Vinte Anos Depois: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Antonio.ignacio (discussão | contribs)
Linha 1:
'''''Vinte Anos Depois''''' é a sequência que [[Alexandre Dumas (pai)|Alexandre Dumas]] dá, a partir de [[1845]], ao [[romance histórico]] "''[[Os Três Mosqueteiros]]''. A este volume segue-se ainda "''[[O Visconde de Bragelonne]]''", que fecha a "'''''[[trilogiaTrilogia]] dos [[mosqueteiro|Mosqueteiros]]'''''". Foi lançado como [[folhetim]] de Janeiro a Agosto de [[1845]].
 
[[Imagem:Mazarin-mignard.jpg|right|thumb|240px|Cardeal Mazarino]]
Linha 5:
 
==História==
A ação desenrola-se dentro do contexto da [[Fronda]], entre [[1648]] e [[1649]] e a minoridade do futuro Rei [[Luís XIV de França]]. Os quatro heróis e amigos de "''Os Três Mosqueteiros''" envelheceram e estão separados por seus ideais políticos : [[Athos]] e [[Aramis]] estão ao lado dos Príncipes e [[d'Artagnan]] consegue convencer [[Porthos]] a ficar do lado de [[Mazarino]], primeiro ministro da [[França]]. Mas eles acabam por juntar-se novamente para ir em socorro a [[Carlos I da Inglaterra]] durante a Guerra Civil Inglesa, que acaba com a vitória de [[Oliver Cromwell]] e a execução do rei, evento testemunhado pelos mosqueteiros franceses.
 
Dumas coloca-se ao lado da monarquia em geral, ou pelo menos apóia a "''idéia''" de uma monarquia liberal. Seus mosqueteiros são valentes e justos em seus esforços de proteger o jovem Luís XIV e o amaldiçoado Carlos I da Inglaterra de seus atacantes. Os leitores enfronham-se mais, através de Dumas, da política de meados do século XIX, ao ler este trabalho, que sobre a política de meados do século XVII. Este é o livro menos conhecido da trilogia, mas funciona muito bem como sequência, com reaparições de muitos de seus personagens principais (ou dos filhos de seus personagens principais) e com um interessante conjunto de sub-tramas.
==Sinopse==
 
==Resumo geral==
{{Revelações sobre o enredo}}
Este livro, que é a continuação de [[Os Três Mosqueteiros]], conta as aventuras de quatro bravos homens, outrora mosqueteiros, vinte anos depois de eles se despedirem, numa época difícil, de descontentamento popular, em França, nos meados do séc. XVII.
Linha 15 ⟶ 17:
Após várias aventuras, d'Artagnan e Porthos são mandados à Inglaterra, pelo cardeal, com o objectivo de entregar uma carta ao general [[Oliver Cromwell]] que está a tirar o poder ao rei [[Carlos I da Inglaterra]]. Chegado ao país, os nossos amigos entregam a carta, mas depois encontram Athos e Aramis, que foram para a Inglaterra para salvar o rei Carlos I. Então, juntam-se os quatro, e fazem várias tentativas de salvar o monarca, que foi condenado a morte pelo Parlamento, no entanto, o rei acaba por ser executado. Após isso, voltam à sua pátria, matando pelo caminho o seu inimigo mortal - Mordaunt, filho da Milady, que os amigos executaram, pelos seus feitos extraordináriomente maléficos.
 
Aí, Athos, Porthos e d'Artagnan são presos. Porém, eles fogem, conseguindo ainda raptar MazarinMazarino, que teve que cumprir as vontades do povo, para se libertar.
 
No fim, os quatro amigos voltam a despedir-se.
 
==Sinopse==
{{Revelações sobre o enredo}}
===D'Artagnan e Mazarino===
A ação inicia-se sob a [[regência]] de [[Ana da Áustria]] e a autoridade de [[Jules Mazarin]], o Cardeal Mazarino. [[D'Artagnan]], que parecia destinado a uma promissora carreira ao final do livro "''[[Os Três Mosqueteiros]]''", vinte anos depois ainda permanece como tenente dos [[mosqueteiro|Mosqueteiros]], sem grandes esperanças de promoção, apesar de sua ambição e da dívida que a rainha lhe deve. Por sorte, numa época em que o povo francês demonstra detestar o primeiro ministro e tender a apoiar a [[Fronda]], movimento contrário a Mazarino, d'Artagnan é encarregado pelo cardeal de fazer parte de sua escolta. D'Artagnan é enviado à [[Bastilha]] para buscar um prisioneiro, na verdade seu velho amigo e adversário, o Conde de Rochefort.
 
