Século de Ouro Espanhol: diferenças entre revisões

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Ao final do séc. XVI se desenvolve notavelmente a [[Mística]] ([[Juan de la Cruz]], [[San Juan Bautista de la Concepción]], San Juan de Ávila, Santa Teresa de Jesús) e a Ascética (frei Luis de León, frei Luis de Granada), para iniciar o séc. XVII em decadência após uma última corrente inovadora, o [[Quietismo]] de [[Miguel de Molinos]].
 
== Poesia ==
[[Ficheiro:Diego Velázquez 034.jpg|thumb|[[Luis de Góngora]], por [[Diego Velázquez|Velázquez]].]]
A Espanha experimentou uma grande onda de italianismo que invadiu a literatura e as artes plásticas durante o séc. XVI, e que é um dos traços de identidade do Renascimento: [[Garcilaso de la Vega]], [[Juan Boscán]], e [[Diego Hurtado de Mendoza]] introduziram o verso [[hendecassílabo]] (de onze sílabas) italiano, o estrofismo, e os temas do [[Petrarquismo]]. Buscaram escrever o manifesto da nova escola na ''Epístola a la duquesa de Soma'' e tradução de ''El cortesano'' de [[Baltasar de Castiglione]] em perfeita prosa castellana; contra isto se levantaram nacionalistas como Cristóbal de Castillejo ou Frei Ambrosio Montesino, partidários do octassílabo e das coplas castellanas, porém igualmente renascentistas.
 
Na segunda metade do séc. XVI, mabas as tendências coexistiram e se desenvolveram, a ascética e a mística, alcançando-se apogeus como os que são representados por [[San Juan de la Cruz]], [[Santa Teresa]] e [[Frei Luis de León]]; o petrarquismo segui sendo cultivado por autores como [[Fernando de Herrera]], e um grupo de jovens novos autores começou a desenvolver um [[Romance]] novo, as vezes de tema morisco: [[Lope de Vega]], [[Luis de Góngora]] e [[Miguel de Cervantes]]; o melhor poema épico culto , em espanhol, foi concebido nesta época por [[Alonso de Ercilla]], ''La Araucana'' que narra a conquista do [[Chile]] por espanhóis , e entre as personagens excepcionais da lírica figuram poetas tão interessantes como [[Francisco de Aldana]], ao lado de outros como [[Andrés Fernández de Andrada]], os irmãos [[Bartolomé]] e [[Lupercio Leonardo de Argensola]], [[Francisco de Rioja]], [[Rodrigo Caro]], [[Baltasar del Alcázar]] ou [[Bernardo de Balbuena]].
 
Posteriormente, durante o séc. [[XVII]], a expressão literária fuoi dominada pelos movimentos estéticos de [[Conceptismo]] e [[Cultismo]], expressado primeiramente na poesia de [[Francisco de Quevedo]], e também na lírica de [[Luis de Góngora]]. O conceptismo se distinguia por uma econômia na forma , a fim de expressar o máximo de significados em um mínimo de palavras; esta complexidade era expressada sobretudo pelo [[paradoxo]] e pela [[elipse]].
O cultismo, pelo contrário, estendia a forma de um significado mínimo e se distinguia pela complexidade sintática, pelo uso constante do [[Hiperbato]] que torna a leitura muito difícil, e pela profusão de elementos ornamentais e culturalistas no poema, quwe devia ser decifrado como um enigma.
 
Ambos parecem, sem embargo, as duas faces de uma mesma moeda que intentava abrilhantar a expressão para fazê-la mais difícil e cortesana. [[Luis de Gongora]] atraiu com seu estilo a poetas importantes de personalidade sensível como [[Conde de Villamediana]], [[Gabriel Bocángel]], [[sor Juana Inés de la Cruz]], e [[Juan de Jáuregui]], enquanto o conceptismo teve seguidores mais admirados como o [[Conde de Salinas]], como [[Lope de Vega]], ou [[Bernardino de Rebolledo]].