Manuel Guimarães: diferenças entre revisões

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Realizou em [[1949]] o documentário de curta-metragem ''O Desterrado'', filme sobre a vida e a obra do escultor [[Soares dos Reis]], que teve o ''Prémio Paz dos Reis'', atribuído pelo o Secretariado Nacional da Informação ([[SNI]]) para as melhores curtas-metragens. ''[[Saltimbancos]]'' é a sua primeira longa-metragem, obra adaptada do romance ''Circo'' do escritor [[Leão Penedo]], cujo tema central era a vida dum pequeno circo ambulante. Entretanto trabalhou em publicidade na distribuidora [[MGM|Metro Goldwyn-Mayer]], e começou a frequentar os meios intelectuais lisboetas.
 
Em [[1952]] Manuel Guimarães realizou o filme ''[[Nazaré (filme)|Nazaré]]'', com argumento do escritor neo-realista [[Alves Redol]], retratando a vida e hábitos dos pescadores da [[Nazaré]], tal como [[Leitão de Barros]] já antes o fizera (''[[Nazaré, Praia de Pescadores]]'' – [[1929]]), mas desta vez numa perspectiva de crítica social. A obra foi amputada pela censura. ''Vidas Sem Rumo'' ([[1956]]), com argumento do próprio Manuel Guimarães e com diálogos de [[Alves Redol]], sofreu amputações mais graves ainda: cerca de metade do filme foi censurado, várias cenas foram cortadas. O resultado final da intervenção dos censores tornou a obra quase ininteligível.
 
Acossado pelo regime e desejando não abandonar o ofício, Guimarães viu-se forçado a optar, a partir de [[1956]], pela realização de filmes de cariz comercial sobre eventos desportivos. A sua tentativa de retomar a [[ficção]] (''[[A Costureirinha da Sé]]'' -[[1958]]) não compensou, visto Guimarães ter de aceitar a condição de integrar no filme [[publicidade]] explícita. Fez em seguida alguns documentários de divulgação sobre [[Barcelos]], o [[Porto]] e os vinhos seculares.