Rochefort é trazido para uma audiência com Mazarino, sem antes renovar seus votos de amizade com relação ao mosqueteiro e fazer uma promessa de ajudá-lo em sua promoção. Durante a audiência toma conhecimento que a causa de sua prisão fora sua recusa de servir Mazarino em época anterior. No entanto, recorda-se de sua promessa a d'Artagnan e, apesar de oferecer seus serviços ao cardeal, recusa-se a espionar o Duque de Beaufort, à epoca prisioneiro, e logo descobre que, devido a isso, deve retornar à Bastilha. Isso não o impede de tecer elogios a d'Artagnan e a seus três amigos mosqueteiros.
 
Descobrindo ser d'Artagnan o homem de quem precisa, Mazarino entra nos aposentos da Rainha para comunicar-lhe ter colocado a seu serviço o homem que tão bem a serviu vinte anos antes. A rainha, sentindo-se culpada por ter esquecido o serviço prestado por d'Artagnan, dá a Mazarino o mesmo anel de diamantes que ela havia dado há muitos anos atrás ao mosqueteiro e que este fora obrigado a vender para custear seus primeiros anos de vida militar, pedindo que o mesmo fosse novamente entregue a d'Artagnan. O avarento cardeal, no entanto, apenas usa o diamante para mostrar a d'Artagnan que este entra novamente a serviço da Rainha e guarda o anel para si. Dá como missão a d'Artagnan de partir em busca de seus três amigos, que Mazarino espera também colocar a seu serviço.
===Reunião dos Quatro Mosqueteiros===
D'Artagnan está perdido ; ele perdeu contato completamente com seus amigos, que retomaram seus nomes reais. [[Athos]], o Conde de La Fère, retornou para seus domínios, próximos a [[Blois]] ; [[Porthos]], Monsieur du Vallon, casou-se com a abonada viúva de um advogado ; e [[Aramis]], o [[abade]] d'Herblay, retornara à Igreja. A sorte intervem, entretanto, quando Planchet, antigo criado de d'Artagnan, entra nos aposentos do antigo mestre, procurando fugir da prisão por ter ajudado a fuga de Rochefort. Através de Planchet, d'Artagnan localiza Bazin, antido criado de Aramis, agora bedel na [[Catedral de Notre Dame]]. Apesar de Bazin não querer ajudar, d'Artagnan descobre, através de um [[coroinha]], que Bazin faz visitas frequentes a [[Noisy]]. D'Artagnan e Planchet dirigem-se para lá, onde são cercados do lado de fora da casa de Madame de Longueville por um grupo que acredita-os partidários da [[Fronda]]. Quando o grupo fica satisfeito ao saber que d'Artagnan não é o homem que procuram, Aramis surpreende Planchet ao pular sobre a garupa de seu cavalo de uma árvore onde estava escondido.
 
Apesar de d'Artagnan achar, através da decoração do quarto de Aramis, que o antigo mosqueteiro que tanto queria ser padre é agora um padre que quer voltar a ser soldado, Aramis não se interessa em entrar para o serviço do Cardeal Mazarino. Quando omomento da partida chega, d'Artagnan aguarda escondido, julgando ser Aramis um homem da Fronda e amante de Madame de Longueville ; a suspeita é confirmada.
 
A visita a Aramis, entretanto, não foi de todo infrutífera, já que através dela d'Artagnan consegue o endereço de Porthos. Ao chegar às terras de Porthos, d'Artagnan e Planchet são recebidos com grande demosntração de alegria por parte do antigo mosqueteiro. D'Artagnan percebe que Porthos, apesar da boa saúde e da vida gasta à procura de divertimentos, não é feliz. Porthos deseja tornar-se barão e, com esta promessa, d'Artagnan consegue levá-lo para o serviço de Mazarino.
 
