Lino Oviedo: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Lino Oviedo.jpg|thumb|right|Lino Oviedo|200px]]
'''Lino César Oviedo Silva''' ([[Juan de Mena]], [[Cordillera (departamento)|Cordillera]], [[23 de setembro]] de [[1943]]) é um [[político]] e [[general]] [[paraguai]]o, comandante do [[Forças Armadas do Paraguai|exército do país]] de [[1993]] a [[1999]]. Oviedo esteve exilado no [[Brasil]] por quatro anos.
 
Seu pai, [[Ernesto Oviedo]], combateu na [[Guerra do Chaco]]. Aos quatorze anos, Oviedo foi transferido para um colégio militar, donde egressou para servir ao [[Exército]]. Entre [[1962]] e [[1992]] Oviedo galgou postos na hierarquia do Exército, até chegar ao posto de general-de-divisão. Oviedo serviu como instrutor de tiro e [[carro de combate|carros de combate]], e propôs a criação de um sistema nacional de [[inteligência]] no país; teve participação no fim da ditadura de [[Alfredo Stroessner]].
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Oviedo foi acusado de tramar um [[golpe de estado]] contra Wasmosy, sendo em [[22 de abril]] de [[1996]] deposto do comando do Exército. Após convidá-lo para ocupar o Ministério da Defesa, Wasmosy decidiu ordenar que passasse à reserva militar.
 
A versão dos partidários de Oviedo Éé a de que Wasmosy tentou cooptar Oviedo para se perpetuar no poder, ao invés de convocar as eleições previstas. Oviedo ameaçou denunciá-lodenunciar Wasmosy, e Wasmosyeste preventivamente o denunciou como golpista. Oviedo foi julgado por um tribunal militar e absolvido. GanhaVence a convenção para candidato aà presidentePresidência pelo partido[[Partido Colorado (Paraguai)|Partido Colorado]], e o candidato de Wasmosy, [[Luis María Argaña|Argaña]], perde. Então Wasmosy leva casuisticamente OlviedoOviedo a outroum novo julgamento, desta vezeste pela corte suprema do Paraguai, entulho autoritário da Ditadura de Stroessner. Oviedo é condenado e preso, e aí assume como Candidatocandidato Raulo Cubasvice quedele, era[[Raúl seuCubas vice;Grau|Cubas]]. Wasmosy consegue enfiar ilegalmente Argaña como vice de Raul Cubas, seu candidato derrotado, Argaña. RaulEste promete durante a campanha indultar Oviedo, o que faz logo que é empossado e que é uma prerrogativa do presidente. Instigada por Wasmosy, a suprema corte Paraguaisnacional toma uma decisão estranha: condena o presidente Raul Cubas a prender Oviedo. RaulCubas recusa por essa não ser essauma atribuição de um presidente, prender alguém. Então Wasmosy arma no congresso[[Congresso Nacional do Paraguai|Congresso]] o pedido de [[impeachment]] dode presidente RaulCubas por desobedecer uma ordem da Suprema Corte. Nesse Ínterinínterim Argaña morre de infarte num motel com a amante. 8 horas depois, já com o cadáver enrijecido é simulado um assassinato de Argaña nas ruas de Assunção e RaulCubas é acusado levianamente. Com a população perplexa, é acelerado o processo de impeachment com várias irregularidades. e RAulCubas não resiste e aceita virir imediatamente para o Brasil. A suspeita de que serviços de inteligência brasileiros estiveram envolvidos tanto no assassinato -farsa como no impeachment, é confirmada pelo fato de que mal foi votado o impeachment o avião da [[Força Aérea Brasileira|FAB]] já chegava para pegar Raul Cubas. Oviedo foge para a Argentina, e depois se asila-se no Brasil. Machi[[Luis Ángel González Macchi|González Macchi]], o presidente provisório, teria que convocar novas eleições com 3 meses, mas prefere convocar ilegalmente convocar eleições para vice-presidente;. convocadaConvocadas essas eleições, o candidato apoiado por Oviedo (do Brasil) ganha. MachiGonzález Macchi então se perpetua no poder inconstitucionalmente, com o reconhecimento do Congresso Brasileiro.
 
Oviedo explicita então sua atuação política criando uma facção no [[Partido Colorado (Paraguai)|Partido Colorado]]. Em [[14 de Junho|14 de junho]] Oviedo é preso, acusado de insurreição, sendo após um mês libertado. Sua popularidade aumenta consideravelmente no país, e em [[1997]] Oviedo é nomeado pelo Partido Colorado candidato à Presidência. No ano seguinte um Tribunal Militar Extraordinário o condena a dez anos de prisão. Nas eleições de [[1998]], nas quais Oviedo não pôde concorrer por estar preso, foi vitorioso seu simpatizante [[Raúl Cubas]]. Dois dias após assumir a Presidência Cubas emite um indulto pela libertação de Oviedo.
 
A situação política do país resulta num impasse entre os simpatizantes de Oviedo e seus opositores. O ápice foi o assassinato do líder de oposição e vice-presidente do país [[Luis María, Argaña]]. Cubas se vê cercado de insustentáveis pressões e, em [[29 de março]] de [[1999]], foge para a [[Argentina]], mesmo dia em que Oviedo parte em exílio, também para a Argentina - fruto de sua relação amistosa com o presidente [[Carlos Menem]].
 
Oviedo permaneceu por tempo indeterminado na Argentina antes de fugir clandestinamente para o Brasil. Após ser detido em [[Foz do Iguaçu]], Oviedo teve garantida a liberdade no país; a justiça brasileira negou seguidas vezes pedidos de extradição do governo paraguaio, alegando terem motivação política<ref>[http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2001/011217_oviedocs.shtml BBC Brasil: Brasil nega extradição de Oviedo - ''18 de dezembro de 2001'']</ref>. Durante o exílio Oviedo foi acusado de incentivar um golpe de estado contra o presidente interino [[Luis Ángel González Macchi]], em 2000.
 
Declarando confiança na justiça paraguaia e em sua capacidade de provar-se inocente, Oviedo retornou a [[Assunção]] após cinco anos de exílio. Oviedo foi imediatamente preso, e cumpriu pena até o dia 6 de setembro de 2007. Nesta data, a justiça do Paraguai decidiu que os dezoito meses que ele passou detido no Brasil deveriam ser considerados. Dessa maneira, Oviedo cumpriu metade da pena e teve direito à liberdade condicional. Ele promete disputar as eleições presidenciais do país em 2008. <ref> [http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2004/06/040629_paraguairrc.shtml BBC Brasil: Oviedo é preso ao desembarcar no Paraguai - ''29 de junho de 2004'']</ref><ref>[http://www.clarin.com/diario/2004/06/30/elmundo/i-02001.htm Clarín.com: Lino Oviedo preso en Paraguay tras abandonar su exilio en Brasil - ''30 de junho de 2004'']</ref>
 
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