Diagnóstico psiquiátrico: diferenças entre revisões
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'''Doença ou Transtorno'''
O conceito tradicional de "[[doença]]" é desconstruído, então, por uma compreensão chamada de "sistêmica" da psiquiatria, como uma ciência que requer o estudo das múltiplas variáveis em cada situação a ser estudada e tratada. Os psiquiatras sistêmicos propõe uma reflexão sobre os fundamentos da [[epistemologia]] da ciência
'''Diagnóstico sindrômico'''
“Síndrome”(segundo a definição desse termo, em Medicina) significa um conjunto de sinais e sintomas. Em Psiquiatria, é raro que se possa falar em “doenças” (que seria algo com causa única e bem definida, como por exemplo o meningococo que causa a meningite bacteriana, na Neurologia), então se usa o conceito de “síndrome” (por exemplo, “Síndrome do déficit de atenção”, ou “Síndrome do pânico”) para agrupar conjuntos de sinais e sintomas. O diagnóstico psiquiátrico é, em geral, um diagnóstico sindrômico, não um diagnóstico de doença (por isso, a Classificaqção Internacional de Doenças – o famoso CID – no capítulo de Psiquiatria usa o nome de “Transtornos” – conjuntos de sinais e sintomas de causa “multifatorial” – e não de “doenças”
'''Fatores subjetivos e sociais do diagnóstico'''
Expressamos esse juízos, e resumimos neles uma série de “sinais e sintomas” que observamos. A Psiquiatria realiza a mesma operação, com uma diferença muito importante: a ‘etiqueta’ (rótulo) psiquiátrica tem conseqüências sociais muito mais graves. Assim, então, os diagnósticos psiquiátricos se tornam designações mais “técnicas” e autoritárias, sem deixar de ser, no fundo, tão primitivas quando as opiniões que as pessoas tem umas a respeito das outras. Na verdade, um diagnóstico psiquiátrico esclarece muito pouco sobre uma pessoa (sobre sua vida, seus sentimentos, seu contexto, seus problemas, ou como ajudá-la). O maior problema, no entanto, é que esse tipo de diagnóstico é sempre um juizo de valor fortemente desvalorizante que, sem dúvida, denigre e estigmatiza a imagem pessoal (afetando a auto-estima do indivíduo “etiquetado”). Definir um indivíduo, como por exemplo uma pessoa inconformista com o “status quo”, como tendo uma “personalidade psicopática” ou “suspeito de esquizofrenia”, significa atribuir um significado doentio a todos os seus pensamentos e atos, introduzindo uma “dúvida social” que ele carregará para o resto da vida. Neste sentido, o diagnóstico psiquiátrico pode se tornar um juízo totalitário, criando a imagem de um indivíduo “monoprogramado”, quer dizer, alguém “robotizado” pela “loucura”, um ser perigosamente irresponsável. Por estes motivos, o diagnóstico psiquiátrico deveria ser utilizado o mais raramente possível. A única justificativa para sua existência seriam breves indicações de caráter realmente técnico (quer dizer, que fossem úteis para resolver problemas que estivessem causando sofrimento para as pessoas)".(3) '''Empatia para o diagnóstico psiquiátrico'''
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