D'Artagnan então continua sua busca, à procura de Athos, a quem encontra completamente mudado, servindo como exemplo para seu filho, Raoul e estacionado em suas terras em [[Blois]]. Apesar de Athos não aceitar entrar a serviço de mazarino, os dois combinam encontrar-se em [[Paris]] ; Athos deseja levar Raoul para a capital para fazer dele um cavalheiro e também para separá-lo de [[Louise de La Vallière]], por quem o filho é completamente apaixonado. Em Paris, Athos visita [[Maria de Rohan|Madame de Chevreuse]], antiga amante de Aramis, e que, sob o nome de Maria Michon, muito se comunicara com Aramis e vice-versa, em "''os Três Mosqueteiros''". Athos revela a ela, discretamente, que Raoul é fruto de um encontro fortuito entre ele, Athos, e Madame de Chevreuse, e através disso consegue uma carta de recomendação para que Raoul se junte ao exército.
 
<!--
===The Duc de Beaufort===
The scene then changes, to focus on the Duc de Beaufort, Mazarin's prisoner at [[Vincennes]], who finds a new jailer, Athos' servant, the silent Grimaud. Grimaud instantly makes himself disagreeable to the Duc, as part of an escape plot. Using messages passed to Rochefort using tennis balls, they arrange to have a meal on Whitsuntide, to which La Ramée, second in command of the prison, is invited. The escape is successful, but d'Artagnan and Porthos are in pursuit.
 
After a race against time, and having defeated several adversaries along the way, Porthos and d'Artagnan find themselves in the dark, surrounded, with swords crossed against adversaries equal to them, who are revealed to be Athos and Aramis. The four arrange to meet in Paris at the Place Royale, both parties, now finding themselves enemies, enter fearing a duel, but they reconcile and renew their vows of friendship.
 
===Enter Mordaunt===
As this is going on, Raoul is travelling to join the army. Along the road he sees a gentleman of around the same age, and tries to make haste to join him. The other gentleman reaches the ferry before him, but has fallen into the river. Raoul, who is used to fording rivers, saves the gentleman, the Comte de Guiche, and the two become friends. Further along the road, the debt is repaid when the Comte saves Raoul when they are attacked by Spanish soldiers. After the fight, they find a man who is close to death, who requests the last rites. They help him to a nearby inn, and find a travelling monk. This monk is unpleasant to them, and does not seem inclined to perform this service, so they force him to go to the inn. Once there, the monk hears the confession. The dying man reveals that he was the executioner of Béthune, and confesses his part in the execution of [[Milady de Winter]]. The monk reveals himself as her son, John Francis de Winter, who calls himself Mordaunt after Charles I stripped him of all his titles. Mordaunt stabs the executioner.
 
Grimaud, who is to join Raoul, comes upon the inn just as this is taking place, though too late to prevent it, or to detain the monk. After hearing what happened from the dying man, making his excuses to Raoul, he departs to warn Athos about the son of Milady. After his departure, Raoul and Guiche are forced to retreat when the Spanish come upon the town. After joining the army of the Prince de Condé Raoul provides assistance in interrogating the prisoner brought by Guiche and him, when the prisoner feigns to misunderstand them in several languages. Once they have learned the location of the Spanish army, they set out for battle, Raoul accompanying the Prince.
 
Meanwhile, d´Artagnan and Porthos help Queen [[Anne of Austria]], the young [[Louis XIV]] and Mazarin escape Paris after its citizens finally start a rebellion. D´Artagnan meets the young king and watches over him as some frondeurs, who wanted to make sure that the king and queen were not about to escape, enter the king's bedroom demanding to see him. After that, Mazarin sends d'Artagnan and Porthos to England with a message for Cromwell and orders them to stay there for some time under Cromwell's command. At the same time, [[Henrietta Maria of France|Queen Henrietta of England]] asks Athos and Aramis to aid her husband, Charles I, who is fighting in the [[English Civil War]]. Aramis and Athos sail to England as well.
 
