Campeonato Paulista de Futebol de 1973: diferenças entre revisões

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O '''Campeonato Paulista de Futebol de 1973''' teve a [[Associação Portuguesa de Desportos|Portuguesa]] e o [[Santos Futebol Clube|Santos]] como campeões.
 
Dois clubes foram declarados campeões por conta de váriosum erroserro de arbitragem durante a disputa de pênaltis da partida final e também devido ao regulamento do campeonato. A decisão entre time campeão do primeiro turno (Santos) e o time campeão do segundo turno (Portuguesa), terminou empatada em 0x0 após0 a anulação0. deCom umo golempate datambém Portuguesana prorrogação, anotadoa pelodecisão jogadorfoi [[Cabinho]]para os pênaltis. IssoO gerouárbitro muitaArmando discussãoMarques eerrou protestosna porcontagem partee daencerrou equipeas paulistana.cobranças Oquando famosoo árbitroplacar Armandomarcava Marques2 anuloua 0 para o golSantos, alegandoembora impedimentoa Portuguesa ainda tivesse duas cobranças por efetuar. Havia, compois, oa quepossibilidade osdo jogadoresempate rubro-verdese a respectiva continuação das cobranças de forma alternada até se chegar ao nãoverdadeiro concordaramvencedor.
 
Após o apito do juiz e a comemoração santista, os jogadores da Portuguesa desceram para os vestiários. Os jogadores do alvinegro comemoraram muito e os lusos aceitaram a derrota com resignação. Porém, ainda faltavam duas cobranças para cada equipe. Algum tempo depois, ao preencher a súmula, Armando Marques percebeu o erro. "Estão falando em erro de direito, mas não houve nada disso", explicou Marques no dia seguinte. "O que houve mesmo foi erro de [[Mobral]]. Agora, comigo erraram dezenas de milhares de pessoas que viram o jogo. Não apareceu ninguém, mas ninguém para me dizer nada. Só depois de quinze minutos vieram me alertar."<ref>"Armando, ainda abalado", ''Jornal da Tarde'', 28/8/1973, pág. 25</ref> Ele mandou chamar os atletas da Portuguesa e do Santos para completarem as cobranças, mas já era tarde: embora os jogadores do Santos tenham se apressado para voltar ao campo, Armando foi informado de que os jogadores da Portuguesa já tinham deixado o estádio<ref>"O que dizem os relatórios", ''Jornal da Tarde'', 28/8/1973, pág. 25</ref>.
Com a anulação do gol e o empate no tempo regulamentar, a decisão foi para os pênaltis. Nos pênaltis, mais um erro do árbitro. Armando Marques encerrou as cobranças quando o placar marcava 3x1 para o Santos. Após o apito do juiz e a comemoração santista, os jogadores da Portuguesa desceram para os vestiários. Por incrível que pareça, nem santistas nem lusos perceberam o erro matemático da arbitragem.
 
Após muitos protestos da Portuguesa, ainda no domingo a [[Federação Paulista de Futebol]] declarou os dois clubes como campeões paulistas de 1973<ref name="gritou">"Aqui se gritou muito mas não se resolveu nada", ''Jornal da Tarde'', 28/8/1973, pág. 28</ref> depois de apenas treze minutos de reunião entre federação e clubes<ref>"Paulo Machado de Carvalho gostou. Agora ele espera que o Coríntians ganhe o próximo", ''Jornal da Tarde'', 28/8/1973, pág. 28</ref>. No dia seguinte, uma comissão de dirigentes santistas foi à sede da federação exigir que a decisão fosse modificada, mas o presidente da federação, [[José Ermírio de Morais]], pressionou, avisando que a FPF estava disposta a eximir os clubes de qualquer responsabilidade pela divisão do título e conseguiu um acordo.<ref name="gritou" /> O comunicado foi explícito nesse ponto: "A decisão tomada no estádio Cícero Pompeu de Toledo, sem a interferência das associações interessadas, proclama dois campeões."<ref>"A federação confirmou os dois campeões", ''Jornal da Tarde'', 29/8/1973, pág. 21</ref> A [[Confederação Brasileira de Futebol|CBD]] também validou a decisão. Esse rápido acordo tornou inúteis quaisquer outras deliberações a respeito do que deveria ser feito. De acordo com regras da Fifa, o que poderia ocorrer seria uma nova disputa de pênaltis ou a cobrança apenas das quatro penalidades que ficaram faltando.<ref name="inutil">"O acordo tornou inútil ''([[sic]])'' todas as discussões", ''Jornal da Tarde'', 28/8/1973, pág. 28</ref> Ambas as equipes foram declaradas campeãs paulistas de 1973, "pois não houve um terceiro prejudicado"<ref name="inutil" />. Quando perguntaram-lhe se a torcida não teria sido prejudicada, a resposta do assessor jurídico da federação foi irônica: "Que nada. A torcida até que viu futebol demais pelo preço que pagou."<ref name="inutil" /> Foi o 13.º título paulista do Santos e o terceiro da Portuguesa.
Os jogadores do Alvi-negro comemoraram muito e os lusos aceitaram a derrota com resignação. Porém, ainda faltavam duas cobranças para cada equipe. Havia, pois, a possibilidade do empate e a respectiva continuação das cobranças de forma alternada até se chagar ao verdadeiro vencedor.
 
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Algum tempo depois, ao preencher a súmula, Armando Marques percebeu o erro e mandou chamar os atletas da Portuguesa e do Santos para completarem as cobranças, mas já era tarde. Os jogadores já estavam banhados e se encaminhando para os repectivos ônibus.
Após muitos protestos da Portuguesa, no dia seguinte a [[Federação Paulista de Futebol]] declarou os dois clubes como campeões paulistas de 1973. Uma decisão muito controvertida, afinal, o regulamento previa que se houvesse qualquer problema dentro ou fora de campo, deveria ser realizada nova partida.
 
O Santos, que naquela época contava com Pelé e outros craques, tinha agendada uma excursão para o exterior. A equipe santista se negou a realizar uma nova partida por entender que não foi culpada pelos problemas da arbitragem.
 
Devido às reclamações e a impossibilidade de se realizar uma nova partida, ambas as equipes foram declaradas campeãs paulistas de 1973. Foi o 13º título paulista do Santos e o 3º título paulista da Portuguesa.
 
== Ver também ==