEOS&id=vid0001</ref>.
 
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_uids=15999304&dopt=Abstract "Diagnostic categorization of post-abortion syndrome"], ''Actas Esp Psiquiatr''. 2005 Jul-Aug;33(4):267-72.</ref>. Alguns estudos, no entanto, concluem que alguns destes sintomas são consequência da proibição legal e/ou moral do aborto e não do acto em si. {{sem fontes|data=Janeiro de 2009}}
 
Entretanto, tal síndrome teria sido catálogadacatalogada em inúmeras pesquisas, entre elas a do dr. [[Vincent Rue]] que no estudo da Desordem Ansiosa Pós-Traumática (DAPT), presente em ex-combatentes do Vietnã, que teria sua correspondente na síndrome pós-aborto (SPA). Algumas estatísticas de organizações pró-vida argumentam que há um aumento de 9% para 59% nos índices de distúrbios psicológicos em mulheres que se submetem ao aborto<ref>http://www.acidigital.com/vida/aborto/mentiras.htm</ref>.
Outro estudo, do [[Royal College of Psychiatrists]], a associação dos psiquiatras britânicos e irlandeses, considerou que o aborto induzido pode trazer distúrbios clínicos severos para a mulher, e que essa informação deve ser passada para a mesma, antes da opção pelo aborto. Esse estudo foi repassado a população pelo Jornal Britânico [[Sunday Times]]<ref>http://culturadavida.blogspot.com/2008/03/psiquiatras-afirma-que-aborto-pode.html</ref>.
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of adults born from unwanted pregnancies, their siblings, and matched controls; A 35-year follow-up study from Prague, Czech Republic. Journal of Nervous and Mental Disease, 190, 653-552.</ref>
 
Uma opinião contrária, entretanto, apresentada por grupos pró-vida, seria que, mesmo que sejam encontradas correlações estatísticas entre gravidezes indesejadasindesejáveis e situações consideradas psicologiamentepsicologicamente ruins para as crianças nascidas, esta situação não pode ser comparada com a de crianças abortadas, visto que estas não estão vivas. Uma "situação de vida" não seria passível de comparação com uma "situação de morte", visto a inverificabilidade desta enquanto situação possivelmente existente (a chamada "vida após a morte") pelos métodos científicos disponíveis. Como não se pode estipular se uma situação ruim de vida, por pior que fosse, seria pior que a morte, o aborto, no caso, não poderia ser apresentado como solução, visto que não dá a capacidade de escolha ao envolvido, enquanto ainda é um feto <ref>PATTO, Pero Vaz. "Pela Vida, contra o aborto: Respostas e argumentos". http://www.federacao-vida.com.pt/vida/Artigos/artigos/respostaseargumentos.htm</ref> <ref>PATTO, Pero Vaz. "Pelo Não: Respostas e argumentos" http://www.abortonao.net/argumentario.html</ref>.
 
===ConseqüênciasConsequências para a sociedade===
 
*''ConseqüênciasConsequências positivas'':
 
Em um [[:en:Legalized abortion and crime effect|estudo polêmico]] de [[Steven Levitt]] da [[Universidade de Chicago]] e [[John Donohue]] da [[Universidade Yale]] associa a legalização do aborto com a baixa da [[taxa de criminalidade]] na cidade de [[Nova Iorque]] e através dos Estados Unidos. Tal estudo apresenta, com base em dados de diversas cidades norte-americanas e com significância estatística, o possível efeito da redução dos índices de criminalidade onde o aborto é legal. Ainda segundo os autores, estudos no [[Canadá]] e na [[Austrália]] apontariam na mesma direção<ref>http://en.wikipedia.org/wiki/Legalized_abortion_and_crime_effect</ref>.
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F Okonofua - J Obstet Gynaecol Can,2006 Nov;28(11):974-9. </ref>. Para o [[Ministério da Saúde (Brasil)|Ministro da Saúde brasileiro]], [[José Gomes Temporão]], defensor da legalização do aborto, a descriminação do aborto deveria ser tratada como problema de saúde pública<ref>http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u307116.shtml</ref>.
 
*''ConseqüênciasConsequências negativas'':
 
Como conseqüênciasconsequências negativas da legalização do aborto na sociedade, apontam-se, entre outras: a banalização de sua prática, a disseminação da [[eugenia]], a submissão a interesses mercadológicos de grupos médicos e empresas farmacológicas, a diminuição da população, o controle demográfico internacional, a desvalorização generalizada da vida, o aumento de casos de síndromes pós-aborto. <ref>http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=8562</ref> <ref>http://www.providafamilia.org.br/doc.php?doc=doc45845</ref> <ref>http://www.lifesitenews.com/ldn/2008/jul/08072904.html</ref>
 
==Procedimentos empregados para o aborto induzido==
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===Aborto por "Nascimento Parcial"===
 
O aborto por ECI (esvaziamento craniano intra-uterino), ou aborto com nascimento parcial, é uma técnica utilizada para interromper a gravidez avançada (entre 20 e 26 semanas). <ref>http://sistemas.aids.gov.br/imprensa/Noticias.asp?NOTCod=51645</ref> Guiado por ultra-som, o médico agarra a perna do feto com um fórceps, puxa-a para o canal vaginal, e então puxa seu corpo inteiro para fora do útero, com excessãoexceção da cabeça. Faz então uma incisão na nuca, inserindo depois um catéter para sugar o cérebro do bebê e então retirá-lo por inteiro do corpo da mãe (dependendo da legislação do país, se o bebê respirar o ato configura-se como infanticídio, podendo ser punido pela lei). <ref>http://www.nrlc.org/ABORTION/pba/diagram.html</ref> <ref>http://www.nrlc.org/abortion/pba/PBA_Images/PBA_Images_Heathers_Place.htm</ref>.
 
Esta técnica tem sido alvo de intensas polêmicas nos EUA. Em 2003 sua prática foi proibida no país, gerando revoltas de movimentos pró-aborto. <ref> http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2003/11/031106_abortoeua.shtml</ref>.