===In England===
Milady's son, Mordaunt, reprises his role as one of the chief antagonists. As twisted and as deceitful as his mother, he sets about avenging her death. He seeks not only Lord de Winter, but the other four unknown conspirators who took part in his mother's [[clandestine]] "trial" and execution. In addition to murdering the executioner while posing as a monk taking his confession, he also murders his uncle, Lord de Winter, who was Milady's brother-in-law, during the same battle in which king Charles I is captured. Athos and Aramis are captured by d'Artagnan and Porthos, who are fighting alongside Mordaunt and Cromwell's troops. As soon as they can have a conversation, Athos talks d'Artagnan and Porthos into helping save Charles I. D'Artagnan and Porthos free their friends and start making plans in order to try and save the king.
 
In the end, all their plans fail, and Mordaunt executes [[Charles I of England|King Charles I]] after d'Artagnan and the three former Musketeers have kidnapped the real executioner in order to prevent this.
 
D'Artagnan and his friends later confront Mordaunt at [[Oliver Cromwell|Cromwell]]'s London residence, but in the course of a duel with d'Artagnan he escapes through a secret passage.
 
The Frenchmen and their menservants leave England by ship, but Mordaunt gets aboard and blows it up. As the survivors leave in a rowing boat, Mordaunt pleads for them to let him aboard. With the exception of Athos, they contemptuously reject his appeals. Athos insists on saving him however, but as he helps him into the boat, Mordaunt deliberately drags him back into the water where they struggle and Mordaunt is killed.
 
Athos rejoins the others claiming that "I had a son... I wanted to live". They assume of course that he means [[Raoul de Bragelonne]], his adopted son (though in fact the product of a [[one-night stand]]). Athos further states that "It was not me who killed him... It was fate." (It may be that he suspects Mordaunt to be his son by Milady. Dumas does not openly state this, though he does drop subtle hints in the text, like Athos expressing satisfaction in Mordaunt's original escape from Cromwell's house.)
 
===Finale===
Once back in France, the four friends go separate ways. D'Artagnan and Porthos head to Paris through a different route than the other two, knowing that Mazarin will not forgive their disobedience. Aramis and Athos reach Paris only to find out that their friends haven't. After looking for them, they find out about their imprisonment by Mazarin in Rueil. Athos tries to persuade Queen Anne to free his friends, but gets imprisoned as well. After this, d'Artagnan manages to escape with Porthos and capture Mazarin instead. Mazarin is taken to one of Porthos's castles and he gives some concessions to the four friends in exchange for his freedom, among them, making Porthos a baron and making d'Artagnan captain of musketeers. These concessions are later accepted by Queen Anne, who finally realizes she has been rather ungrateful with d'Artagnan and his friends.
 
At the end of the novel, the first Fronde comes to an end, and Mazarin, Queen Anne and Louis XIV enter Paris. A riot takes place during which d'Artagnan accidentally kills Rochefort and Porthos kills Bonacieux (who in the earlier novel was d'Artagnan's landlord and an agent of Richelieu, and is now a beggar and Frondist). At the end the four friends go separate ways again. D'Artagnan stays in Paris with Mazarin and Queen Anne, Athos returns to la Fère, Aramis returns to his convent in Noisy le Sec and Porthos to his castle.
 
==References==
{{wikisourcelang|fr|Vingt ans après|Vingt ans après}}
* ''Twenty Years After'', Alexandre Dumas, ed. David Coward. Oxford World's Classics edition (ISBN 0-19-283843-1)
 
==See also==
 
*[[The Return of the Musketeers]], a motion picture based on the novel.
 
==External links==
* {{gutenberg|no=1259|name=Twenty Years After}}
{{Musketeers}}
[[Category:1845 novels]]
[[Category:novels by Alexandre Dumas, père]]
[[Category:Historical novels]]
 
-->
 
[[bg:Двадесет години по-късно]]
[[cs:Tři mušketýři#Tři mušketýři po dvaceti letech]]
[[es:Veinte años después]]
[[fr:Vingt Ans après]]
[[it:Vent'anni dopo]]
[[nl:Twintig jaar later]]
[[ja:二十年後]]
[[pl:Dwadzieścia lat później]]
[[ru:Двадцать лет спустя]]
[[uk:Двадцять років потому (роман)]]
 
[[Categoria:Livros de 1845|Vinte anos depoi]]