Dinastia júlio-claudiana: diferenças entre revisões

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A '''dinastia Júlio-Claudiana''' foi a primeira dinastia de imperadores do Império Romano. O nome deriva do apelido de Augusto, pertencente à família ''Julia'', e de Tibério, um ''Cláudios|Claudius'' de nascimento subsequentemente adoptado.
 
Os sucessores de Augusto são conhecidos como a Dinastia Julio-Claudiana (que inclui ele próprio), devido aos casamentos idealizados por ele entre a sua família, os Julii, e os patrícios Claudii. Nos primeiros anos do reinado de Tibério, não houve grandes mudanças políticas ou organizativas em relação aos princípios estabelecidos por Augusto. No entanto, com o passar do tempo, a instabilidade surgiu dentro da própria família imperial. Tibério tornou-se paranóico com possíveis conspirações e tentativas de golpe de estado, chegando, em 26, a retirar-se para a ilha de Capri de onde governou por procuração até ao fim da vida. Em consequência, mandou matar ou executar grande parte da sua família e senadores de destaque, provocando uma sensação de desconforto generalizada. O seu sucessor Calígula cresceu neste ambiente e mostrou-se um imperador igualmente instável. As perseguições tornaram-se norma e durante estes reinados muitas das famílias tradicionais romanas chegaram ao fim devido a assassinatos e execuções que se prolongaram pelos reinados de Cláudio e Nero. Em 68, a classe política tinha chegado ao limite de resistência a tanta insegurança política. Depois de alguns erros estratégicos graves e de ter arruinado as finanças do estado em aventuras como a construção do seu palácio dourado, Nero é declarado um inimigo do estado e declarado fora da lei. Fugindo de Roma acompanhado apenas pelo seu secretário, o imperador acaba por se suicidar antes de ser apanhado pela guarda pretoriana que ia em seu encalço. Com a sua morte, desaparecia a dinastia Julio-Claudiana e Roma acabaria por encontrar alguma estabilidade política, mas não imediatamente, como se verá mais em baixo.
Do ponto de vista organizativo, como já se disse, pouco mudou em relação ao estabelecido por Augusto. Apenas Cláudio introduziu algumas reformas e procurou a prosperidade do império, talvez porque à data da sua ascensão ao trono era já um homem maduro. Cláudio foi ainda o responsável pela iniciativa da invasão romana das ilhas britânicas em 43, que se saldou pela adição de mais uma província ao império. Em 64, durante o reinado de Nero, Roma foi consumida por um violento incêndio (do qual o próprio imperador é muitas vezes erroneamente considerado culpado) e começaram as perseguições aos cristãos. Os Julio-Claudianos foram eficazes em espalhar o culto imperial. Alguns deles, como Cláudio, foram deificados durante a sua vida e elevaram à dignidade divina muitos dos seus familiares (alguns subsequentemente assassinados).
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