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A 11 de setembro de 1999, um Sábado, perto do meio dia, ''Gonzo'' tentava uma volta rápida num circuito que tentava conhecer melhor, quando os freios falharam a 250 km/h, na Curva "Saca-Rolhas", mesmo local onde dois anos antes, o italiano [[Alessandro Zanardi]] tinha feito uma das mais espectaculares ultrapassagens da história. O carro bateu na barreira de pneus, saltou para fora e ficou com os pneus virados para cima. Teve morte imediata, devido a fratura na base do crânio, com apenas 27 anos de idade.
 
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Quinta-feira, 22 de Janeiro de 2009
O piloto do dia - Gonzalo Rodriguez
Hoje em dia, poderia estar ou na Formula 1 ou na IRL, competindo entre os melhores, pois o seu palmarés anterior assim o demonstrava. Contudo, o Destino não quis nada com isso, e a sua carreira (bem como a sua vida) terminou na famosa Curva do Saca-Rolhas, vítima de uma fractura da base do crânio, numa era pré-HANS. Caso sobrevivesse, a comunidade sul-americana na Formula 1 no início desta década poderia ter sido mais colorida do que o seu amigo, o colombiano Juan-Pablo Montoya. Hoje, e porque se estivesse vivo, faria hoje 37 anos, falo do uruguaio Gonzalo "Gonchi" Rodriguez, a esperança uruguaia para a Formula 1.
 
 
Filho de Rubén-Jorge 'Gallego' Rodríguez (1948-2002), campeão nacional de ralies no seu país, "Gonchi" nasceu a 22 de Janeiro de 1972 em Montevideu, a capital e maior cidade do país. Cedo, a família o chamou pelo nome que ficou conhecido, mas mais tarde, os seus amigos no automobilismo o chamavam de "Gonzo". Começou a correr aos sete anos… no motociclismo, mas passou para o karting com 13 anos. Foi campeão nacional em 1985, 86 e 89, e nessa altura competiu no Campeonato do Mundo de karting de 1988, em Valence, na França. Ai conheceu e tornou-se amigo de um concorrente brasileiro chamado Rubens Barrichello. Mas os dois também competiram contra outros futuros pilotos de Formula 1 como o italiano Giancalro Fisichella, o dinamarquês Jan Magnussen e o escocês David Couthard. Nessa prova fez a volta mais rápida da corrida, mas perdeu a oportunidade de ganhar, devido a uma avaria.
 
Em 1989, passa para para a Formula 4 uruguaia, equipada com motores Renault, e num campeonato ultra-competitivo, torna-se num dos melhores, vencendo o campeonato por duas vezes e sendo o segundo classificado por outras duas. Corre algumas provas na Formula 3 sul-americana, e torna-se em 1991... campeão uruguaio de Turismos, um título que em tempos tinha sido alcançado pelo seu pai.
 
Mas também se aprecebe que o Uruguai e a América do Sul se tornam muito pequenos para Gonchi. Em 1992 parte para Espanha, com outro compatriota seu, Marcelo Bresciani, e torna-se vice-campeão no seu ano de estreia, vencendo em duas provas. Em 1993, passa para a Formula Renault, onde fica em terceiro lugar no campeonato, com apenas uma vitória. Mas quer paragens mais altas, e vai para a Inglaterra, na mesma Formula Renault, numa jogada de "tudo ou nada", pois o seu compatriota Bresciani, sem dinheiro, decidira voltar ao Uruguai.
 
No campeonato de 1994, Rodriguez repete o feito de Espanha, ao ser terceiro no campeonato, e ganhando uma corrida. Mas mais importante, ele também tinha ganho as Finais Renault, que nesse ano decorreram em Brands Hatch. Era o "Rookie do Ano" na categoria. No final do ano, aventurou-se na Formula 3, no GP de Macau, onde deu nas vistas por... ter causado um grande acidente numa das mangas do fim de semana competitivo.
 
 
Em 1995, faz a temporada na Formula 3, pela Alan Docking Racing, onde os resultados foram bons, vencendo uma das corridas do ano. Mas esta era uma corrida especial: era a corrida de suporte do GP de Inglaterra, em Silverstone. Continua em 1996, mas não consegue mais do que o 12º lugar no campeonato, e corre seis provas na rebaptizada Formula 2, com antigos carros de Formula 3000, pela Edembridge Racing. Não ganhou corridas, mas chegou em segundo lugar em três dessas corridas.
 
 
Vendo que era esse o seu futuro, passa em 1997 para a Formula 3000 europeia, pela Redman e Bright, com um Reynard-Ford. Mas os resultados iniciais foram pobres, e na época de 1998, passa para a Astromega, onde estes melhoraram significativamente. Era uma época onde estavam os melhores da América do Sul: o brasileiro Max Wilson e o colombiano Juan Pablo Montoya. "Gonzo" ganhou duas corridas e esteve na briga pelo título, mas a regularidade naquele ano não foi muito forte, e acabou a época na sétima posição.
 
 
O ano de 1999 era prometedor. Continuou na Astromega, e começou o ano nos Turismos, onde ganhou uma corrida em Punta del Leste. Quando a temporada começou, consegue a vitória mais prestigiante de todas: a vitória no GP do Mónaco. Consegue mais dois segundos lugares, em Nurburgring e Spa-Francochamps, na sua corrida final nesse campeonato. No final de Agosto, era o segundo classificado das séries, brigando pelo título com o alemão Nick Heidfeld e o dinamarquês Jason Watt (que era mestiço, como Lewis Hamilton)
 
Nessa altura, a Benetton o queria para fazer um teste. Desconheço se o fez (Rianov, ajuda-me!) mas antes, faz um teste com a Penske. Os resultados foram tão bons, que Roger Penske o chamou para correr uma prova em Belle Isle. Rodriguez aceitou, pois não interferia com o calendário da Formula 3000. Fez uma prova calma e classificou-se em 12º lugar, conseguindo o seu primeiro (e unico ponto), na sua primeira (e infelizmente unica) prova da CART.
 
No segundo fim de semana de Setembro, depois da prova de Spa-Francochamps, Rodriguez disputada a prova de Laguna Seca, a contar para a CART, chamado uma vez mais pela Penske. O seu amigo e rival Montoya era o candidato ao título, e Rodriguez estava numa das equipas mais prestigiadas do plantel.
 
A 11 de Setembro de 1999, um Sábado, perto do meio dia, "Gonzo" estava a tentar uma volta rápida num circuito que tentava conhecer melhor, quando os travões falharam a 250 km/hora, na Curva "Saca-Rolhas", no mesmo local onde dois anos antes, o italiano Alex Zanardi tinha feito uma das mais espectaculares ultrapassagens da história. O carro bateu na barreira de pneus, saltou para fora e aterrou atrás. Teve morte imediata, devido a fractura basal do crânio, com apenas 27 anos de idade.
 
A morte de ''Gonchi'' causou comoção no Uruguai, um país visto como uma potência menor no automobilismo, entalado entre a Argentina e o Brasil. Seu funeral foi seguido por mais de cinco mil pessoas em Montevidéu, sua cidade natal, que viam ali enterradas as esperanças de aquele que poderia ter sido o quarto uruguaio na F-1, depois de [[Eitel Cantoni]], [[Oscar Mario Gonzalez]] e [[Alberto Uria]]. Ironicamente, o uruguaio faleceu exatamente 21 anos depois do sueco [[Ronnie Peterson]].