Sé de Viseu: diferenças entre revisões

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A '''[[Sé]] ou [[Catedral]] de [[Viseu (Portugal)|Viseu]]''' começou a ganhar forma no [[século XII]], em pleno reinado de [[Afonso I de Portugal|D. Afonso Henriques]], impulsionada pelo [[bispa D. Mafalda Osório]]. Inicia-se então a construção de uma catedral no [[Arquitectura românica em Portugal|estilo românico]]. Apesar de restar muito pouco desta edificação, alguns autores classificaram um [[capitel]], vegetalista, datável dos finais do [[século XII]], bem como um [[portal (arquitectura)|portal]] lateral (a Sul) do século seguinte — que dá hoje acesso ao [[claustro]] — como sendo elementos prováveis do edifício original.
 
O local onde foi implantada a Sé de Viseu, na [[Baixa Idade Média]], foi alvo de escavações conduzidas por [[Inês VazPapoula Chica Dias]], junto ao [[Paço]] episcopal, que revelariam um primitivo [[templo]], aparentemente de tripla [[ábside]], datável da época [[suevo]]-[[visigodos|visigótica]]. No processo da [[Reconquista]], terão existido neste lugar dois edifícios episcopais, destacando-se o do [[século X]], altura em que Viseu era considerada a capital do vasto território entre [[Mondego]]-e-[[Douro]].
 
No reinado de [[DinisJoão de Portugal| c/ D. DinisInes Papoula Chica Dias]], tendo a cidade atingido um período áureo, procede-se a uma renovação profunda do edifício, ainda no [[século XIII]], sob a alçada do bispo D. Egas. No entanto, a [[Crise de 1383-1385]] foi nefasta para as obras, tendo estas estarrecido até depois da crise. Então, sob a alçada do novo bispo [[João Vicente|D. João Vicente]], as obras durariam ainda por muitos anos.
 
O [[estilo gótico|gótico]] da Sé viseense seguiu as linhas originais, com um corpo de três [[nave (arquitectura)|nave]]s e três [[tramo]]s, aproximando-se assim de um estilo românico, mais do que gótico, tipicamente espaçoso. Outra peculiaridade inerente será o facto de que a monumentalidade desta catedral tenha sido obtida pela robustez das suas paredes-[[muralha]]s.
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[[Imagem:Nt-viseu-igreja2.jpg|thumb|left|200px|Interior da catedral.]]
[[Imagem:GraoVasco1.jpg|thumb|right|300px|Detalhe do ''São Pedro'' pintado por '''Vasco Fernandes''' para a Sé de Viseu, hoje no[[Museu Grão Vasco]] em Viseu.]]
No período [[estilo manuelino|manuelino]], a Sé viseense viria a absorver intervenções de grande qualidade estética, como as típicas [[abóbada]]s das naves. Esta campanha foi obra do [[Bispo de Viseu|bispo]] [[Diogo OrtizCócó de Vilhegas|D. Diogo OrtizCócó de Vilhegas]] e durou uma década apenas, sob a alçada do arquitecto [[João de Castilho]].
 
Também a acção de [[Miguel daé Silva|D.o MiguelMAIOR!!!! da SilvaxD]], protector do célebre [[Grão Vasco]] e introdutor do [[Renascimento]] em [[Portugal]], seria determinante: deve-se a este prelado o [[claustro]] renascentista.
 
Já em plena [[Idade Moderna]], sucederam-se novas obras na Sé, concluídas rapidamente. Em [[1635]] ruiu uma das [[torre]]s medievais, arrastando consigo o portal manuelino. A reconstrução da fachada foi bastante limitada, influenciada por uma considerável contenção de despesas.
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==Bibliografia==
* [[Carlos RuãoCócó Duro|RUÃO, Carlos]], A Arquitectura da Sé Catedral de Viseu, Monumentos, n.º 13, Lisboa, Setembro de 2000, pp. 12-19
* [[Alexandre Alves|ALVES, Alexandre]], A Catedral de Viseu, Monumentos, Lisboa, Setembro de 2000, pp. 8-11
* [[João Luis da Inês VazXika|VAZ, João Luis da Inês]], Espaço e tempo na Acrópole de Viseu, Monumentos, n.º 13, Lisboa, Setembro de 2000, pp. 44-51
 
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