Música tonal: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
José99 (discussão | contribs)
m
Linha 96:
|}
 
É preciso deixar bem claro que a tonalidade sozinha não determina o caráter de um trecho musical. Assim, por exemplo, a Quinta Sinfonia de [[Beethoven]] tem um caráter dramático e violento, assim como a [[Sonata Patética]], o Concerto para Piano no. 3 e outras peças de Beethoven e [[Mozart]] escritas nessa mesma tonalidade (dó menor). No entanto, o Concerto para piano no. 2 de [[Rachmaninoff]] é uma peça romântica clara e luminosa, onde não há o menor sinal de angústia ou qualquer sentimento opressivo - e está escrito em dó menor, a mesma tonalidade da Quinta Sinfonia de Beethoven!.
 
A tonalidade de ré menor tinha um significado dramático especial para Mozart, que escreveu nesta tonalidade a ária da Rainha da noite no segundo ato de [[A Flauta Mágica]], ''Der Hölle Rache kocht in meinem Herzen'' (A vingança do inferno coze no meu coração) e a ária de Electra em [[Idomeneo]], ''Tutte nel cor vi sento, furie del crudo averno'' (Eu sinto no peito todas as Fúrias do inferno), nas quais predomina o ódio e o desejo de vingança. A tonalidade de ré menor também está intimamente associada à ópera [[Don Giovanni]], em que ela aparece logo no começo da abertura, e na cena final, em que o espírito do comendador aparece para arrastar a alma de Don Giovanni para o inferno. Por fim, ré menor é a tonalidade da última obra de Mozart, a Missa de Requiem.